• CHAPTER SIX •

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N/A: Capítulo 6 postado

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N/A: Capítulo 6 postado. Desculpem a demora, mas o autor está no 3º ano do ensino médio, estudando em período integral. Beijos e boa leitura. ❤️
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CHAPTER SIX -- Lembranças.

POV: Onze.

Sophia estava parada diante de nós, seu olhar carregado do mais puro pavor. Seus olhos fixos em mim, como se estivesse encarando um fantasma do passado. Pude sentir a tensão no ar, o peso de suas lembranças obscurecendo o presente.

Chamei por Sophia, tentando quebrar o silêncio que se instalara ao nosso redor, mas ela não respondeu. Seu corpo tenso e trêmulo denunciava seu estado de pânico. Ao meu lado, o garoto de cabelos negros observava a cena com confusão, sem compreender o motivo da reação de Sophia. Eu me sentia impotente diante da situação, incapaz de confortá-la ou acalmá-la, pois o causador do seu medo era eu, um monstro.

Sem aviso prévio, Sophia soltou um grito estridente, saindo do transe e virou-se abruptamente, correndo para dentro da mata. Seus passos rápidos e desesperados ecoaram ao longe, deixando um rastro de folhas secas e galhos quebrados em seu caminho.

Fiquei paralisado por um momento, atordoado pela intensidade da reação de Sophia. Olhei para o garoto ao meu lado, que também parecia perplexo com o que acabara de acontecer.

- O que foi isso?! - O garoto perguntou, exasperado, me olhando com desconfiança e com a guarda alta, como se a qualquer momento eu fosse atacá-lo.

Sacudi a cabeça, incapaz de encontrar uma resposta. Toda a situação era tão confusa e assustadora. Eu sabia que Sophia havia me reconhecido, não o verdadeiro eu, mas sim o monstro que assume o meu corpo na hora da raiva. Como um animal com seu instinto natural de defesa. E era completamente compreensível ela reagir daquela maneira, mas não podia deixar que ela fugisse assim. Em uma floresta cheia de zumbis e animais selvagens e peçonhentos.

Decidi seguir Sophia, determinação arrebatando meu coração. Precisávamos encontrá-la antes que fosse tarde demais.

Corri na direção em que Sophia havia desaparecido com agilidade, deixando para trás o garoto de cabelos negros. Meu único objetivo era alcançá-la e protegê-la.

A mata era densa e escura, os galhos e arbustos pareciam se fechar ao meu redor, dificultando minha passagem. Mas eu não desisti. Corri mais rápido, ignorando a dor nos meus pulmões e a sensação de desespero que ameaçava me consumir.

Finalmente, avistei um vulto à minha frente, uma figura feminina que se movia freneticamente entre as árvores. Era Sophia. Acelerei o passo, alcançando-a em poucos segundos.

- Sophia! - chamei, minha voz ecoando pela mata. - Sophia, pare!

Ela parou abruptamente, virando-se para encarar-me com os olhos cheios de lágrimas. Seu rosto estava pálido e assustado, sua respiração irregular. Me aproximei lentamente, estendendo as mãos na tentativa de acalmá-la.

- Por favor, Sophia - implorei, meu coração apertado de angústia e culpa por causar tudo isso. - Você precisa confiar em nós, podemos te ajudar.

Sophia olhou-me por um momento, seus olhos buscando os meus em busca de uma confirmação se aquilo era mesmo verdade. Então, lentamente, ela se aproximou, suas mãos tremendo enquanto ela segurava as minhas. - Eu quero a minha mãe - Falou ela sem conseguir conter as lágrimas. Eu a olhava sem saber o que fazer, então somente a abracei forte. Ela me abraçou de volta, chorando compulsivamente. Logo ouvi passos se aproximando, revelando ser Mike que nos envolveu em um abraço tentando transmitir confiança naquele gesto.

POV: Narrador.

Depois de alguns minutos abraçados, Mike desfez o abraço vendo Sophia dormindo nos braços de Onze, que fazia algumas caretas pelo peso da mais alta. Mike soltou uma gargalhada e pegou a menina no colo, colocando-a no ombro como um saco de batatas, fazendo Onze suspirar aliviado e surpreso pela força do mais alto, pois o mesmo era bem magro, quase esquelético. Então Mike pegou na mão de Onze, sentindo uma corrente elétrica percorrer seus corpos, e então caminharam de volta para a cabana.

Chegando lá, Mike colocou Sophia na cama, a mesma dormia tranquilamente. Onze ficou do lado de fora para tirar o coelho do fogo, que quase queimou, agarrando só um pouco no fundo da panela, mas dava para comer. Assim que colocou a panela com o coelho no chão, ele entrou para dentro encontrando um Mike arrumando a sua mochila, sentando em uma cadeira.

- Mike, precisamos conversar - falou Onze, tendo a atenção do mais alto, que arrastou uma cadeira de madeira para seu lado, em um pedido silencioso para que Onze se sentasse, o que logo o mesmo fez.

- Mike, precisamos ir atrás do meu grupo. Você vai com a gente? - perguntou Onze, deixando Mike pensativo. Fazia tempo que o moreno não tinha um grupo ou uma companhia, passou meses conversando com as paredes dessa cabana. Então o mesmo logo assentiu com a cabeça fazendo Onze sorrir feliz.

- Quando pretende ir? - perguntou o moreno, voltando a arrumar a sua mochila.

- Amanhã, ao nascer do sol - falou Onze, com determinação na voz ainda sorrindo; fazendo Mike olhá-lo de canto de olho com admiração.

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866 Palavras.

(Capítulo não revisado.)

𝘞𝘰𝘳𝘭𝘥 𝘖𝘧 𝘛𝘩𝘦 𝘋𝘦𝘢𝘥 - Carl Grimes.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora