~♡six;jealousy♥︎

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—sua irmã nunca me diria isso, tenho certeza, ela não seria igual a ti-ela vem em minha direção, dando a volta a grande mesa de jantar.- ingrata, eu sinto pena de você.

-sabe o que é uma pena mãe?-digo indo em direção a ela também ficando frente a frente com ela- que a minha irmã morreu, isso faz você negar que você é uma pessima mãe.

Ela endureceu o seu rosto, olhando em meus olhos, parece que ela está procurando alguma coisa em meu olhar.

Esperança? Já a perdi a muito tempo.
Alegria? Não sei se algum dia senti esse sentimento.

Tento decifrar o seu olhar, mas ele está neutro, logo uma lágrima solitária cai de seu olho esquerdo. Aquela lágrima me parece ser verdadeira por algum motivo.

-tempesta eu...

-está tentando me manipular de novo?-ela fica confusa-Charlotte Rafaelli Laurent não tem sentimentos.

Foi isso que ela demonstrou por anos e anos.

Ela abre e fecha a boca, ela solta um soluço limpando a suas lágrimas, ela realmente está arrependida ou está tentando manipular a situação?

Mas é tarde demais para se arrepender.

-eu destruí a mim mesma por você.-digo dando um passo para trás.-você me destruiu, porquê você me fez isso?

Ela deu um longo suspiro cansado, apoiando suas mãos em meu pai que foi do seu lado, ela parece cansada disso tudo.

Tal como eu estive cansada a minha vida toda, eu estou desmoronando, caindo em pedaços e ninguém nunca se preocupou em me oferecer ajuda.

-porque você deixa...-ela fala baixo- você deixa as pessoas te destruírem.

As suas palavras me acertam como um soco, um choque de realidade, olho para o meu pai e Elliot, eles mexem as suas cabeça confirmando.

Eu deixo?

-filha...

-eu não sou sua filha-digo cortando a minha mãe.-não mais.

Acho que ela só se deu conta de suas palavras agora, eu acho que ela não tinha noção das suas palavras até agora.

Eu me viro indo em direção a saída, ouço ela chamando várias vezes, mas eu me recuso em virar para trás, me recuso a falar com ela de novo.

Saio de casa, decidida a não deixar mais ninguém me magoar, ninguém!

Não deixarei ninguém mais me destruir.
Não estou disposta a deixar que mais alguém me destrua.

Caminho pelas ruas de Roma, a procura da cafeteria e livraria mais próxima.

As pessoas olham para mim, talvez por passar das 11 da noite e eu estar sozinha.

Mas eu preciso de ler, não quero me afundar no mundo literário, mas, eu não quero me dopar, de duas uma.

E eu não quero ter gastrite, não de novo.

Stay, watch me burn.Where stories live. Discover now