Capítulo 9 - " A chamada do Abismo "

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Após ressoar do tiro, Bonny deu um rápido salto para trás ao mesmo tempo que recarregou sua munição.

— Engole bala, seu molusco maldito! 

Anne Bonny puxou o gatilho sem pena, o mais rápido que podia, e o mais forte também. A  visão de Davy Jones ficou coberta por balas.

Todos, para a sua irritação e decepção, foram rebatidos por Davy Jones ao balançar violentamente sua trombeta. O deus que não perdeu tempo, partiu logo com um golpe de cima para baixo com uma espada que estava na parte de trás de seu cinto.

A pirata com seu grande e rápido raciocínio estratégico, em um pensamento rápido, desvia  do golpe que seria desferido pela espada, ao mesmo tempo que segura o braço do terror dos mares. Isso para a mesma com sua pistola, lançar mais uma série de tiros, aproveitando-se que a trombeta é uma arma pesada e demoraria para Davy Jones a atacar com ela. Uma tática perfeita.

— Será que o nosso participante Davy Jones morreu? — comentou Gabriel aproximando-se um pouco mais do  solo, o suficiente para ver melhor a situação.

O sangue de Davy Jones jorrou como água saído de uma torneira, a humana ficou encharcada. Mesmo para alguém muito resistente, seria quase impossível sobreviver aquilo.

— Garota, não pense que vai me matar só com cinco ou sete tiros. — afirmou o deus com um sorriso de ponta a ponta em seu rosto, ao mesmo tempo que desfere um esmagador quebra crânio com sua trombeta, o que jogou a pirata pro outro lado da cidade.

A arquibancada de humanidade entrou em choque. Como alguém poderia sobreviver aquilo? Mesmo um deus.

Os deuses pouco importavam-se com a causa de Davy Jones não morrer, somente com sua vantagem sobressalente.

— O contra-ataque do terror dos mares foi avassalador! — Gritou Heimdall, surpresa como todos. Ninguém esperava por aquilo.

— Sabia que ele não iria nos decepcionar. Acho que a luta acabou. — afirmou Andrômeda, feliz pensando que já estava ganho. 

— Está cega? Olhe direito, mestiça. — apontou Athena em direção aos escombros, que eram arremessados para longe.

Anne Bonny levantava-se, limpando o sangue de seu rosto.

“ O infeliz… “ pensou a pirata, tonta e desnorteada com aquele golpe. Cambaleava em passos rápidos para ganhar tempo.

“ Ei Bonny, parte pra cima! Não seja covarde! “ Gritou Sanngrior com sua parceira mentalmente.

A pirata com um tapa forte e violento em sua cabeça, voltou ao normal. Colocava as mãos em algumas costelas que haviam quebrado-se, ao mesmo tempo que ganhava tempo para recuperar-se um pouco mais e entender como Davy Jones não havia morrido, jogando bombas de fumaça e espreitando-se entre os becos escuros aproveitando a distração momentânea.

A pirata, logo quando pensou em atacar, ouve um estrondo absurdo. O ressoar de uma trombeta ensurdecedora que fez o mesmo som reproduzido de uma baleia cachalote, entretanto extremamente mais amplificado.

Todos que assistiam, taparam os ouvidos e mesmo assim sentiam como se seus tímpanos fossem ser estourados a qualquer instante.

Anne sobe em cima de uma construção ao fim do toque, com uma pistola com uma corda de escalar, para obter melhor visão e noção do campo, mas o que viu a chocou foi algo completamente absurdo.

Centenas… não, talvez milhares de espectros azuis estavam rodeando completamente a cidade.

— Finalmente. — afirmou Athena, ao mesmo tempo que abria seus olhos voltando seu foco a arena.

Ragnarok - O Fio da Última Esperança Where stories live. Discover now