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—Você quer que eu te leve até onde você está ficando?

— Não precisa! Eu tô de carro, além de não ser muito longe daqui. — sorri, lhe dando um abraço de despedida.

— E desde quando você tem licença para dirigir? — arqueou uma das sobrancelhas.

— Desde que me emanciparam. Não age como se você não soubesse da situação!

Desfiz o abraço e o esperei entrar na loja onde estava trabalhando. Respirei fundo e segui para o meu carro estacionado de qualquer jeito.

Usava um Honda S2000 branco, foi o primeiro carro que comprei quando consegui uma grana alta. Não me orgulhava do que fazia, mas conseguia viver graças àquilo.

— Esse papo todo de missão infiltrada me deu fome. — murmurei, quando arranquei com o veículo para o hotel que estava ficando.

-

— Oi, Mia! — cumprimentei a garota assim que a vi saindo de um carro, a impedindo de entrar na multidão de pessoas.

— Ah, oi! — a garota sorriu de volta — Me desculpa, eu ainda não sei o seu nome.

— Brianna, mas pode me chamar só de Bri. — a garota sorriu balançando a cabeça em concordância.

— Vai correr? — perguntou após olhar o carro onde eu estava apoiada.

— Hoje não, hoje eu vim ver ele correr. — comentei, apontando com a cabeça para Brian que entregava, no lugar do dinheiro, a documentação do carro para conseguir correr aquela noite.

— Ele é louco! — a garota comentou cruzando os braços e eu ri.

— É, ele é sim!

Desescostei do carro e segui com ela para o mar de pessoas em torno de alguns homens.

— Se eu perder, o vencedor fica com o meu carro numa boa. Mas se eu vencer, eu fico com a grana e vou ser respeitado. — ouvimos Brian dizer o que queria assim que nos aproximamos.

Dom e os outros começaram a rir — Respeitado! — zoavam Brian enquanto ele ficava sério encarando a situação.

— Pra alguns, isso é o mais importante! — o loiro exclamou, encarando Dom.

— Esse é o seu carro? — Dom perguntou, apontando para o Mitsubishi Eclipse verde que Brian estava usando.

Rapidamente, abriram o capô do carro e começaram a analisar o que havia ali.

— Eu tô vendo... admissão de ar, sistema NOS, T4 turbo, controlador de injeção e...deixa eu ver...— me aproximei um pouco mais, junto com Mia, vendo um dos homens de mais cedo olhando o interior do carro. — e injeção de nitroxido.

— É, um sistema independente de combustível. Deve ter custado uns 10 mil dólares! — Dom concluiu, apontando para Brian.

— Aí, cê já viu isso aqui? — um rapaz negro com bandana chegou perguntando e apontando para o carro. — Tem NOS suficiente pra sair do planeta!

— Como é que vai ser? Vou correr? — Brian perguntou, colocando as mãos nos bolsos da calça.

— Ainda não sabemos! — o careca falou risonho. — Mas você tá dentro. Vamo nessa!

Imediatamente todos a volta começaram a correr para seus carros, para seguir até onde seria a corrida.

— Quer ir comigo? — chamei Mia e a garota olhou para os amigos que estavam correndo para seus carros, sem lembrar dela.

RUN OR RUN - DOMINIC TORETTOWhere stories live. Discover now