Doutora.

CAPÍTULO 50.

POV BRUNNA GONÇALVES

Às vezes paro para pensar e refletir sobre os últimos dois anos. Tantas vivências, tantos aprendizados, tantas coisas... mas dentre tudo, a certeza do meu amor por Ludmilla é o que mais aquece o meu coração. Estamos construindo uma relação tão linda e forte, com respeito, amor, compreensão, diálogo e acolhimento.. com Ludmilla eu me sinto literalmente em casa.

E agora ela está aqui. Parada na minha frente, com lágrimas deslizando pelo seu lindo rosto enquanto segura uma pequena caixinha preta com duas alianças brilhantes.

É real. Está acontecendo.

Desde o momento em que pisei os pés nessa Universidade, após Juliana simplesmente me trazer até aqui e afirmar que eu precisava ir até a sala 08, senti uma energia diferente. Obviamente, não entendi nada mas não obtive nenhuma resposta então só fiz o que me foi pedido..

Meu cérebro deu um nó quando abri a sala e vi tudo ali.. velas, pétalas de rosas, a nossa música ambiente tocando baixinho, cascatas de fotos nossas "caindo do teto".. e, mais importante e emocionante do que tudo isso, eu vi aqueles olhos castanhos brilhando para mim.. o meu par de olhos castanhos predileto estavam ali, transbordando amor de um jeito que a minha alma vibrou.

Como se não bastasse tudo isso, ela ainda tem a coragem de me desmontar com palavras tão lindas e puras. Olhar nos olhos do amor da minha vida enquanto ela me pede em casamento é algo extraordinário e inesquecível. Não consigo não chorar, não sorrir, não tremular.. nem sei se consigo respirar diante de tanto amor.

– Meu amor.. — neguei com a cabeça sorrindo em meio às lágrimas — sim, claro que sim!! Mil vezes sim, amor da minha vida!! — afirmei me jogando de vez nos seus braços — eu te amo tanto, meu Deus — falei extasiada antes de lhe tomar os lábios em um beijo apaixonado.

O beijo... chega a ser surreal como parece que nossas almas se conectam cada vez mais a cada beijo que trocamos.

– Você.. você aceita mesmo? — Ludmilla questionou gaguejando, me fazendo sorrir ainda mais.

– Claro que sim, Lud! — suspirei olhando nos seus olhos — é tudo o que eu mais quero — afirmei sorrindo.

– Eu te amo, Bru! Te amo com a minha vida — afirmou antes de me puxar para um beijo apaixonado.

Ainda sentindo o meu corpo trêmulo e o coração acelerado, sorri ainda mais quando lentamente a Ludmilla deslizou o anel pelo meu dedo... por mais que a pedra fosse extremamente linda e brilhante, nada se compara ao brilho do olhar da mulher que amo.

– Prometo te fazer imensamente feliz. Todos os dias. — ela afirmou olhando nos meus olhos.

– E eu prometo te amar imensamente. Todos os dias. — afirmei em meio às lágrimas, voltando a beija-lá.

Não sei em que momento aconteceu, mas estávamos dentro de uma bolha tão especial que quando eu me dei conta, minhas costas já estavam colidindo delicadamente contra as diversas grandes e confortáveis almofadas que haviam ali.

– Eu quero te amar... — Ludmilla sussurrou antes de beijar o meu pescoço e deslizar a sua boca pelo meu colo — te amar lentamente — deslizou os seus lábios pelos meus, arrepiando a minha pele — agora e para sempre, minha mulher — disse olhando nos meus olhos antes de me beijar.

Meu corpo quis convulsionar somente com aquelas palavras. Somente em ouvir aquele "minha mulher" saindo dos lábios dela enquanto seus olhos pareciam queimar de desejo e amor por mim e para mim.

– Eu sou a sua mulher — sussurrei enquanto sentia os seus lábios deslizarem pela minha barriga enquanto estrategicamente ela se livrava do meu vestido.