Ariel sentiu suas mãos quentes e grandes subindo até seu pescoço enquanto estava afundado em seu edredom de olhos fechados. Os beijos quentes sobre o abdômen subindo por debaixo do edredom eram tentadores o fazendo se contorcer o agarrando pelos punhos. As mãozonas apertaram o seu pescoço naquele breu o assustando ficando mais apertado o sufocando. Ele segurou aqueles punhos novamente suplicando para que aquilo acabasse e viu os olhos escuros como um felino surgindo por cima dele o destapando. Murilo estava o encarando satisfeito o apertando.
– Você não gosta disso? – a voz dele saiu rouca e assustadora.
Ariel se assustou acordando daquele pesadelo sem ar e com o corpo suado. Ligou o abajur e encostou na cabeceira da cama e tocou o peito nu. Estava tão assustado e pensativo agora. Lembrou da sua mãe dizendo que os sonhos diziam tantas coisas e se perguntava o que aquilo queria dizer? Por que Murilo o sufocava? Por que perguntava se ele gostava daquilo?
Não era nem cinco da manhã e tinha perdido totalmente o sono. Teria uma ligação tão importante na tarde daquela sexta e estava ansioso. Seria uma virada e tanto de carreira e uma oportunidade de vida que não poderia perder. Era uma carta na manga a partir de agora que tudo poderia culminar na sua demissão na Castello ele sairia de cabeça erguida e pela porta da frente.
O coração doeu, pensar em nunca mais estar perto de Murilo era um pesadelo, sinceramente. Não queria ir, mas seria melhor. Preferia partir do que encará-lo por suas faltas de atitudes e confiança nele. Parecia tanto que estava há anos sem vê-lo. Ninguém conseguia preencher aquele vácuo abrupto que ele tinha deixado, por mais que se arriscasse em aventuras casuais com Marcos e Roberto. Somente Murilo, por enquanto vagava em seus pensamentos de maneiras que iriam além do casual, no fim ele até pensou em um dia passar o resto da vida com ele.
O celular tocou ao seu lado largado na cama, era um número confidencial. Ele estranhou, àquela hora da manhã. Atendeu.
– Alô? – atendeu secando os olhos marejados.
– Ariel? Você será desligado da Castello uma semana antes do natal. Recebi o e-mail ontem à noite e fui ver agora quando acordei. – disse a cúmplice do RH que o cobrou um preço caro para o informar assim que o pedido chagasse até eles.
– Obrigado. – respondeu atônito com o coração acelerado e desligou o telefone.
Se sentou à beira da cama e ficou pensativo. A hora estava chegando, quem diria. Agora Murilo vinha em sua mente como uma onda gigante. Seria o final de tudo? Nunca mais o veria saindo do mega edifício? Por agora aquele hipótese o estava fazendo tão mal?
– Murilo... seu idiota... – resmungou sentado olhando janela a fora vendo algumas estrelas brilhando.
Ariel corria pela orla da praia aquela manhã de sol. Já tinha combinado com os pais que passaria o natal com eles e combinaria com os amigos para todos passarem lá. Não foi trabalhar. Estava tudo combinado e receberia as consequências da falta na segunda.
YOU ARE READING
FRUTO PROIBIDO
RomanceQuando Ariel e Murilo se encontram, uma conexão inesperada surge entre eles. Apesar de viverem em mundos completamente diferentes, o estagiário humilde e o chefe intocável são atraídos um pelo outro. Enquanto se envolvem ambos enfrentam desafios emo...