Casa

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Eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil. Eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil, eu não atirei no Phil.

Estou entrando em pânico, jogo a arma no chão e me abaixo, coloco a mão em seu ombro tentando estancar o ferimento e minhas mãos se encharcam de sangue. Phil coloco a mão em cima da minha e tenta falar.

— Mabi... — diz ele fraco e com dor.

— Eu não atirei em você, eu juro, eu juro, me desculpe, por favor me desculpe Phil...

Antes que ele possa responder sinto uma pancada na cabeça e apago. Abro os olhos mas eles estão pesados, tentando passar a mão no rosto mas minhas mãos estão presas em um cadeira, minha boca está tapada por uma fita e minha cabeça está doendo.

Olho ao redor, acho que estou em uma garagem, mas está toda escura com jornais na janela, tem uma cama de solteiro arrumada, uma escravinha com uma cadeira e uma luminária. Mesmo amarrada noto que tem um corrente presa na minha perna.

— Olá, princesa. — disse uma voz atrás de mim na qual eu não consigo ver, mas ele vem andando devagar com as pés arrastados. — Bem vinda a sua nova casa!

Ele fica parado na minha frente mas eu não ergo o olhar para ver quem é, então ele se agacha na minha frente, cabeça raspada com os cabelos bem rentes pretos, sobrancelhas grossas, olhos escuros, nariz quebrado e barba por fazer. Ian ou melhor Darkness.

— Estou feliz que finalmente estamos juntos. Era pra ter sido assim desde o início, demorou, mas estamos juntos. — ele passa a mão delicadamente pelo meu rosto, eu tento me afastar mas não consigo e acabo derramando uma lágrima que ele limpa. — Eu não vou te machucar, minha princesa, não precisa ter medo. — diz ele.

Começo a chorar de soluçar e estou ficando sem ar por causa da fita na minha boca, meus cabelos estão grudando no meu rosto por causa do suor e das lágrimas, honestamente eu preferia estar morta do que estar aqui com esse maluco.

— Princesa, por favor não chore assim, parte meu coração. Vou tirar sua fita.

— O que aconteceu com o Phil, ele está vivo? — pergunto com a voz rouca.

— Não acredito que sua primeira pergunta é sobre outro cara, depois de tudo o que eu fiz para ficarmos juntos. — ele fala indignado se vira e me dá um tapa no rosto, depois segura meu cabelo me forçando a olhar para ele. — Ele tinha que sair da equação, ele estava atrapalhando, e agora não temos mais nenhum impedimento.

— Meu Deus...

— Eu faria qualquer coisa por você, Maria, sério! Você não tem noção das coisas que eu já fiz. — agora ele fala sorrindo.

— Por que não me conta o que fez?

— No começo eu não sabia muito bem, eu tinha essa garota projetada na minha mente, mas nunca consegui achá-la, tinha algumas que chegavam próximas, mas não eram iguais, nem de aparência e muito menos de personalidade, então eu tive que descarta-las. Mas então surgiu essa garota, num fórum que eu participava perguntando sobre o homem sem rosto, ao conversar um pouco com ela, fiquei intrigado com sua personalidade forte e seu bom humor, não queria papo com a polícia, e depois de obter suas informações pessoais com muita dificuldade e vi você, Maria, eu sabia que era a garota certa. Eu passei anos te procurando sem saber ao certo, mas te encontrei. E você me encontrou. Está feliz?

Problema em Duskwood Onde histórias criam vida. Descubra agora