Capítulo 29 - Luíza (Parte II)

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Luíza Conti

No dia seguinte, acordei bem cedo, tomei meu banho e já fui correndo para me trocar, estava ansiosa para a vinda de Alexia.

Noite passada eu não falei com Pedro pois Alexandre não saiu mais, então eu não ia correr o risco de ele me pegar no flagra, por isso tive que guardar a saudade que me rasgava o peito e ficar simplesmente feliz com a visita de Alexia que senso sincera já era mais do que eu tive nos últimos dias.

Então optei por um short jeans e uma blusa de mangas longas verde, calcei o tênis branco que eu usava todos os dias, passei o perfume e tratei em trançar o cabelo em uma trança lateral.

Desci as escadas e já encontrei Alexandre no último degrau, pronto para subi-los.

Aparentemente eu não terei mais paz. Evitei o impulso de revirar os olhos e terminei de descer as escadas.

- Já está de pé, maravilha!

- Tenho prova de vestido hoje, preciso já está pronta para quando Lia vir.

- Então a ideia do casamento já está lhe agradando?

- Não, mas você sabe como é! Sempre gostei de um vestido bonito, mesmo que seja para um casamento do qual eu não tenha escolha.

- Claro que você tem escolha.

- Até parece! -Passei por ele e segui para a cozinha. - Como se você não tivesse feita todas as ameaças possíveis para caso eu fizesse qualquer coisa que lhe desagradasse.

- Você viu meus avisos como ameaças?

- E não era para ver? -Cruzei os braços e o encarei.

- Claro que não, era só avisos.

- Até parece!

- Ah querida! -Ele ergue a mão para me tocar e eu dou um tapa na mesma.

- Eu gostaria de tomar café se não se importa.

- Ah, parou com o medo de que eu iria envenena-lá? Isso sim, é progresso.

- Bem, como você disse eu não sirvo para você morta e eu acho que você não iria querer cometer um crime internacional né?! Que é o assassinato! Se bem que o de sequestro você não pensou muito.

- Eu não a sequestrei.

- Não?! -Me sento a mesa já posta. - Me tirou de casa contra a minha vontade, me desmaiou para que eu não visse onde estávamos, me tirou do meu país e eu estou sendo mantida presa contra a minha vontade. -E abri o sorriso mais doce que eu conseguia reunir no momento. - Foi só isso ou esqueci de algo?

- Espero que você perceba que eu estou fazendo isso por você, para lhe dar a vida que você sempre quis. -Começo a me servir.

- Você acha que me conhece, mas aquela Luíza que costumava venerar o solo pelo qual você pisava morreu no dia em que você a desprezou. -Comecei a comer.

- Você gosta de viver muito do passado, Luíza.

- Porque é lá que você ficou, só que você parece não compreender isso.

- Em breve serei seu presente e futuro, princesa. -Quase revirei os olhos, mas consegui me manter séria e só permaneci comendo.

- Que horas a mulher vem?

- Provavelmente no mesmo horário de ontem.

A vinda de Alexia me deu um novo ânimo, era como se me desse uma dose de esperança para que Alexandre não detivesse todo o poder sobre tudo.

Minha (doce) SecretáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora