Chapter One.

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Montevidéu, 07:30AM

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Montevidéu, 07:30AM.

Parada em frente a catedral, Eva jamais achou que pisaria ali outra vez.

Assim que Lucía foi embora na noite passada, um homem bateu em sua porta, era o diabo, vestido de preto e com um sorriso sedutor, cabelos molhados por conta da chuva e jogados para trás. Eva sabia que tudo o que Lucía havia lhe dito era verdade, mas mesmo assim ela se condenou ainda mais ao se deitar com o inimigo.

O sino da igreja bate pela primeira vez na manhã, indicando que a Missa matinal se iniciaria. Algumas pessoas passaram por si, pedindo licença ou lhe dando bom dia com sorrisos gentis, Eva não retribuiu nenhum deles, estava ocupada demais perdida em sua mente, parada no meio da porta da igreja tomando coragem para entrar e temendo que seus pés queimassem assim que tocassem ao chão do lugar sagrado, não que ela se importasse, não tinha mais nada a perder.

Os demais já haviam encontrado seus lugares, já haviam aberto suas bíblias e alguns já oravam, todavia Eva permanecia parada, ponderando.

— No que está pensando? — A voz feminina solta sua respiração.

Eva se vira e encara a amiga. Lucía vestia um vestido branco e longo, somente seu rosto estava a vista, seu cabelo estava coberto pela corneta também branca. Eva engole a seco e se vira para a mulher.

— No que me disse ontem. — Lucía fica em silêncio. — Eu vim me desculpar por ter agido daquela maneira. — A morena balança a cabeça e se aproxima da maior pegando em suas mãos manchadas de pecado.

— Aprecio seu pedido, Eva. Mas quem merece um pedido de desculpas é você. Eu estava irritada e descontei em você, não deveria ter dito aquelas coisas. — Eva balança a cabeça e a abaixa. — Pode ficar pelo menos para a missa? — Eva fita a igreja e nega. — Por favor, eu imploro...

— Lucía...— Ela volta a amiga e respira fundo. — Tudo bem. — A menor sorri e a abraça. — Podemos ir beber depois? — Ela indaga retribuindo o aperto.

—.....podemos...— Eva ri em um tom baixo e Lucía faz o mesmo.

Ambas se afastam e Lucía pega seu caminho, Eva se vira de volta para a entrada da igreja e da o primeiro passo. Um suspiro de alivio sai de suas narinas ao ver que seu corpo permanecia intacto e que seu fogo interno não tinha sido exposto para o mundo.

Não demorou muito para que a Missa começasse. Eva estava acostumada com toda aquela abertura e conhecia tudo já que havia crescido naquele meio, porém ficou de cabeça baixa até mesmo quando o padre começou a falar, ela só queria que aquilo tudo acabasse e que Lucía fosse liberada.

— A senhorita esta bem? — O padre indaga, a voz ecoa nas paredes da igreja.

Eva olha as pessoas, confusa, procurando com quem ele estaria falando.

— Você mesmo, a da quinta fileira. Está sozinha, cabeça baixa, se sente mal? — Eva finalmente encara o padre.

A mulher engole a seco e abre a boca. Ele tinha os cabelos arrumados, os olhos profundos, a pele bronzeada e um sorriso pequeno e gentil no rosto, ele vestia uma batina vermelha com detalhes brancos e doirados, pessoalmente Eva analisou seu todo e constatou que ele não combinava com o outift e que definitivamente uma batina totalmente branca e dourada lhe caíria melhor.

𝐂𝐀𝐓𝐇𝐎𝐋𝐈𝐂, 𝑒𝑛𝑧𝑜 𝑣𝑜𝑔𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑐.Onde histórias criam vida. Descubra agora