Prólogo

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Asgard 2011

  — Olhe só pra você. O "poderoso" Thor... com toda à sua força! E de quê isso adianta agora, hã? - Disse Loki, o deus da trapaça, enquanto tentava levantar seu torso. — Você me ouviu, irmão! Não há nada que você possa fazer!

  Ao erguer seu braço, Thor, o deus do Trovão, invocou seu martelo. Libertando o peso no peito de seu irmão.

  Diante da terrível situação causada por Loki, o herói enfrentara uma decisão angustiante: destruir a Bifröst, a Ponte do Arco-íris, que estava sendo usada como uma arma de destruição para dizimar o planeta de Jotunheim, lar dos Gigantes de Gelo. Embora fosse uma medida necessária para deter Loki e proteger os Nove Reinos, Thor lamentara profundamente as consequências de sua decisão.

  — O que está fazendo?! — Indagou Loki com indignação. — Se você destruir a ponte, nunca mais vai vê-la!

  Thor continuou batendo, ignorando completamente o apelo sentimental de seu irmão, ao mencionar indiretamente a mulher que havia conquistado o seu coração.

  Loki se levantou lentamente, seu olhar era de puro ódio. O asgardiano pegou a lança de seu pai e correu em direção a Thor.

  Pronto para empalar o próprio irmão.

  — Perdoe-me, Jane — Falou o herói com dor no coração antes dar seu último golpe.

  Uma grande explosão de energia havia jogado ambos os irmãos aos céus estrelados.

  A ponte caiu, sucumbiu em meio a vastidão do Espaço. Sendo devorado rapidamente por um Buraco Negro recém aberto pela forte concentração de energia cósmica, engolindo estrelas e planetas inóspitos.

  Ao destruir a Bifröst, Thor não apenas impediu o avanço de Loki, mas também cortou a conexão entre os reinos, incluindo sua capacidade de viajar para a Terra e encontrar Jane Foster, seu grande amor. O peso dessa perda era sentido profundamente por Thor, que enfrentara a perspectiva de um futuro sem a possibilidade de reencontrar aquela que ama.

  Apesar da dor e do sacrifício pessoal, Thor permanecia firme em seu dever como protetor dos Nove Reinos, sabendo que a preservação da paz e da segurança de todos era sua prioridade máxima. Mesmo que isso signifique abrir mão de seu próprio desejo de estar com Jane, Thor estava disposto a fazer o que fosse necessário para garantir o bem-estar de todos os reinos e deter as ameaças que os assolam.

  Ao caírem, Thor não estava em posse de seu martelo, Mjölnir, para voar. Mesmo assim, o loiro agarrou o cajado de Odin que Loki segurava, para tentar salvá-lo.

  Por muito pouco, não teriam caído juntos no limbo se não fosse pela presença de Odin, o Pai-de-Todos, que apanhara a perna de seu primogênito com força, mas seu olhar foi direção ao seu outro filho.

  Um olhar de culpa e decepção.

  — Eu teria conseguido, pai. Eu teria conseguido! Por você, por todos nós — Disse Loki com a voz trêmula, tentando justificar suas ações atrozes em nome de um bem maior.

  — Não, Loki — Foi o que seu pai simplesmente lhe disse.

  A expressão no rosto de Loki mudou-se rapidamente. Sabia que se ficasse, seria condenado por toda a eternidade nas masmorras mais escuras, frias e profundas de Asgard.

  Ele tem um filho. Eu não sou nada para ele, além de um farto - Pensou ele, tristemente.

  — Loki, não! — Suplicou seu irmão, percebendo o erro que ele iria fazer.

𝗦𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁𝘀 𝗙𝗲𝗲𝗹𝗶𝗻𝗴𝘀Where stories live. Discover now