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Eduarda's pov.

Escuto uma batida na porta do meu quarto que me faz despertar, em seguida, a voz de meu pai me chamando.

—Duda, já está se arrumando? Vamos sair daqui a pouco.– ele diz me fazendo pular da cama

—Tô sim, pai, falta só tomar banho.– minto

Pego o uniforme de treino que eu usava na base, que era o mesmo, até eu pegar o do profissional.

Assim que entro no chuveiro, minha ficha cai. Eu estou indo para o time profissional.

Minha mãe estaria tão orgulhosa...

Minha família sempre me incentivou muito, jogo futsal desde meus 5 anos de idade, comecei em uma ecolinha de futebol com 10, engressei em um time regional com 12, dos 16 aos 18 joguei por um time de fora e desde ano trazado eu comecei a jogar pela base corinthiana.

Uma pena minha mãe não poder ver mais essa grande conquista, ela se foi quando eu tinha apenas 15 anos, a partir daí, sempre fomos só eu e meu pai, foi difícil me despedir dele para morar alguns anos fora.

Acabo de me arrumar e vou até a cozinha, e o senhor Elias me olhava com uma cara de orgulho.

—Bom dia, Solzinho!– ele abre os braços e eu vou até ele dando um abraço

—Bom dia, pai!– digo radiante

—Animada?– ele pergunta já sabendo a resposta

—Muito!– digo dando alguns pulinhos

Ele sorri para mim e estende a chave do carro, perguntando se já poderíamos ir.

No carro, cantávamos, ambos felizes ao extremo, meu pai me falava sobre as meninas do time, eu já conhecia e era amiga da maioria delas, até de algumas novatas, que jogavam comigo pela seleção sub-20, mas a única que eu realmente já tinha uma amizade de tempos era com Fernanda, que jogou junto a mim de 2019 a 2021 pelo time de Piteå, na Suécia.

Desde então temos uma amizade inabalável, mesmo que em 2022 ela tenha ido para o Santos e eu para a base do corinthians, mantivemos contato, e nos encontrávamos sempre, até voltarmos a jogar pelo mesmo time ano passado, só que ela no principal e eu na base.

—Está bem animada com a ideia de voltar a ver a Fernanda todos os dias, não é?– meu pai me pergunta

—Muito, estou morrendo de saudades de jogar com ela, menos da parte dos chutes super fortes dela.– falo me lembrando de um que eu havia levado nas costas há alguns anos e ficado com uma grande marca roxa por dias

Assim que chegamos no CT minhas pernas falharam, a partir de agora, eu estaria jogando pelo maior time feminino profissional da América Latina.

Vou com meu pai até o auditório do clube, onde seriam apresentadas as novas jogadoras do time.

Assim que chego lá já me dou de cara com Rillary e Marussi, que assim como eu, subiram para o time profissional.

Conversamos por algum tempo, até sermos devidamente apresentadas por Cris e também por meu pai.

—Dudinha!– Fernanda vem correndo até mim me abraçando

—Nandão, que saudades!– digo abraçando a mulher de volta

—Quem diria, 21 já, tá velha hein!– ela diz rindo

—Ao, novinha, se eu sou velha você já devia era tá aposentada.– respondo na brincadeira

—Me respeita, pivete.– ela me da um tapinha de leve— Vem, vamos nos sentar lá com as meninas para tomar café.

Ela pega meu braço e me arrasta até a mesa.

Espero que gostem.
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Xoxo, Maia.💋💋

𝑀𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑐𝑢𝑟𝑎 - 𝙹𝚑𝚎𝚗𝚒𝚏𝚏𝚎𝚛 𝙲𝚘𝚛𝚍𝚒𝚗𝚊𝚕𝚒Where stories live. Discover now