"continue a nadar"

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Depois que o Juliano saiu, eu consegui sair logo em seguida. Tinha uns dois caras conversando. Eu saí do banheiro imaginado encontrar o Juliano lá fora. Só que ele não estava em lugar nenhum da academia. Ué, será que ele foi embora?

Penso em mandar mensagem para ele, mas paro quando vejo ele saindo do banheiro.

— Estava onde? — perguntei confuso,afinal os dois caras que estavam lá não era um loiro e nem um dançarino chamado Juliano.

— No banheiro, precisava me limpar.

Pensei em fazer o mesmo, pois quando você gozar seu pau fica sujo de resquícios de esperma, então acho que não seria uma ideia ruim, mas estávamos mais empolgados para ir à praia.

Assim que saímos, fomos parados por algum grupo pequeno de garotos e garotas querendo fotos. A gente atendeu os pedidos deles e em seguida chamamos o primeiro uber até as aproximidades da praia.

Ali perto havia alguns barcos e a gente conseguiu entrar de graça. Eu diria que por eu ser famoso, mas eu também diria por conhecerem o meu pai. Essa era uma das vantagens de ser famoso, as pessoas sentem a necessidades de deixar você entrar em algum lugar por achar que somos intimidadores ou que somos algum tipo de deuses. Eu tenho dinheiro e pagar para entrar não seria problema, só que não iria dizer não ao pessoal de lá.

Era um barco grande com uma tenda que servia comida e tocava uma música em uma caixa de som. Falei com várias pessoas e tirei fotos.

— Onde vamos primeiro? — Juliano perguntou olhando as coisas ao redor.

Se não fossemos heteros assumidos ao públicos, dava até de dizer que parecíamos um casal. Bom, não éramos um casal mas tínhamos segredos um com o outro.

E falando nisso, parecia até normal, quero dizer, para dois caras gays assumidos é de fato normal fazer sexo, chupar o pau um do outro e tal. Agora para dois heteros que estão experimentado essa atividade sem querer usar o nome "gay ou bissexual" por achar que não somos era meio estranho.

Porra eu chupei o pau de um cara! E ele estava aqui do meu lado, parecia meio surreal e interessante. Sinto que estou fazendo algo errado, algo indevido. E quem na vida nunca fez, não é mesmo? Sinto que minha boca ainda está com o gosto do pau dele...

— Vamos nos outros barcos ali — eu fiz a proposta apontando em um direção quem havia alguns marcos menores — acho que eles permitem a gente pegar um desses barcos de madeira e aproveitar um pouco.

— Beleza, vamos nessa — ele disse.

A gente procurou saber como a gente conseguia um dos barcos para poder velejar com eles pela água salgada. E um homem meio idoso apareceu para nos informar que tinha um determinado valor para andar nos barcos. O que não era um grande problema com o dinheiro.

Eu e o Juliano queríamos aproveitar por horas. Então alugamos um dos barcos de madeira com um remo. O homem nos deu diversas instruções e perguntou se a gente já tinha alguma experiência com esse tipo de equipamento. Eu obviamente já tive e o Juliano disse que teve e que ainda teria, o que eu não entendi muito bem.

Depois, ele nos entregou alguns equipamentos de segurança. E entramos no nosso barco. Tiranos as nossas camisas e ficamos de shorts pretos. Era impossível não admirar o corpo do Juliano e dizer que ele era feio.

Sinto que essas férias estão sendo bem loucas. Nós dois estamos fazendo o que nos dar na cabeça e isso não vai nos abalar.

Ainda nem estávamos na metade do mar, mas pelo menos estávamos nos distanciando aos poucos das pessoas que definiram o que éramos, apenas dois famosos.

Juliano observava tudo maravilhado enquanto eu remava com experiência. Eu não podia negar já que chupei o pau dele que tinha um gosto incrível de puro desejo e masculinidade de que alguns nunca saberão pois estão perdendo tempo chamado ele de gay. Juliano era como aquele sorvetes de casquinha em um verão quente, provar só uma vez não matava a minha vontade.

— E aí, como é que você está? — eu perguntei.

Não entendi o motivo da minha pergunta, afinal estava com ele a uns dias então tenho uma certa capacidade de definir que talvez ele esteja bem, já que ele não chorava e nem parecia um depressivo depois de um termino. Só que de alguma forma o Juliano ainda era um mistério para mim, e perguntar isso era uma pergunta interna sobre ele, como ele estava por dentro. Existe pessoas que não precisam chorar para demonstrar tristeza, isso eu tenho certeza.

— Acho que estou bem, porquê? — ele me perguntou, provavelmente entendendo a minha pergunta.

— Ah, sei lá, esquecer da ex e dos hates parece ser uma coisa bem difícil — isso era fato, é horrível quando você posta uma foto ou vídeo e percebe "uau, agora todo mundo vai ver, e o mundo é feito de opinião distintas" quero dizer, qualquer um pode falar o que quiser e fazer um famoso como eu me sentir mal pela foto ou vídeo ou mensagem. Na verdade, qualquer pessoa pode se sentir mal por isso.

Juliano parecia refletir sobre o assunto.

— Acho que esqueci disso tudo desde o que aconteceu no... — de repente, ele pareceu um pouco tímido como se não quisesse dizer o que eu já sabia que ele ia falar — banheiro da academia. Então você me lembrou disso agora e nesse momento estou me sentindo péssimo.

— Foi mal — respondo, acho que não é bom tocar em um assunto delicado para um pessoa que está tentando esquecer ou superar o assunto.

Mas era por isso que ele estava aqui comigo, não é mesmo? Para esquecer toda essa merda que estava com ele, e por mais que falar sobre seja algo ruim ou péssimo, como ele disse, fazia parte do processo. Afinal, uma hora ou um dia ele teria que falar sobre e a dor seria desagradável do mesmo jeito.

— Sabe qual é a minha opinião? — eu disse para ele, Juliano me encarou esperando a resposta. — Acho que você deveria conversar com a Vivi e logo em seguida fazer uma postagem no Twitter informando que está tudo bem entre vocês dois.

— Mas não está tudo bem entre nós dois — exclamou Juliano de um jeito indignado. Como se eu tivesse falado a coisa mais absurda do mundo, tá eu acho que ele não entendeu muito bem

— Ah qual é cara, não estou falando sobre o agora. Óbvio que nesse momento aqui em que você está conversando comigo não está mesmo tudo bem entre vocês. Só estou dizendo que uma conversa faria você explicar para todos o aconteceu. E dar o seu lado do ocorrido...

— Eu não quero compartilhar isso para as pessoas como se fosse da conta delas — respondeu Juliano.

A gente estava se afastando de todos e poderiamos até ficar pelados ali que ninguém iria ver...hmm, a ideia era tentadora...Ah, droga, eu estou conversando com ele e agara quero...no que estou me tornando?

— Isso já é da conta de todos. — Eu disse parando de remar, estava com os braços cansados — sua ex fez uma postagem no Instagram falando sobre o término de vocês. Quero dizer, qual era a dela, vocês combinaram isso?

— Foi — respondeu Juliano meio deprimido — falamos sobre, mas não falamos sobre tornar público. Então eu fui o vilão...

—E você é o vilão? — pergunto olhando para ele.

— Sei lá, em algum momento a gente é o vilão e outro a gente é a vítima. — ele disse, ainda deprimido.

— Ótimo — disse de um jeito encorajador — crie coragem e fale com ela, em seguida faça o mesmo textinho no twitter assim como ela fez no instagram dela explicando para todos os haters que vocês "conversaram" e pronto final. Em seguida, viva como se tudo estivesse bem.

— Continue a nadar,continue a nadar — ele disse rindo.

Bom, acho que esse sorriso significava que tudo estava bem com ele.

—É, tipo isso — respondo também rindo.

Sabia que naquele momento não poderia exigir por uma putaria rápida com ele, apesar de ser muito gostoso no meio de toda essa água em que só está nós dois.

Mas resolvemos voltar pois estávamos com muita fome. Quando entramos em um barco enorme com várias pessoas dentro,  encontramos com alguns famosos por lá. Tiramos fotos e conversamos muito.

um verão muito louco [HOT GAY]( NÃO REVISADO,  ou seja com alguns erros)Where stories live. Discover now