RUN !

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Eu não enxergava mais nada, as lágrimas escorriam dos meus olhos, eu me sentia livre mas sabia que ele estava atrás de mim e uma hora ele ia me pegar.

Eu estava correndo a horas não escutava mais os passos dele, nem sentia o seu cheiro, consegui me acalmar. A neve branca lentamente começava a  cobrir o chão e tudo ficava cada vez mais gelado.

havia desistido, preferia morrer congelado do que voltar para lá! Ser um ômega sem marca me deixava vulnerável ao frio, não tinha mais forças para me reerguer então ali debaixo daquela árvore eu fiquei, me escondi em umas folhas para tentar fugir do frio, ali deixei o cansaço me dominar e aos poucos tudo foi escurecendo

Sentia que ali eu iria morrer, de longe senti dois cheiros fortes e que eu me ergui e olhei em volta...

MERDA!! Eu passei das fronteiras, eu estava sozinho, sem um alfa, em um lugar desconhecido, um lugar sem lei!

O cheiro foi se intensificando, porque eu não consigo fugir?? Esse meu corpo que agora era de um pequeno lobo branco, está exausto! Estou com frio, estou com fome e completamente largado.

Um ômega sozinho, um ômega sem marca, um ômega sem alfa, um ômega foragido.

- Oque faz em nossas terras, ômega?

Meu corpo entrou em pânico, eu apenas tremia! Não tinha força para responder a pergunta daquele grande alfa... Oh meu pai Oxalá! Eu estou em frente aos Lupinos! E agora que minha vida termina em uma patada só.

Os lupinos são os dois últimos lobos que nascerem na lua lúpus, eles são alfas só que muito maiores, mais fortes e mais dominantes...

Eu tentava esconder meu cheiro, soube por boatos que eles detestam cheiro de ômega, então fica difícil para quem exala cheiro de maracujá.

- fale ômega, oque faz aqui?! - o outro lobo fala em um rosnado -

No último do desespero, juntei todas as minhas forças e mesmo que meu corpo pedisse socorro por tantos ferimentos, juntei-me em quatro patas e deitei minha cabeça nas patas da frente.

- Perdão, Senhores Lupinos!

A dor era tanta que minha voz mal era escutada, meu corpo estava cambaleando para os lados e o sangue se espalhava cada vez mais

- Não me matem, eu já estou morrendo.

Foi a última coisa que eu falei antes da minha mente se entregar para a escuridão, mas não senti o impacto do chão.

Apenas sentia o cheiro de menta exalando por toda parte.

ALPHAS | taekookminOnde histórias criam vida. Descubra agora