Capítulo sete

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Ivy estava sentada na mesa do bar tentando recuperar o fôlego perdido ao dançar com Harley.
Parecia que a loira não tinha o botão de pausa e não parecia ficar cansada.
Estava encarando-a dançar na pista enquanto pensava sobre a sorte que tinha por tê-la.
Levou muitos anos até Ivy admitir a si mesma o que sentia e mais alguns anos para ela conseguir demonstrar.
Ela tentou negar seus sentimentos o quanto pôde, não era fácil ver Harley atrás daquele palhaço idiota e quebrava seu coração saber que ele a machucava física e mentalmente.
Mas agora essas eram turbulentas águas passadas.
Foi tirada de seu devaneio por uma voz no seu ouvido.
— Boa noite, delícia. Posso pagar uma bebida pra você?
Ivy se virou para encarar um desconhecido perto demais dela, afastando-se dele.
— Não tô afim — cortou secamente.
— Ah, qual é, você não vai se arrepender — ele insistiu, aproximando devagar.
— Ei, você não escutou o que ela disse, bobão? — Harley apareceu e o puxou para trás.
O homem se virou e a analisou de cima abaixo, abrindo um sorriso no fim.
— Certo, certo, e você gostaria de uma bebida, loirinha?
Harley olhou para Ivy e depois para ele, soltando uma risada estridente.
— Você é maluco. Eu preferia deitar você.
— Sério? Você quer deitar comigo? — nesse momento ele parecia surpreso e esperançoso.
— Não, bobinho, eu vou deitar você é no soco.
Harley sorriu avançando pra cima dele e depositando um belo soco no rosto do homem. Não demorou muito para os seguranças chegarem.
O problema foi que Harley acabou se empolgando demais e bateu neles também.
Quando um dos seguranças encostou em Harley, foi a vez de Ivy partir pra cima dele e o derrubar no chão preso por ramos de trepadeiras. Não deixaria ninguém fazer mal a ela.
No fim da noite, elas acabaram expulsas da boate.
— Não precisava daquilo — disse Ivy para ela, enquanto caminhavam pela calçada.
— Ele que começou! — se defendeu a loira, massageando os nós dos dedos.
— Tô falando dos seguranças — Ivy respondeu.
— Ele deu em cima de você, até parece que eu ia deixar, eu vi primeiro, ele que procure outra pessoa… — resmungou Harley cruzando os braços emburrada.
Ivy balançou a cabeça com um pequeno sorriso surgindo em seus lábios, sentindo seu rosto corar.
Olhou para o lado e viu que Harley tinha parado de caminhar, virou-se para ela.
— O que foi? — perguntou, acompanhando o olhar dela.
Harley tinha parado subitamente ao avistar uma barraquinha de hot dog, sua barriga manifestou sua existência na hora em que sentiu o cheiro vindo dali de pão e salsicha.
— Harley, não! — adiantou a ruiva.
Harley olhou para ela com grandes olhos pidões.
— Por favor, ruivinha, só um!
— Não.
— Uma mordida então! — tentou barganhar.
Ivy foi até ela e a puxou pelo braço.
— Vem, vamos embora.
— Mas eu tô com fome! — Harley fez um beicinho, tentando resistir, caminhando lentamente.
— Não se preocupa, quando a gente chegar em casa eu faço algo pra você comer.
— Um sanduíche? Uh… batatas fritas e uma coquinha bem gelada — disse a loira babando enquanto divagava.
— Um sanduíche bem natural e um suco de frutas, do que você quiser.
— Ugh… acho que até já perdi a fome. — suspirou, rendendo-se.
Harley não sabia como iria aguentar esse verdadeiro castigo que estava sofrendo. Por coisas muito menos ela já tinha enlouquecido.

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⏰ Last updated: Mar 03 ⏰

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