Capítulo 7

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Osman: Seu quarto é o terceiro à esquerda, mandei arrumar para você e espero que goste. - Abraço Osman e acabo chorando, em um misto de alívio, gratidão, tristeza e ansiedade. - Eu sei meu bem, eu sei. Tudo vai ficar bem. E quando soubermos o sexo do bebê, vou garantir que tenha o quartinho mais adorável desse mundo. Agora descanse, foi um longo dia.

3 semanas depois...

P.O.V. Ucker

Finalmente em casa! Quero correr logo até Dulce e matar a saudade da minha princesa, perguntar se ela quer se mudar comigo para Istambul e apresentá-la ao reitor da Universidade. Minha tia está na sala:

Damla: Christopher! Não sabe como estou feliz em te ver! Me conte tudinho!

Ucker: Deu tudo certo, tia. Te conto detalhes no jantar, agora quero ir ver a Dulce e... - ela segura meu cotovelo.

Damla: Querido, espere.

Ucker: Que foi?

Damla: Tem uma coisa que você precisa saber.

Ucker: Tia, é urgente? É que eu quero ver a Dul.

Damla: Dulce não está mais aqui em Esmirna.

Ucker: O que? Do que está falando? - ela suspira, abre uma gaveta e retira um jornal da semana passada. Na primeira página, em uma foto gigantesca, estão estampados Dulce e Osman Güler, dono da fábrica, em seu... casamento?

Ucker: Mas que porra é essa aqui?

Damla: Também fiquei chocada. Mas é, eu estive no casamento. Aparentemente os dois estão juntos há muito tempo.

Ucker: Não, não, isso deve ser algum engano! - digo, incrédulo, embora a evidência do casamento estivesse ali na minha frente.

Damla: Sinto muito, querido. Ela esteve enganando você esse tempo todo. E decidiu ficar com este senhor que tem idade para ser avô dela! É óbvio que está interessada na fortuna, afinal todos sabem que esse homem não tem filhos. Os dois saíram da Turquia.

Ucker: Não, isso não pode ser! - empurro o jornal na mesinha de centro com raiva. - Onde ela está? Como pôde fazer isso? Eu vou atrás dela!

Damla: Eu não sei, querido.

Ucker: Vou ao sítio atrás da família dela, eles saberão!

Damla: Soube que Osman comprou o sítio e deu a eles uma casa muito confortável na cidade.

Ucker: Onde?

Damla: Não faço ideia.

Ucker: Preciso saber! Tia, pode usar seus contatos na prefeitura...

Damla: Querido, não faça isso consigo mesmo. É tão triste te ver assim, me parte o coração! Mas se ela só queria te usar e te trocou por dinheiro não merece seu amor, nem seu tempo. - minha respiração está ofegante, o peito pesado.

Ucker: E-eu preciso ficar sozinho. - digo, já subindo as escadas.

Damla: Claro, querido. Estarei aqui se precisar.

Era isso. Demorou dias, mas entendi que ela tinha me deixado, tudo por dinheiro. Como ela pôde me enganar assim? Como eu fui cego às suas verdadeiras intenções? O amor que senti por Dulce fez de mim um miserável. Mas mataria esse amor, e não deixaria que meu coração fosse usado. Nunca mais.

Meses depois...

P.O.V. Dulce

Médica: Faça força, senhora Güler! Estou vendo o bebê vir! - Eu empurrava com determinação a cada contratação, suando e berrando pela dor e cansaço. Estava em trabalho de parto há mais de sete horas, e já não tinha como manter o ânimo para fazer meu bebê vir ao mundo, mas a médica não me deixava desistir. - Mais uma vez!

Él Regalo Más GrandeWhere stories live. Discover now