Ressaca e...

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Sergipe sentia-se aconchegado na cama, dormindo sem forças para abrir os olhos, bocejou e levantou o braço buscando o lençol para cobrir as pernas e continuar dormindo, mas não achava de jeito nenhum. Resmungou e se esticou um pouco mais tocando em algo grande que com certeza não era seu lençol, abriu os olhos imediatamente e virou-se de costas para ver o que estava segurando e viu um enorme braço junto a um corpo grande, dormindo pesado.

—O-o que?

Sussurrou para si, Norte dormia de costas para ele e Sergipe achou que estava ficando louco, mas quando olhou envolta viu que não era seu quarto, quando ele veio parar aqui? E por que Rio Grande do Norte estava com ele? Não tinha nenhum relógio perto e pelo que percebeu seu celular não estava consigo. Escutou quando Potiguar se espreguiçou e virou-se para ele jogando uma de suas pernas por cima do corpo do loiro e um braço agarrando com força e respirando no pescoço de Sergipe sem nem acordar.

Sergipe estava perdido, não sabia como sair e Norte era pesado demais para empurrar ou sair sem que ele percebesse e a respiração do moreno fazia cócegas no seu pescoço, causando arrepios na pele toda vez que ele inspirava tranquilamente.

—Porra... o que eu faço?

Disse em um tom ainda mais baixo, e tentou lentamente soltar um dos braços e remover o peso do moreno de cima dele, Norte se aconchegou mais e suspirou no corpo do Sergipe e seus lábios roçaram no queixo do loiro e ele arfou baixo.

—Merda... e agora?

—Ja acordou galego?

Se arrepiou de imediato quando escutou sua voz rouca e sonolenta e olhou para ele que nem tinha aberto os olhos ainda.

—Eu... me desculpa por acordar você, já estava saindo.

—Por que saindo?

—É que, você estava dormindo. Eu não queria atrapalhar seu sono.

—Não me atrapalha.

—Poti, er... por que estou na sua cama?

—Você, não lembra do que fizemos?

—Que? O que? Fizemos? Quando? Fi-fizemos algo?

Norte riu e nem se importou que ainda estava abraçado com ele, continuou com seu corpo envolta do dele.

—Estou brincando. Você estava muito bêbado e não parava de beber, daí a Bahia tentou te por na cama mas você desceu de novo, estava muito agitado. Então eu disse pra ela que ia te por na cama, e te trouxe pro meu quarto e você me mandou deitar ou ia descer de novo, então eu fiquei... eu ia esperar você dormir pra sair, mas acabei dormindo também.

—Meu Deus, me desculpa por te perturbar tanto e estragar o restante da festa.

—Eu gostei bem mais de ficar aqui.

Sergipe engoliu seco sem saber o que dizer e nem tinha notado que seu corpo ainda estava envolvido pelo corpo do mais alto que olhava em seus olhos, acarenciando seu braço.

—P-poti...

—Uh?

—Já estamos acordados né?

—Eu sei, mas eu não tô pronto pra te soltar. –Sussurou para ele, a ponta dos dedos dele tocaram nos lábios de Sergipe devagar em cima e em baixo.

O loiro já podia sentir o corpo ficando mais quente e os batimentos aumentando sem poder conter o impulso de selar os lábios dele com pressa e Norte retribuir na mesma intensidade, agarrando a nuca dele com força sem querer separar seus lábios. RN segurou seu pulso e o jogou por cima da cama beijando desesperadamente em uma necessidade que parecia aumentar a medida que o beijo ficava mais quente.

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