[Dark romance]
Em um mundo onde os holofotes revelam não apenas a glória, mas também os segredos obscuros, Jimin, um renomado ator, se vê no centro de uma teia intricada de intrigas quando um jornalista misterioso, Jungkook, surge em sua vida.
Entre...
Atualização quase duas da manhã, pq sim 💕 aliás feliz páscoa atrasado 💕
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O apartamento, velho e deteriorado, trazia à tona lembranças das vielas de sua antiga morada. A recepção suja e totalmente empoeirada, com vidraças quebradas no chão, manchas de mofo enfeitando a parede decrépita e um assoalho penoso. Pichações contestando o descaso do governo marcavam o ambiente. Ali, entre a decadência, policiais moviam-se por todos os lados, ignorando-o como se fosse invisível. Ao subir os degraus um a um, seu coração acelerava. À sua direita, uma cena familiar se desdobrava: uma mulher de estatura baixa, com um bebê nos braços. Sua pele morena, cabelos bagunçados numa trança desfiada, vestes brancas e claras, olhos fundos e cansados. Os policiais realizavam suas anotações cotidianas. E do sufoco de uma das portas dos apartamentos inacabados, a voz tão conhecida soou.
— O que aconteceu? — indaga, adentrando a porta e assustou-se, havia policiais por todas as partes. E sangue. Muito sangue. Jimin controlou a ânsia.
— Ele tentou.. — responde Taehyung.
O coração acelerou como um rebanho em disparada. O cheiro sufocava seus sentidos, levando-o a lembranças distantes e soturnas de sua vida. Ali, pela vista do socorro, homens da ambulância vestindo uniformes azul escuro levavam o corpo do doutor Kim inconsciente na maca. Empurravam-no para fora do cenário aterrorizante, jogado no chão xadrez. Do banheiro, com a porta entreaberta pelos homens, a visão se tornou mais nítida: a banheira vazia, o sangue pelo chão preto e branco, e a navalha próxima ao vaso sanitário.
Jimin virou a cabeça, sentiu seus dentes doerem e seu braço contorcer numa dor aguda, como se pudesse sentir a dor de músculos, carnes e nervos sendo abertos. Esse pensamento o fez querer vomitar, e então, afastou-se, indo para longe do apartamento, longe daquele cenário macabro. Longe da cena familiar que já foi a pessoa do outro lado.
— Eu não devia ter feito você vir aqui, desculpe..
Jimin negou.
— Acharam algo?
— Estamos procurando, mas até agora nada — murmura Taehyung — ele estava morando de hotel em hotel.
— Câmeras?
— Não tem câmeras aqui, é velho demais — Ele puxa um cartão — ele estava se mantendo fora da visão de alguém, só conseguimos achar ele pelos estratos do cartão. Roubado.
— Ele parecia assustado.
— Extremamente assustado.
Jimin mordeu os lábios, pensativo.
— Você está bem?
— Estou, não é nada.
— Estava chorando?
— O que?
— Eu te conheço o suficiente para saber quando seus olhos ficam inchados, Jimin.
