Capítulo 24: Tudo planejado

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O dia seguinte chegou e com ele a volta de Júlia e Juliete foi traçada. Iam voltar para o engenho juntas, mas com a ajuda e influência de um dos seus tios e do primo Edival um cerco policial ia ser formado.

- Tenho muito medo por você minha pequena. Eu tenho medo que aquele homem te cause dor. - disse Rodolfo beijando sua amada.

- Estou protegida. Eu confio nos meus tios e eu sei que você também estará por perto. Nada de mal vai acontecer.

- Eu tenho ainda muito medo. Mas é a sua família, então precisa ver toda a verdade.

- Quero tanto rever minha mãe. Eu a amo tanto e quero que ela esteja comigo quando nosso pequeno nascer. Saber que ela vive foi uma alegria sem tamanho.

- Depois que tudo isso passar, quero casar com você. - segurou seu rosto com as duas mãos. - Quero tornar oficial o quê temos antes da chegada do nosso bebê. Espero que sua mãe não seja contra a isso Juliete.

- Ela não vai ser e eu desejo muito me tornar sua esposa. Ainda quero usar branco, mesmo que minha honestidade não seja a mesma.

- Não diga isso. É digna e honesta. E continuará para todo sempre, por que eu te vejo assim e pouco importa o quê as pessoas dizem, elas não sabem de nada e não sentem o quê sentimos.

- Mas tu sabe que só as virgens usam branco e eu estou grávida.

- Por isso mesmo que deve usar. Está santa agora que carrega um bebê no ventre. E eu te amo muito mais por isso.

- Eu também te amo.

Um beijo mais prolongado foi iniciado pelo casal e se separaram por falta de ar.

- Eu te quero muito. - disse Juliete ao ouvido do amado e sorriu ao ver que o corpo dele arrepiou. - Só quero ser sua de novo.

- Não me diga esse tipo de coisa a essas horas do dia... Isso é maldade. - ele disse lhe abraçando.

Depois voltaram juntos e aguardaram a hora que os policiais chegaram para irem até o engenho.

...

Na varanda da casa de Edival.

- Estou com medo. - confessou Júlia a João Pedro. - Ainda mais com minha irmã grávida. Não sei se conseguiremos dá conta do nosso pai. - seus olhos estavam cheios de lágrimas.

- Estaremos todos juntos por vocês duas. Meu pai, a polícia, os seus tios, Rodolfo e eu. Vai dá tudo certo.

- Obrigada por acreditar em mim. - ela estendeu uma das mãos para João Pedro. - Você é um bom amigo.

João Pedro segurou a mão de Júlia e pensou em lhe dá um abraço, mas se conteve. Ela o via como um irmão e era o aceitável a sua idade. Cultivar essa amizade poderia ser a porta para um futuro diferente entre eles.

- Eu quem agradeço Júlia por confiar em mim e me contar tudo. Fico feliz que tenha em mim uma confiança que não é dada a qualquer um.

- Quando tudo isso passar... Vai sumir para sempre?

- Não. Acaso quer que eu suma para sempre? - ele disse sorrindo.

- Eu não quero isso. Quero que vá me visitar quando puder para falar de livros, de música, de poemas.

- Então eu irei. Meu pai até deseja que eu vá para o Recife estudar, mas não quero ir. Ele não vai me forçar, então fico por aqui e assim que der vou lhe ver e podemos prosear bastante. Que tal?

- Tudo bem. Por mim está excelente.

Júlia tomou a iniciativa do abraço e João Pedro não lhe negou. Não tinha maldade no gesto, só muito carinho.

...

História de um vaqueiro Where stories live. Discover now