2 • Future?

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Robby escutava vozes exasperadas. Algumas ele tentava reconhecer, mas falhava miseravelmente.

— Eu posso estar velha, mas eu não estou louca. Eu reconheceria esses dois em qualquer lugar.

'Essa é a Madame Ali? A voz dela parece estranha' Robby pensou, mas estava sem forças para conseguir abrir seus olhos.

— Não podem ser eles, já faz muito tempo que estiveram assim.

Okay, agora ele estava ficando preocupado. E um pensamento passou pela sua cabeça; E se ele ficou tempo demais fora, preso no nada e as pessoas se esqueceram dele, e, agora, sabe se lá quanto tempo depois, ele voltou?

— Professora, eu já disse, não estou louca. Eu posso até estar velha, mas eu conheço muito bem esses dois. Eles vinham pra cá mais do que iam pro campo de qudribol. Eu tive que refazer casa osso deles. Eles são ,sim, Robert Lawrence e Miguel Diaz.

Diaz? Robby não podia ter escutado errado. O banheiro. Miguel estava lá também. Então quer dizer que...eles ficaram presos no nada, juntos?

Robby se forçou a abrir seus olhos e sentiu que sua cabeça iria explodir assim que seus olhos encontraram a luz.

— Por Merlin, ele acordou! — Sua vista estava embaçada,mas ele podia reconhecer; De fato, era a Madame Mills. — Você está bem, querido?

— Eu, eu não sei...está tudo rodando.

Ele demorou um pouco antes de se acostumar com a claridade e, quando finalmente aconteceu, o espanto tomou conta de si. Estavam todos ali, só que mais velhos; Madame Mills, Professora  Andrew, Professor Silver e o diretor Kreese.

Logo, eles escutaram um barulho vindo da cama ao lado da de Robby.

— Que merda você fez, Lawrence? — Miguel pergunta exasperado.

— Eu não fiz nada!

— Então porque todo mundo está enrugado assim? Que merda você fez?

Ele estava confuso, mas aparentemente não era o único. Os adultos também estavam com pontos de interrogação estampados em suas faces.

— Vocês são Robert Lawrence e Miguel Diaz? De verdade?

Era  quem quebrará o silêncio mas sua face parecia mais confusa que tudo.

— Quem mais seria, Professora? O que o Lawrence fez dessa vez?

— É o que queremos saber.

— Professora, em que ano nós estamos?

— Que pergunta idiota é essa, Lawrence? É lógico que estamos em 95.

Os adultos mudaram as expressões para puro espanto, não era esse o ano?

Silver foi quem falou dessa vez.

— Sinto lhes informar, mas não é esse ano em que estamos.

— Não? Nós ficamos desacordados por quanto tempo?

— Aparentemente, 3 dias, mas o ano em que estamos é 2015, 20 anos a mais do que você está pensando.

Robby olhou assustado para Diaz e não acreditou no que ouvirá, se realmente se passou 20 anos, como eles estavam com seus corpos de 15 anos ainda?

— Eu quero saber exatamente o que foi que aconteceu. O que foi que vocês aprontaram?

— Nós nada, foi o Lawrence que estava fazendo uma poção estranha e fez ela explodir no banheiro da Murta. Que poção era aquela Potter?

Robby se manteve em silêncio até aquele momento, ele não conseguia pensar direito, o que estava acontecendo?

— Robby? O que você estava fazendo?

Robby? Terry Silver acabou de chamar ele pelo primeiro nome?

— Eu...

— Fala de uma vez, Lawrence,antes que eu te amaldiçoe aqui mesmo.

— Eu queria voltar no tempo, eu achei uma poção que me ajudaria já que os vira-tempo estavam confiscados, eu queria voltar para o primeiro dia do quinto ano para evitar as pegadinhas e provocações do Diaz. Eu não aguentava mais ele todo dia fazendo alguma coisa, então ele me derrubou no Lago Negro naquela noite e quebrou minha vassoura, eu esgotei minha paciência e queria dar um jeito em tudo, mas então quando eu estava terminando a poção, ele apareceu e me fez derrubar a poção e nós acordamos aqui.

Robby disse tudo em um único fôlego, estava praticamente gritando e não conseguia erguer os olhos, alguma coisa deu muito errado com aquela poção, mas ele não sabia o que.

— Que poção era essa?

— Eu não consegui ler o nome, eu encontrei em um livro na sessão reservada, Azarações e Poções Uma Vez Esquecidas é o nome do livro. — os olhos do professor praticamente pularam da cara quando ele escutou o nome — O que foi?

— Esse livro foi confiscado a anos, não me lembro de ter tido uma cópia em Hogwarts. Ele possuí feitiços das trevas muito poderosos.

— Acho que nós teremos que chamar sua versão mais velha para vir aqui,Robby. Ele, você, pode ter acesso ao livro e nós podemos achar uma solução para vocês voltarem. — Kreese que se manteve calado finalmente falou, mas não foi nada que de fato ajudasse.

— Não! Se nós nos encontrarmos com nossas versões desse tempo, vamos ficar presos aqui.

— Robert Lawrence, o que você tinha na cabeça quando decidiu fazer essa poção? Nós podemos ficar presos aqui? Tem mais alguma coisa que queira contar ou eu já posso te matar?

— Bom...

— "Bom"? Eu juro que vou te matar.

— Se nós ficarmos muito tempo aqui podemos ser apagados do nosso tempo e vamos ficar presos aqui, mas sem nossas memórias do nosso tempo real.

Os adultos tentaram se lembrar de algo parecido com aquela poção maluca que trouxe os meninos para esse tempo mas nada foi resolvido, eles não estavam chegando a lugar nenhum e para melhorar, os dois ainda estavam muito tontos e não conseguiam ficar de pé por muito tempo.
Foi decidido que eles iriam passar a noite na Ala Hospitalar e no dia seguinte procurariam na Sessão Reservada o livro que Lawrence havia usado, ou pelo menos algo que os ajudasse.
No silêncio da noite, Robby não conseguia parar de pensar que aquilo tudo foi culpa dele e que ele tinha mais uma vez feito algo idiota e irracional.

— Lawrence? — Diaz estava na cama ao lado e desde o momento que os professores deixaram a sala ele se manteve em silêncio, nem se quer o ameaçou, e agora, sua voz estava baixa, nada agressiva como de costume, apenas uma voz neutra no vazio.

— O que foi, Diaz?

— Você... Você teve essa ideia idiota só por minha causa?

Robby então se virou para o loiro e o encarou.

— Só? Você tem noção do inferno que eu tenho passado nos últimos meses? Eu não sei o que aconteceu com você durante as férias e não sei porque seu ódio por mim aumentou tanto, mas eu já estava enlouquecendo.

Silêncio, foi isso o que ele recebeu do loiro.

— Eu pensei que se fizesse alguma coisa a respeito do primeiro dia de aula, talvez meu ano fosse um pouco mais normal, ou até mais tranquilo e sem tantas vindas para cá. — ele apontou para as outras macas que estavam ao seu redor — O que foi que eu te fiz Diaz? Por que você me odeia tanto?

Nada, mais uma vez, o silêncio era o que o outro garoto dava como resposta.

— Quer saber, esquece.

Lawrence virou para o outro lado e tentou dormir, mas era óbvio que não conseguiria.

— Eu nunca te odiei.

Poderia ter sido um delírio, mas ele sabia que era real, Diaz disse em um quase sussurro.

— Então o que eu te fiz? Porque você me trata desse jeito?

— Eu só...

De volta ao silêncio, os dois de costas um para o outro, presos em seus próprios pensamentos em um tempo totalmente diferente.

Diaz - Lawrence's? - KiazWhere stories live. Discover now