𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝘁𝗵𝗿𝗲𝗲

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                                     • 𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝘁𝗵𝗿𝗲𝗲 •                              " 𝘈𝘲𝘶𝘪, 𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘦́ 𝘮𝘦𝘶 𝘯𝘶́𝘮𝘦𝘳𝘰

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• 𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝘁𝗵𝗿𝗲𝗲 •

" 𝘈𝘲𝘶𝘪, 𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘦́ 𝘮𝘦𝘶 𝘯𝘶́𝘮𝘦𝘳𝘰."

A noite estrelada guiava os passos de Enzo e Katarina, enquanto caminhavam pelas ruas vazias de Montevideo. Apesar de toda a euforia que estava presente no bar, eles a deixaram para trás, resolvendo andar sem rumo, jogando conversas fora.

Todo tipo de assunto foi comentado entre os dois. Enzo contou que adorava fotografia e que nem sempre gostava da sua vida de reconhecimento, que era desconfortável para ele não poder ir em qualquer lugar para descansar sem ter algum seguidor ou paparazzi atrás do mesmo.

Katarina contou que era escritora. E também se permitiu contar que as vezes, bem lá no fundo, não se sentia boa o suficiente para isso.

- Bom, eu sou escritora. - Falou enquanto caminhava.

- Mas isso é legal. Eu queria ter a habilidade de conseguir colocar tudo o que penso em um papel. - Enzo diz colocando as mãos nos bolsos de sua calça. Katarina dá uma risada anasalada graças a sua resposta. Ele parecia levar a vida de um jeito sereno, sem muitas preocupações. Katarina gostava disso. O homem prestava atenção em tudo que ela dizia. Escutava com atenção até os mínimos detalhes. O que para Katarina era algo raro de se acontecer.

- Mas e você? Sempre quis ser ator? - Katarina pergunta, ela estava curiosa para saber se Enzo era somente fruto de sua imaginação, ou se somente fosse uma grande coincidência. Ou talvez ele realmente fosse o "Pierre" de sua "Julianne".

Enzo respira fundo e diz.

- Eu sempre gostei de tudo na atuação. Mas depois que assisti a minha primeira peça, enchi tanto os ouvidos da minha mãe para ela me levar em aulas de teatro. - Ele faz uma pausa - Eu me lembro de ter uns 6 anos.

- Uma criança prodígio então? - Katarina solta uma pequena risada, e Enzo ri junto com ela.

- Ah, pare! Você que é a super escritora. No meu trabalho, são vocês que criam a história. Nós somos somentes os interpretadores.

- São vocês que conseguem fazer nossa imaginação virar realidade, Vogrincic.

Enzo por um segundo pensa que ela poderia ser uma poeta disfarçada. Ou também uma filósofa. Ambas as opções a descreviam.

- Você parece uma filósofa. Quase chego a questionar sobre mim mesmo quando te escuto falar. - O moreno lança um sorriso para ela. Segundo os espanhóis, ela estava "totalmiente enamorada" dele.

- Devo ter herdado isso da minha família, talvez. - Um sorriso é retribuído por Katarina.

- Eu tenho certeza que você é o tipo de pessoa que lê aqueles tipos de livros super complicados, que ninguém entende. - Ele dá uma risada. Katarina se questionou internamente. Será que ela era tão legível assim, no ponto de qualquer um conseguir decifra-la? A certeza que ela tinha sobre si mesma despareceu em segundos.

Katarina logo responde.

- Na maioria das vezes sim. - Ela o encara com uma feição serena. Os cabelos do homem estavam levemente bagunçados, graças ao vento que estava rebatendo contra seu rosto. Logo, Katarina percebe que já era tarde da noite. Eles haviam conversado tanto, que ela nem percebeu o tempo passar tão rapidamente.

- Meu deus! Já são 3:30! - Ela diz desesperada após ver a hora em seu relógio. - Mia vai me estrangular! E certeza que Esteban deve ter ficado sozinho lá dentro. - Ela diz arrumando seus cabelos. Como Enzo a conseguia deixar toda distraída com o mundo ao seu redor? Era um pergunta em que ela não sabia a resposta. Ela não queria saber.

- Fique tranquila. - Vogrincic diz tentando acalmar a moça. - Matías deve estar com ela.

- Matías? - Katarina pergunta confusa.

- Sim, ele é meu amigo. Melhor amigo no caso. Eles estavam juntos no bar. - Ele diz corrigindo a si mesmo. - Ele não é a pessoa mais responsável do mundo, mas posso lhe garantir que ela está bem. - Enzo repassa um sorriso, com a tentativa de deixá-la tranquila.

- Mas enfim, eu preciso ir pra casa Enzo. - Ela diz pegando seu celular, pronta para pedir uma carona para voltar para casa. - Já está tarde, e amanhã eu tenho que pelo menos tentar escrever mais alguns capítulos.

Katarina sentia como se sua criatividade estivesse se esgotado. Como se todas as suas ideia estivessem fugido de sua mente. Ela se sentia uma total inútil.

- Tudo bem, qualquer coisa, se você quiser continuar aquela discussão sobre qual filósofo é mais foda. - Enzo tira uma caneta de seu bolso - a caneta que ele deixava exclusivamente para autógrafos inesperados - pegando a mão de Katarina. - Aqui, esse é meu número.

Enzo havia anotado seu número na palma da mão de Katarina. O que fez o coração da garota pular uma batida ou outra. O rapaz ainda queria conversar com ela. Queria conhecê-la.

 Queria conhecê-la

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𝐒𝐓𝐘𝐋𝐄 - 𝐄𝐍𝐙𝐎 𝐕𝐎𝐆𝐑𝐈𝐍𝐂𝐈𝐂.Where stories live. Discover now