𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝘁𝘄𝗼

182 20 4
                                    

                        • "𝘦𝘶 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦́𝘮 𝘨𝘰𝘴𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘚𝘰𝘥𝘢 𝘚𝘵𝘦𝘳𝘦𝘰" •

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


• "𝘦𝘶 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦́𝘮 𝘨𝘰𝘴𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘚𝘰𝘥𝘢 𝘚𝘵𝘦𝘳𝘦𝘰" •

• 𝗸𝗮𝘁' 𝗽𝗼𝘃 •

𝗢 𝗰𝗹𝗶𝗺𝗮 𝗱𝗲 𝗠𝗼𝗻𝘁𝗲𝘃𝗶𝗱𝗲́𝘂 𝗲𝘀𝘁𝗮𝘃𝗮 𝗳𝗿𝗲𝘀𝗰𝗼 𝗲 𝘁𝗿𝗮𝗻𝗾𝘂𝗶𝗹𝗼. O som da voz de Kali Uchis dominava o carro. Esteban e Mia mexiam a cabeça de acordo com o ritmo da música, o que eu estava achando hilário.

Eu moro sozinha em Montevidéu desde os meus 19 anos, quando publiquei meu primeiro livro. Depois, publiquei outro e mais outro. O livro que eu mais havia gostado de escrever era "Me Chame Pelo Seu Nome". Era o livro que era o preferido dos fãs. O que tinha conseguido mais vendas.

Eu dei vida a um personagem que acabou virando o meu preferido. Pierre Guitierrez. Ele era a definição do estereótipo "clichê". Ele tinha cabelos um pouco longos, um rosto que parecia que havia herdado de um puta Deus grego. Ele era perfeito. Simplesmente o tipo de homem que seria impossível de encontrar.

Me lembro quando eu comecei a criar Pierre. Havia terminado meu último relacionamento. Que convenhamos, era uma grande merda. Ele falava demais, falava muita merda no caso. Mas enfim, havia decidido colocar em Pierre tudo o que eu queria em um homem, e tudo o que eu queria que um homem fizesse por mim.

Passeios noturnos, um belo corpo, uma bela voz. Tudo o que eu queria eu coloquei nele. O álcool me deu muita criatividade naquele momento.

Esteban e Mia sempre me deram um empurrão em relacionamentos. Mia até dizia que tinha alguns amigos para me apresentar, mas honestamente, eu não estava nem um pouco interessada.

Eram todos igual, a única coisa que as vezes mudava era a aparência. Os assuntos eram iguais, e as intenções maliciosas também. Isso me deixava cansada. Mas nada que uma boa garrafa de vinho pudesse resolver.

O único lugar que eu evitava ir, somente pelo fato de as vezes beber um pouquinho a mais do necessário, o ironicamente acontecia todas as vezes, era frequentar bares. Principalmente a noite. Por mais que eu me sentisse livre parar falar o que quisesse, mas por isso mesmo, eu literalmente falava tudo. No ponto de não ter senso mesmo.

Mas lá estava eu, indo totalmente contra minha vontade. Honestamente, eu estava indo somente pelas ótimas margaritas que o local vendia. Elas eram tão boas que chegavam a ser impressionante.

Depois de uns 15 minutos a procura de um lugar para estacionar, desligo as chaves e respiro fundo.

--- Para de ser cagona, Kat'! --- Mia diz enquanto abre a porta do carro. --- Vamos, quero beber até esquecer meu nome denovo.

--- Isso significa que vamos ter que ouvir você cantando "All Too Well" bêbada pela quinta vez? --- Estevan diz no banco de trás, enquanto abre a porta do carro.

𝐒𝐓𝐘𝐋𝐄 - 𝐄𝐍𝐙𝐎 𝐕𝐎𝐆𝐑𝐈𝐍𝐂𝐈𝐂.Onde histórias criam vida. Descubra agora