Capítulo 9

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CAROLINA MAIA LOMES:

-- Do que vocês estão falando? -- Pergunto já me levantando.

Vou até a cozinha e pego o kit de primeiro socorros. Volto para a cozinha e me sento na frente do meu pai.

Pego um algodão e molho com soro. Pego no rosto do meu pai e começo a limpar os ferimentos.

-- Querida, não precisa fazer isso. -- Tenta me parar.

-- Por que o tio te bateu? O que tu aprontou? -- Tiro o algodão quando ele faz careta de dor.

-- Não foi eu que bati nesse idiota. -- Tio Lucas diz nervoso.

-- Se na foi o tio, quem foi pai? -- O encaro.

Sinto ele nervoso, suas mãos estão tremendo, ele passa toda hora a língua pela boca.

-- Pretinha, eu queria... -- Ouço meu celular começar a tocar.

Me levanto e pego o mesmo, o número é desconhecido.

Ligação:

-- Alô? --

-- Aonde você está? -- Fico confusa quando a voz do irmão do meu chefe.

A voz dele estava um pouco abafada, ele estava ofegante.

-- Na minha casa. Por.. --

-- Rua XXXXXX, N° 855.. Vêm. Logo.-- Diz e ouço um gemido de dor.

-- Espera, mas.. -- O desgramado desligou na minha cara.

Ligação:

Bufo de raiva e me viro para os dois homens a minha atrás de mim.

-- Papai, vai tomar um banho. Vou fazer algo para comer, levo no seu quarto. Tio Lu, vai para o quarto de hóspedes. -- Falo já indo para a cozinha.

-- O que aconteceu? -- Papai pergunta.

-- Um.. Amigo me ligou, e pelo que parece ele está precisando da minha ajuda.. --

-- Você não tem amigos. -- Tio Lu diz.

-- Tenho sim, ta bom. -- Faço bico.

-- Desde quando? -- Arqueia uma das sombrancelha.

-- Des do.. dia que comecei a trabalhar. -- Dou de ombros. -- Agora vai os dois para o quarto. -- Aponto paga a escada.

-- Precisamos conversar, querida. -- Papai fala.

-- Nós iremos.. Só espere um pouco. Vou lá e volto rápido. --

-- Pelo menos até lá, você deixa de ser medroso e fala logo. -- Fala e sobe.

Começo a preparar o suco para eles. Olho para cima e vejo meu pai olhando para baixo.

-- Só.. Não me odeia, ta bom? --

-- O quê? Do que você está falando pai? --

--.... Quando você chegar, conto tudo para você, toda a verdade. Dessa vez sem mentiras. -- Fala e sobe.

Mas o quê?

Deixo isso de lado por um tempo, e termino o lanche deles. Coloco as coisas em uma bandeja e subo.

Passo no quarto do meu tio primeiro, assim que entro, não o encontro no quarto, mas ouço o barulho do chuveiro.

Deixo as coisas dele no criado mudo, e saio do quarto indo para o do meu pai. Entro e também no o vejo no quarto.

Vou até a cama dele e assim que coloco as coisas em cima do criado mudo, vejo umas oito pastas ali.

Uma tinha uma pequena fita vermelha, quatro eram amarelas e três verdes.

Minha gordinha Where stories live. Discover now