CAPÍTULO 43.

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POV BRUNNA GONÇALVES

No fim das contas, era de alguns dias inteiramente só nossos que eu e Ludmilla estávamos precisando! Curtimos muito os nossos dias pelo hotel e redondezas. Fizemos passeios incríveis, vimos cada por do sol grudadinhas e nos amamos intensamente.

– Vou sentir falta disso — suspirei ao sentir os braços de Ludmilla me aconchegando.

Estávamos na praia, curtindo o nosso último por do sol nesse lugar incrível. A atmosfera era surreal e o nosso amor conseguia deixar tudo ainda mais leve.

– Ainda vamos conhecer muitos lugares incríveis juntas — Ludmilla disse beijando o meu ombro.

De repente, um arrepio tomou conta do meu corpo, me fazendo estremecer nos seus braços. Virei-me, fitando o meu par de olhos castanhos favoritos do mundo inteiro. Como eu a amo, como eu amo amá-la!

– Promete? — perguntei acariciando o seu rosto — promete que teremos uma vida inteira pela frente? — pedi olhando nos seus olhos.

– Prometo, meu amor — respondeu imediatamente, beijando a ponta do meu nariz — não há lugar algum que eu vá sem você — afirmou me fazendo sorrir, sentindo imediatamente os meus olhos imundarem.

Não consegui conter algumas lágrimas, mesmo que não houvesse uma explicação razoável para isso. Mas, estar ali, com o amor da minha vida, de repente senti um medo, medo de não conseguir compartilhar uma vida inteira ao lado dela..

– Brunna, o que houve? — questionou preocupada, secando as minhas lágrimas — fale comigo, meu amor! — pediu assustada.

– Eu só não quero te perder — sussurrei ao abraçá-la — nunca — afirmei sentindo o seu abraço apertado.

– Você não vai, ok? — acariciou as minhas costas — eu te amo demais, Bru! — olhou nos meus olhos, me dando o seu lindo sorriso — estaremos sempre juntas — afirmou antes de beijar os meus lábios gentilmente.

DIAS DEPOIS

Voltar a rotina no fim das contas é sempre bom, principalmente quando fazemos o que amamos. Claro que, alguns danos são meio que irreparáveis, como o fato de não termos mais Ludmilla como professoras.

Tento não carregar essa culpa, mas às vezes é difícil. Sinto falta de vê-la na sala de aula e sei que ela também sente, por mais que disfarce e se ocupe inteiramente com o hospital agora. Ao menos, tudo isso é temporário..

– É tão estranho que a senhora Oliveira tenha decidido se afastar por um ano — Olívia, uma das meninas da turma, se pronunciou me fazendo olhá-la.

– Às vezes ela estava casando disso tudo — Júlia deu de ombros, me fazendo assentir — o azar foi todo nosso, já que as próximas turmas ainda terão o privilégio de tê-la como professora — concluiu, fazendo com que todos nós lamentássemos.

A verdade era essa, as próximas turmas teriam o prazer de ver a melhor docente em ação. Bom, eu ainda tenho esse privilégio, se é que me entendem.. mas como tenho ressaltado, não escolhemos isso, são consequências de ações que não foram tomadas por nós...

– Podemos marcar o trabalho para que dia? — perguntei ao meu grupo, enquanto fazia algumas anotações.

– Todos topam no domingo de manhã? — Júlia sugeriu, fazendo todos assentirem.

Ninguém gosta de estudar em um domingo de manhã, mas não há o que se fazer, ou melhor, há muito o que se fazer: um trabalho de trocentas mil páginas. Sem exagero!

Enquanto discutíamos alguns tópicos, meu celular vibrou, ganhando minha atenção. Ao desbloquear a tela, contive um imenso sorriso ao ver de quem era a mensagem.

Doutora.Onde histórias criam vida. Descubra agora