capítulo 66

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—Meu Deus!

—A boa notícia é que os sintomas se apresentaram no começo e podemos tratar rapidamente, mas como eu disse, não é o diagnóstico correto, teremos que fazer todos os exames pra descobrir a causa de tudo isso, mas parece que é uma pneumonia bacteriana, ele pode ter sido exposto a algum tipo de bactéria que tenha causado isso.

—Por favor, faça todos os exames possíveis.

Falo.

—Nós faremos senhor, se seguir o tratamento corretamente ele ficará bem, a febre está baixando, o efeito do sedativo vai passar logo, caso volte a subir, vamos sedar ele mais um pouco, agora se me derem licença.

Ele se despede e sai.

—Você vai ficar bem, meu amor.

Fala Elisa passando a mão no cabelo dele.

—Vai passar querida, vai dar tudo certo, vamos fazer todos os exames e seguir o tratamento corretamente, nosso garoto vai ficar bem.

Elisa

Quando o médico fala sobre o diagnóstico de Enrico, ao mesmo tempo que eu estava preocupada, suspirei aliviada, porque achei que era pior, nem imagino nas condições que ele deve ter vivido, então esperava o pior, mas o médico nos tranquilizou, graças a Deus os sintomas aparecerem antes da doença progredir pra algo mais grave.

Depois que o doutor sai do quarto, me sento na cadeira e seguro a mão de Enrico, Don vai falar com os pais.

Deito minha cabeça na cama, e choro baixinho, aconteceram tantas coisas em tão pouco tempo, que era difícil de assimilar, eu ficava me perguntando o tempo todo o que foi que eu fiz de tão errado pra acontecer tantas coisas ruins comigo, não bastava minha própria irmã ter sequestrado meu filho, e mentido que ele havia morrido, ela ainda tentou vendê-lo pro mercado negro, provavelmente essa doença foi por causa de alguma bactéria que ele foi exposto na rua, já que ele havia fugido do orfanato em que estava e sabe lá Deus como estava vivendo na rua, talvez até comendo coisas do lixo, pensar naquilo, fazia meu coração doer de tanta tristeza e sentimento de culpa.

Enquanto chorava, sinto a mão dele no meu cabelo.

—Ma...mãe?

Limpo as lágrimas rapidamente e olho pra ele.

—Meu amor, você acordou.

—Eu morri?

—Não amor.

—O que é isso?

Pergunta ele mostrando o braço que estava com o acesso do soro.

—É um remédio querido, pra você ficar bem.

—O que aconteceu, eu não me lembro.

—Você ficou um pouquinho doente, mas logo vai ficar bem, você é um garoto forte.

Falo segurando a mão dele.

—Cadê meu pai?

—Ele está lá fora falando com seus avós.

Nesse momento, Don entra no quarto.

—Ah, olha só, meu garoto acordou.

Assim que vê o pai, os olhos dele até brilham e ele sorri.

—Oi papai.

—Oi filho, você está bem, o que está sentindo?

—Nada, mas isso aqui é um pouco chato não é, posso tirar?

—É chato mesmo, mas não pode tirar, ainda não.

—Por que o senhor tirou o seu?

—A enfermeira disse que eu não preciso mais, logo poderá tirar o seu também, mas ainda não.

Donatello - Herdeiros Do Império Bianco-Salvattore Where stories live. Discover now