CAPÍTULO 19

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LÍVIA

     Depois que chegamos da entrevista, fui direto para o quarto, peguei uma mochila que a Cami me deu e boteu algumas das roupas que ela me deu.

    Lívia: vamos.- falo querendo sair antes que o perigo chegue, eu não queria encontrá-lo, estou muito magoada.

Cami: vamos a Marceli já está enchendo o saco.- pega a bolsa que está dois calçados.

Abri a porta da casa e caminhamos até o portão dando de cara com quem eu claramente não queria vê.

Encarei ele por segundos procurando resquícios de culpa, mas o semblante sério estava intacto.

Virei as costas, saindo dali sem ao menos olhar para trás, fomos descendo a rua, a casa da Marceli era um pouco longe da casa da Cami, entramos em alguns becos descendo e logo chegamos.

Eu nunca tinha vindo aqui, a casa da Camila e a praça sempre foi nosso ponto de encontro, mas hoje Além de está conhecendo estou vindo passar um tempo.

Marceli: entra.- fala depois de nos cumprimentar.

Cami: não repare a bagunça.- implica com a amiga.

Marceli: arrumei hoje, palhaçada.- da risada.

A casa era bem aconchegante, era pequena, nada luxuosa, era um lar gostoso, arrumadinho e cheiroso.

Marceli: quem vê assim parece até que sou porca, não sou, só um pouquinho desorganizada.- ela rir.

Lívia: eu achei muito boa.- falo elogiando.

Marceli: bom, Liv, você pode ficar aqui, aponta para um pequeno quarto onde tinha uma cama Box solteiro e uma cômoda.- é pequeno eu sei, mas dá para dormir.- brinca.

Lívia: tá ótimo.- sorrio botando a mochila em cima da cômoda.

Ela me apresentou o banheiro que é na porta da frente da do meu quarto, a porta ao lado é o quarto dela e a sala e a cozinha conjugada.

Cami: injusto de mais, esta roubando minha menininha.- faz drama.

Marceli: pelo menos vai ter um motivo para vir na minha casa agora, só gosta da Lívia.- outro drama.

Lívia: mas são dramáticas.- do risada.

Ouço barulho na porta e automaticamente nós três olhamos.

Carlão: ih, tem visita.- diz sem graça quando nos encara. Olhamos para a cara da Marceli e a bicha tava completamente sem jeito.

Cami: hum, tem recebido outras visitas no tempo livre.- implica.

Carlão: não, vim só... é, vim buscar.- gagueja.

Cami: não se preocupe irmãozinho, sei bem o que veio buscar.- a garota da risada.

Marceli: a Lívia vai morar agora aqui comigo.- explica ao Carlão.- a gente tá ficando de novo, nada sério.- explica para a gente.

Carlão: eu volto indo, depois volto.- fala sem graça e sai.

Lívia: eu acho que vocês combinam.- falo.- os dois são perturbados, embora o Carlão seja um pouco fechado.

Marceli: eu gosto dele, mas ele não largaria a vida de puto por mim.-diz rindo, mas eu via que isso deixava ela incomodada.

Cami: podem tentar ué, conversa com ele.- diz.

Marceli: melhor deixar assim, a gente transa e depois cada para o seu lado .- diz simples indo na cozinha e abrindo a geladeira.

Ficamos ali conversando por algumas horas, as três trocando ideias, e eu contando quais eram os meus planos.

PERIGO

  Entro na casa e vou até a cozinha, estou cheio de fome nem almocei hoje, pego um pão que está em cima da mesa e um suco que está na geladeira, pego manteiga queijo também, passo no pão e fico ali pensando enquanto como.

Carlão: porra, fui na casa da pretinha cheio da fome, e sua irmã e a amiga estavam lá.- fala entrando na cozinha.

Perigo: na casa da Marceli?- ele assente.

Carlão: é porra, disse que a Lívia vai morar lá com ela.- eu o encaro.- eu lamento o ouvido da magrela, por que a preta é escandalosa.- diz rindo.- se é que você me entende.- o Carlos e eu sempre fomos muito amigos, o a gente conversa de tudo e infelizmente esse tipo de assunto está relacionado.

Perigo: a Lívia vai morar lá? Por que?- pergunto confuso.

Carlão: talvez por que você esculhambou a menina e agora ela não queira viver no mesmo teto que você?- diz como se fosse o óbvio.

Perigo: quer saber, melhor assim, pelo menos vai doer menos para a Camile quando ela voltar para a casa dos pais.- falo.

Carlão: para a Camile, ou para você?- para os dois.

Perigo: para a camile.- digo sério e subo as escadas.- lava meu copo.- grito do último degrau.

Assim vai ser melhor perigo, ela não vai tá aqui, não vai mexer mais com você, o sexo foi bom, é gente boa, mas você não vai se prender a ela, logo ela some da sua vida e da de todo mundo, sem deixar saudades, falo com meu subconsciente.

Vou até o banheiro e começo me despir preciso tomar um banho e relaxar minha mente, eu tô incomodado com o fato dela ter saído daqui, mas um dia ela vai embora e é melhor para todo mundo ir desacostumando da presença doce, caridosa, brincalhona, feliz, uma hora isso tudo vai sumir, ela vai voltar para a vida dela, para as pessoas que a amam e vó fim vamos ficar apenas com lembranças.

Ou acham mesmo que depois que ela voltar para o colo da família, para o asfalto, ela vai querer contato com um bando de favelado.

Deixo a água gelada, escorrer na cabeça me ensabou, pego a toalha depois de me enxaguar e enrola na cintura, saio do banheiro indo até a gaveta do quarto pegando um baseado, me sento na cadeira da pequena varanda do meu quarto e acendo para fumar enquanto curto a brisa fresca que o alto do morro nos prestigia.

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