O diabo

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"Deus, tu que és a fonte de toda a bondade e misericórdia, concede-nos a graça de viver segundo a tua vontade e de dedicar nossos talentos ao serviço do próximo

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"Deus, tu que és a fonte de toda a bondade e misericórdia, concede-nos a graça de viver segundo a tua vontade e de dedicar nossos talentos ao serviço do próximo. Amém."

Largo o papel escasso de jornal no chão e me pergunto até quando as pessoas vão clamar a Deus por misericórdia, até quando vão orar para que todo mau suma.
Estou andando por toda a vila, estava tudo silencioso demais, nenhuma pessoa era vista e me pergunto o motivo, pois era de manhã ainda.
Havia um monte de folhas de jornal espalhadas ao chão empoeirado.

O oxigênio era poluído demais para conseguirmos respirar direito, não tínhamos acesso ao ar puro, sol? Nem tínhamos ideia de como era.

Nossas terras estavam intoxicadas, os solos estavam contaminados e a água estava poluída, tínhamos de escolher quando achávamos água miseravelmente limpa para ou beber, ou tomar banho.
Nossos alimentos estavam faltando pela danificação do solo e as pessoas estavam doentes demais para sequer caçar.

Estávamos vivendo o inferno enquanto os reis viviam no luxo, o verdadeiro céu.
E este céu está bem atrás dessa barreira enorme que fizeram em volta do castelo.

Tinha o castelo e em volta do castelo que viviam os nobres burgueses, isso tudo estava rodeado por uma grande muralha de pedras que não nos permitia de passar.
Nós, os pobres plebeus, vivíamos em volta do castelo, do lado de fora do muro.
Sem acesso a nada.
Os lixos dos reis eram jogados aqui, e era oque restava para comermos, vestirmos e... Habituarmos.

Nós nunca chegamos a ver o rosto ou escutar a voz do rei, apenas sabemos que ele é um homem terrível que mata qualquer pessoa que for contra seu legado.

Imagino como deve ser lá do outro lado da barreira, do muro.
Mas talvez eu nunca saiba como realmente deve ser.
Afinal, eu não fui a privilegiada de Deus.

— Ei, você!

Ouço uma voz masculina, uma voz infantil, me viro para trás e vejo um garotinho sentado em um banco de madeira. Ele está com uma coisa na mão, uma espécie de... Ampulheta?

— Você mesmo! Qual o seu nome? — O garotinho ergue o rosto para mim e apenas suspiro.

Nunca antes havia conversado com ninguém a não ser meus pais.

— Por que quer saber? — Respondo, por um o breve momento percebo sua expressão indiferente e por um segundo me sinto em modo de ataque.

— Nunca a vi por aqui, quero saber seu nome, ou você não tem nome?

Ele aparenta ter uns sete anos, mas por que fala tão formalmente? Respiro fundo e me retiro da posição de ataque.

The Misfortune.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora