CAFÉ E BISCOITOS

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NÃO REVISADO!


Quarta-feira 7:30 a.m

- Mãe! -Exclamou Jimin.- Já estou saindo, me deseje sorte.

- Mas filho, você nem mesmo tomou seu café da manhã.- Disse a senhora Park preocupada com o filho.

- Não se preocupe, mãe, eu como alguma coisa no caminho, assim que sair do hospital me ligue, ou vou ficar muito preocupado com a senhora.

Jimin estava na porta de entrada de sua casa calçando seus tênis ALL star preto de cano baixo para ir a biblioteca onde trabalharia no período diurno, estava ansioso, por isso a pressa de sair de casa e chegar antes do horário para impressionar os patrões.

A senhora Park saiu da cozinha onde estava e foi para onde seu filho estava, sentia seu coração pesado por deixar Jimin trabalhar para sustentar a casa, mas não havia nada que ela pudesse fazer, algumas tarefas domésticas eram o bastante para que a pobre mulher sentisse fadiga e mau estar.

Quando estava junto ao seu filho na porta o abraçou forte deixando que algumas lágrimas escorressem de seus olhos e molhasse a camisa do jovem rapaz, não demorando mais que vinte segundos no abraço a senhora soltou o filho dando-lhe um beijo na testa o desejando boa sorte e um bom dia nos seus novos empregos.

[...]

Quando Jimin finalmente conseguiu sair de casa, foi direto para o ponto de ônibus, a distância de sua casa para a biblioteca era longa, o que significava que teria que gastar com passagem de ônibus por um mês inteiro, até receber seu vale transporte, Jimin quase pulou de alegria ao saber que receberia de seus patrões uma ajuda de custo com o transporte, o rapaz tinha quase certeza que o casal de idosos estavam dando a ele essa ajuda por pena depois de escutarem sua trágica história, mas ele não se importava, não estava em posição de negar qualquer tipo de ajuda mesmo que a tenha recebido apenas por pena.

Por sorte o ônibus não demorou a chegar, e para melhorar ainda mais sua manhã, o coletivo estava praticamente vazio, isso por si só para Jimin era um sinal de que estava com sorte, e que tudo correria bem durante o restante do dia.

Durante os quarenta minutos que Jimin ficou no ônibus, ele se permitiu apreciar a paisagem, Seul era muito diferente de sua pequena cidade natal, os grandes prédios, as ruas movimentadas, e as pessoas ainda nas poucas horas da manhã corriam de um lado para o outro sempre extremamente apressadas demais até para olhar para o lado, - Agora eu sou uma dessas pessoas, provavelmente o único tempo que terei para observar tudo à minha volta será dentro desses ônibus.- Jimin pensou consigo mesmo suspirando alto, não que estivesse reclamando ou fazendo algo contra sua vontade, todo o esforço que estava fazendo de bom grado e com muito amor, apesar de nunca ter se imaginado nessa situação trabalhando em dois empregos para sustentar a ele mesmo e a mulher que lhe deu a vida e que amava de todo seu coloração, ainda sim estava feliz e até mesmo aliviado, só de ter sua mãe viva e recebendo o tratamento adequado já era uma conquista na cabeça do jovem rapaz.

Jimin se perdeu tanto em seus pensamentos que nem ao menos viu os minutos passarem, até o ônibus parar e o motorista anunciar a chegada no ponto que ele deveria descer, do ponto até a biblioteca eram mais uma curta viagem de metrô, então logo ele se pôs a correr para a estação entrando no primeiro trem que já estava prestes a sair, a viagem foi curta, cerca de vinte minutos e ele já estava saindo da estação, por sorte a biblioteca ficava bem em frente a escadaria que dava acesso ao metrô, então assim que saísse do trem era só atravessar a rua e já estaria no trabalho.

Quando chegou na biblioteca, já eram certas de oito e meia da manhã, isso era exatamente meia hora mais cedo do horário que ele deveria estar no serviço, queria fazer por merecer no trabalho pois o casal de idosos que o contratou tinham sido muito atenciosos e simpáticos com ele durante sua entrevista e o contrataram de imediato, o rapaz só esperava que os patrões não ligassem para suas roupas um pouco velhas, a camisa de algodão branca apesar de um pouco velha estava limpinha sem nenhuma mancha e muito bem passada, a calça jeans estava um tanto desbotada mas era o que ele tinha no guarda-roupa, então teria que servir.

EvangelineМесто, где живут истории. Откройте их для себя