CAPÍTULO TRINTA E SETE: Eu escolho a nossa história.

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MARY  COLLINS

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MARY COLLINS

Parece que, por algumas frações de segundos, tudo ficou em câmera lenta. Levou cerca de dez milissegundos para que eu terminasse de falar, uns trinta para que os meus pais pudessem processar a informação e apenas quinze para reagir a ela.

Minha mãe não escondeu a cara de nojo e surpresa. Ela abriu a sua boca para falar algo, provavelmente gritar, mas pouco tempo depois a fechou, levando a mão até os lábios. Pela primeira vez na vida eu a vejo sem saber o que falar, totalmente sem palavras.

Meu pai, por outro lado, agiu na emoção e soube muito bem o que fazer. Colocou a mão no meu ombro e me empurrou com força, fazendo com que eu caísse no chão da sala e deixasse o caminho até o irmão mais novo livre.

Como eu acabei me assustando pela sua brutalidade, soltei um grito que desviou a atenção de William para mim e o fez receber o soco que lhe foi dirigido. Entretanto, esse foi o único que lhe atingiu, visto que conseguiu segurar o braço do meu pai quando este foi lhe acertar mais uma vez.

_ Nunca mais, na sua vida, atreva-se a tocar um dedo que seja em Mary.- Com um tom ameaçador e macabro, que nunca imaginei escutar de William, ele ameaça o meu pai.

O mais velho, assustado pela forma que o seu irmão caçula falou, recuou uns passos para trás. Embora papai seja o primogênito, meu tio é maior e muito mais forte. Só recebeu um soco no rosto porque estava distraído, como meu pai queria que ele estivesse.

_ Pequena.- Agacha no chão, segura no meu ombro com delicadeza e me ajuda a levantar.- Ele te machucou?

Antes que eu possa responder, ele toca em um ponto do meu braço que me faz gemer de dor. Caí em cima de um dos meus braços na hora que fui jogada ao chão, o que está fazendo com que doa bastante.

_ Será que quebrou?- Pergunta preocupado.

_ Acho que não, só deve ter magoado pelo impacto.- Consigo falar e ele concorda com a cabeça.

Me abraça com cuidado, deitando minha cabeça em seu peitoral. Mesmo com o latejo, o envolvo em meus braços, procurando proteção e abrigo nos seus. Sabia que a reação dos meus pais não seria nada boa, mas não imaginava que o meu herói seria capaz de me machucar fisicamente.

_ Como você conseguiu agredir a sua própria filha?- William esbraveja.

_ Não venha querer me ensinar como ser pai, você não sabe o que é isso.

E, mais uma vez, por não ter nenhum argumento, David vai no ponto fraco do irmão apenas para o ferir.

_ Vocês transaram?

Finalmente minha mãe consegue formular uma frase e fala logo a que eu mais temia, mas sabia que seria feita.

William olha para mim, esperando que eu responda. Não porque ele é covarde, já demonstrou que não é, mas porque não sabe se isso é algo que eu queira contar ou não. Mais uma vez ele respeitando o meu espaço.

𝐌𝐞𝐮 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐚𝐦𝐨𝐫Donde viven las historias. Descúbrelo ahora