Andrômeda, após olhar por um tempo Davy Jones, logo fez uma expressão entristecida e arrependida. Algo em seu passado com o terror dos mares, claramente a deixa melancólica ao lembrar.
— Andrômeda, poderia me contar a história de vocês? — perguntou Athena, intrigada ao reparar a mágoa que Andrômeda tem em seu semblante.
Antes da jovem semideusa abrir a boca, Calisto a interrompe colocando o dedo em sua boca.
— Eu começo contando, tudo bem? — questionou a ninfa, com uma expressão séria.
— A vontade. — confirmou Athena.
“ O paraíso, ah sim… Aqueles belos e majestosos jardins verdejantes e radiantes, com o sol divino próprio magistral que nunca se põe e cobre tudo que toca... As cachoeiras e rios calmantes que vemos em sua estrutura perfeita complementam a paisagem e são essenciais para a vida.
Os deuses são ‘ perfeitos ‘, não poderia ser diferente com o local do qual residem e vivem em ‘ harmonia e tranquilidade ‘.
Entretanto deve haver equilíbrio, o próprio universo cuida dessa questão, sejam deuses ou humanos…
Trezentos anos após a queda de Hela, nasce um deus filho de Proteus e Íris.
Em seu nascimento, já notaram algo muito esquisito em sua aparência. Ele possuia guelras, assim como um peixe. Entretanto relevaram, afinal é neto de Poseidon, deus dos mares, e faria sentido ele ter aquilo para respirar mesmo embaixo da água.
Mas conforme o tempo passa, o mesmo desenvolve tentáculos ao invés dos cabelos, o que gerou rejeição por parte dos outros deuses.
Proteus, com nojo de seu próprio filho, o renegou. E nem mesmo Íris, sua própria mãe, sentia algo mais além de repulsa e desprezo do que havia criado…
Em sua adolescência, embora quisesse amizades, nunca as teve. O preconceito é algo do qual os deuses mais tem, por mais irônico e hipócrita seja.
Davy Jones com toda a sua solitude, isolou-se dos outros deuses. Passou a roubar e matar alguns deles para sobreviver em meio aquele ambiente tão horrível que vive.
Tomou medidas egoístas para ter alguma chance. Embora seu breve tempo de existência para um deus ( cem anos ), tornou-se maduro o suficiente para tomar e trilhar seu próprio caminho.
Não demorou muito, e o mesmo despertou a ira dos deuses, que passaram a caçá-lo desenfreadamente por ter tornado-se uma ameaça de grande escala.
Thanatos, o deus da morte, foi envolvido nesse assunto e foi encarregado de matar Davy Jones alí mesmo…
Mas não foi seu fim! Nem pensar.
Ele foi salvo por mim, sua tia, a Ninfa Calypso, que após Thanatos ter ido-se embora, peguei seu corpo e o levei até a minha cabana que fica em um bosque em um local muito isolado.
Com a Chamada do Abismo, fora armazenada a alma de Davy Jones, que por sorte, ainda não tinha ido até o submundo.
Thanatos não matou Davy Jones com as correntes que absorvem a alma no mesmo instante, na verdade, havia sido pego numa ilusão Calypso que o fez pensar ter pego a alma em suas correntes.
Após pôr a alma novamente no corpo, ele voltou. Foi abrigado na cabana da ninfa até as coisas se esfriarem e tudo ficar mais calmo no paraíso.
Mas enquanto a mesma dormia, Davy Jones roubou aquela trombeta estranha pensando que poderia lhe ser útil, e foi-se embora na calada da noite.
O deus desceu à terra e por lá permaneceu até ganhar a fama que todos conhecem “.
— Interessante. Mas como eu não soube dessa história antes? — questionou-se Athena, indignada.
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Ragnarok - O Fio da Última Esperança
RandomOs deuses se reúnem a cada mil anos para decidir o destino da humanidade, e resolveram realizar um torneio do qual decidirá a sobrevivência de todos os humanos. É uma obra inspirada em Shumatsu no Valkirye, entretanto com trama, roteiro e personagen...