ÚLTIMO ATO.

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1943

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1943. Chicago, EUA.

MINHA GARGANTA ESTAVA queimando como se fosse carvão. Era tão intenso que a sede estava dominando cada pedaço dos meus sentidos. Ouvi ao longe os passos furtivos do homem atrás de mim, crente que eu não poderia ouvi-lo. Assim que deixei o hotel sozinha eu pude ouvi-lo, sabia que ele estava observando do outro lado da rua, esperando por qualquer presa fácil. Ele só não estava contando que ele fosse ser a presa dessa vez.

Caminhei com passos normais, nem rápido demais e nem muito lentamente. O ritmo humano é insuportavelmente devagar, mas eu já tinha prática em imitar. Conduzi o homem até próximo a um beco, sabendo exatamente qual seria seu plano ao ver uma mulher vulnerável em uma situação como aquela. Exatamente como previ, senti ele avançando sobre mim, me agarrando pelos ombros enquanto cobria minha boca com a mão e me empurrava para o beco.

- Quieta, gracinha! Vai acabar rápido se você for obediente.

Fui jogada contra a parede, mantendo a minha melhor expressão de pânico, com olhos arregalados e respiração rápida contra sua mão. Balançando a cabeça, concordei em fazer o que ele queria. O homem retirou a mão, arrastando preguiçosamente seus dedos por minha bochecha, e sorriu imundo para mim, seus olhos me examinando de cima a baixo.

- Você é tão bonita... - ele murmurou impressionado. Eu sorri, ele focou seu olhar em meu rosto e sua expressão ficou confusa.

No entanto, antes que eu fizesse qualquer coisa, o homem foi arrancado de cima de mim por alguém. Eu estava tão absorta na situação, todos os meus instintos focados na caçada, que não me dei conta dos passos entrando no beco. Alguém o havia jogado na parede do lado oposto, outro homem estava agora em luta corporal com o primeiro.

- Irei lhe ensinar a não atacar mulheres... - ele resmungou entre o som de socos e pontapés.

Isso nunca tinha acontecido. Ninguém nunca tinha aparecido para me ajudar. Mesmo que eu soubesse que não era preciso, estava agradavelmente surpresa. O agressor fugiu, xingando raivoso, e observei minha presa escapando praticamente por entre meus dedos. O rapaz que não deveria ter mais do que vinte anos se virou para mim e rapidamente veio em minha direção. Ele usava roupas militares, provavelmente alguém jovem demais que teve de se alistar devido a guerra.

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⏰ Última atualização: Jan 26 ⏰

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