Capítulo 37

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Luke

Debrucei-me sobre o beiral da ponte de madeira com o ramo de tulipas na mão - as flores favoritas da Chloe. Estes jardins eram deslumbrantes, verdadeiramente únicos e perfeitos. Para não falar que tinham um excelente ambiente, pois a maioria das pessoas que cá vinham eram pessoas das artes, como pintores e fotógrafos ou então estudantes de botânica.

Tinha visto este local pela primeira vez num guia turístico sobre Los Angeles da primeira vez que cá vim com a Chloe, no entanto nunca cheguei a ter a oportunidade de a trazer aqui. Felizmente, desta vez não só teria oportunidade de a trazer aqui, como também de lhe mostrar como aqui se vê um lindo pôr-do-sol.

Olhei para o relógio. Eram seis horas em ponto e ainda não havia sinal da Chloe. Peguei no telemóvel para confirmar que ela não tinha enviado nenhuma mensagem a dizer que estava atrasada ou assim. O mais provável era ela estar um pouco atrasada por causa do trânsito ou então por ter demorado mais a arranjar-se - típico Chloe. Não havia nada com que precisasse de me preocupar. De certeza que, dez minutos depois, ela já estaria comigo.

Sentei-me no chão da ponte de madeira com as costas encostadas a um dos postes da ponte com o ramo de flores no colo. Estava um lindo dia em Los Angeles com o sol a brilhar e os pássaros a cantar, o que não é nada normal por aqui, não é?

Fiquei ali sentado a assobiar, tentando imitar o chilrear dos pássaros, e a olhar para o lago debaixo da ponte, onde um miúdo com menos de sete anos tinha acabado de pôr um barco à vela de brincar e tentava fazê-lo mexer-se. Quando decidi voltar a olhar para o relógio, já eram seis e vinte da tarde.

Decidi que só iria ficar ali mais cinco minutos e depois iria embora. Esses cinco minutos acabaram por se transformar em dez e, mesmo assim, a Chloe ainda não tinha aparecido.

Levantei-me do chão e, completamente desiludido e triste, atirei o ramo de flores para o caixote de lixo mais próximo antes de abandonar aquele local.

Chloe (3 horas antes)

Bebo um gole da minha Coca-Cola Diet, enquanto esperava que a Mary Jane aparecesse. Tínhamos combinado um lanche para fazermos um ponto de situação do nosso plano. Bem, não me apetecia lá muito falar sobre o plano em si, já que me fazia lembrar de todo o drama Zayn/Luke/Simon. Quando era mais nova e li os livros da Casa da Noite, nunca achei possível a Zoey gostar de três gajos ao mesmo tempo, mesmo que estivéssemos a falar do Heath Luck, do Erik Night e do James Stark... Pronto, eu admito, li aquela coleção para aí umas cinco vezes, também ninguém me pode culpar por gostar tanto do James Stark, mesmo que ele fosse só uma personagem fictícia. Agora que penso nisso, sempre tive muito bom gosto em termos de rapazes. De certeza que se o Stark existisse mesmo, seria um daqueles gajos pelos quais as raparigas se babam todas.

OK, a minha tagarelice interior está mesmo a parecer a de uma adolescente viciada em livros, porque não consegue arranjar um namorado decente. Passando a assuntos realmente importantes - Luke e Zayn. Ora bem, eu nem sequer sei por onde hei de começar, já que não faço ideia do que sinto nem por um nem por outro, aliás, quando tento organizar as minhas ideias mentalmente, parece que fico ainda mais confusa. Só espero que esta confusão não dê dores de cabeça, porque a minha caixa de Xanax já terminou ontem.

O Zayn entrou na minha vida quase como uma obrigação. Não, esperem lá, foi mesmo uma obrigação. Foi arrastado para a confusão que era a minha vida e deu-me o benefício da dúvida, acabando por perceber que não era a rapariga fútil que as revistas me faziam parecer, pelo menos, já não era essa rapariga. Ele aprendeu a lidar com o meu feitio e com a minha instabilidade psicológica, acabando por se apaixonar por mim, mesmo sabendo que o meu coração nunca seria dele.

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⏰ Last updated: Jul 26, 2015 ⏰

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If You Say So ➵ Luke Hemmings (Livro 1)Where stories live. Discover now