15.

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Sim, eu não vou mais colocar títulos nos capítulos porque não tenho paciência pra escolher título (🤧🤧)

Também estou mudando bastante a capa, e acho impossível você não ter visto uma capa diferente agora pouco. Quero a opinião de vocês sobre a capa antiga e a atualizada.

Só pra quem achou o nome da Yoo-na estranho, é um nome coreano, lembra da Shinobu falando que ela tinha sotaque?

(Amo vocês!)

SHINOBU'S HERE

Quem era aquela garota? Queria muito perguntar, mas fiquei sem graça de fazer uma pergunta tão invasiva. O caminho foi silencioso, não conversamos direito, a não ser por Yoo-na, que estava entusiasmada enquanto conversava com Giyuu. Ele respondia com paciência e atenção. Foram poucas as vezes que vi ele agindo de maneira tão atenciosa.

Eu sentia um pouco de... Inveja?

Odeio sentir isso.

Pedi para ele me deixar perto da esquina, sinceramente não queria ficar dentro do carro com os dois. Eles agiam de maneira tão íntima, como amigos próximos. Eu nunca havia ouvido falar dela.

Entrei no quarto, batendo a porta e agradecendo mentalmente por não ter ninguém em casa, tenho certeza que Kanae iria me repreender por bater a porta. Tirei os tênis, grunhindo e soltando meu cabelo, meu corpo se chocando contra a cama.

Isso era frustante, porque estava assim? Porque?

— então... Você acha que pode ser aquilo?— perguntei para Mitsuri, ela havia vindo pra minha casa me entregar uma encomenda que chegou na casa dela e acabamos entrando em uma conversa profunda.

Ela me olha preocupada, parecia pensativa enquanto passava a mão pela minha coluna de maneira reconfortante.

— você não disse que tinha melhorado?— ela pergunta, sua voz mansa e preocupada.

— eu achei que tinha, até...— paro de falar, mostrando a palma da mão pra ela, minha voz baixa.

— nossa...— ela pega a minha mão, analisando as marcas deixadas pelas unhas. — isso foi hoje?

— ontem, ontem a tarde— sussurro, vendo Mitsuri especionar minha mão.

[...]

Nos outros dias, ela estava sempre lá, sempre no banco do carona, bem ao lado de Giyuu no carro. Não que eu tenha ciúmes, mas sou inteligente o suficiente para distinguir minhas emoções. Era inegável, ele era e é bonito, de rosto e corpo. Era biológico, qualquer pessoa se sente assim ao lado de alguém bonito, bom, é o que eu acho.

— se beber assim vai acabar vomitando— disse Mitsuri, sua voz quase inaudível comparada a música alta que tocava de fundo. Era sexta, e eu não me importava se iria acordar com ressaca no próximo dia.

— huh.— bebi outro gole do líquido transparente, a bebida desceu rasgando minha garganta, e logo um calor se formou no meu corpo. Fiz uma careta antes de deixar o copo de lado e me levantar. — você vem?

— ainda quero experimentar aquele licor, depois eu vou. — ela diz, e eu andei pro meio das pessoas, vendo várias pessoas dançando e um casal de mulheres se beijando. Isso me fez refletir, e sorrir também. O álcool parecia fazer tudo ter graça.

Era engraçado como as pessoas sexualizam mulheres se beijando.

Podia ser até um casal lésbico familiar, eles davam um jeito de sexualiza-las pelo simples fato de serem mulheres. Isso podia até ser algo "biológico", mas autocontrole é algo quê todos deveriam ter.

Eu sorri, adentrando a multidão, tudo girava, mas eu não me incomodava, me sentia leve, dançava e via algumas pessoas me olhando as vezes, o que eu gostava. Eu gosto de receber atenção de algumas pessoas, saber que posso ser atraente de alguma forma me deixava entusiasmada.

Dancei com algumas pessoas daquele lugar, sinto que também posso ter beijado algumas pessoas, mas as memórias eram vagas e apagadas.

Me lembro apenas de receber atenção de alguns homens.

Agradeçi silenciosamente por não ter acordado na cama de um estranho, na verdade, acordei na de Mitsuri.

As cortinas do quarto de Mitsuri eram finas, de um tecido semelhante a tule, mas aquilo era apenas um enfeite. Acordei com o sol atingindo meu rosto. Sou sensível ao sol, já que minha pele é pálida e um pouco frágil.

Ergui o rosto, olhando em volta, vendo meu sutiã jogado em cima da cama e olhando em volta. Eu estava nua. Comecei a me desesperar um pouco, tentando lembrar o que aconteceu ontem. Choquei minha cabeça contra a almofada novamente, suspirando com as mãos nos olhos. Eu estava com dor de cabeça, e meus pés doíam.

— bom dia, bela embriagada— disse Mitsuri, com uma xícara de café na mão.

Levantei a cabeça, estreitando os olhos, tentando enxergar Mitsuri melhor. Me apoiei nos cotovelos, cobrindo os seios com o cobertor.

— o que aconteceu ontem?— fui direto ao ponto, minha voz um pouco rouca e sonolenta.

— se está se referindo a sua nudez na minha cama, nós não transamos, tá?

— então o que aconteceu?— cocei os olhos.

— bom, você bebeu, dançou, beijou, depois eu te levei pra cá, já que eu também tava bêbada e fazer duas viagens estando bêbada não é muito seguro. Depois, bom, você ficou com calor e começou a tirar a roupa, também chorou um pouco e depois dormiu como um bebê.— resumiu com a voz calma.

— ah.

[...]

Saí do banho, usando as roupas de Mitsuri.

— seu cabelo vai acabar ficando embolado se esfregar a toalha assim— avisou, sentada na cadeira, tomando café enquanto olhava pra mim. Pendurei a toalha e fui até a mesa do café.

TOMIOKA'S HERE!

Suspirei, olhando para a paisagem do lago que tinha dentro do condomínio, o sol estava se pondo, e estava começando a ficar frio, mas não me importei muito com isso.

Me levantei, caminhando enquanto passava os dedos pelos fios escuros.
Entrei no apartamento, tirando os tênis na entrada e tirando a camisa enquanto caminhava para tomar um banho.

Entrei no banheiro, tirando o restos das roupas que estavam no meu corpo e olhando para meu reflexo no espelho. Eu deveria cortar o cabelo, já está um pouco grande demais pro que estou acostumado. A água do chuveiro estava gelada, do jeito quê gosto.

Amarrei uma toalha na cintura, saindo do banheiro e entrando no quarto.

Escolhi uma calça moletom e uma regata.

Me sentei na mesa, pegando meu computador e colocando meus fones.

Gostava de estudar línguas, isso é algo que tenho interesse dês da minha adolescência.

Ouvi o barulho das chaves, da porta sendo destrancada. Sinto uma presença chegar por trás de mim, passando a mão no meu cabelo, eu logo reconheço o toque e as unhas decoradas.

— essa regata fica bem em você — murmura.

MOONLIGHT. (Giyushinho)Where stories live. Discover now