Capítulo 6 - Sem tempo para despedidas

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Um veterano de coração despedaçado cambaleia desnorteado pela sala de sua casa. Em suas mãos, tem a carta de seu tio falecido junto aos documentos de posse da antiga fazenda onde cresceu em Cotswolds.

Hey, Thornton! Está aí? - Três batidas acompanham o chamado.

Era hora, já havia protelado aquela decisão por muitos meses. Ele abriu a porta e recebeu as chaves do carro que acabara de estacionar. Meu tio pediu para lhe entregar; no final de semana, levo o restante das suas coisas e deixo o caminhão. - O jovem ruivo de boina verde sorri e se despede, caminhando pela calçada.

Tinha que partir. Levaria pouco, apenas o essencial. Ele se arrasta de volta à pequena mesa de madeira, onde costumava se dedicar à entomologia. Pegou apenas o livro com as espécies de mariposa, vestiu o sobretudo e entrou no carro.

Seus joelhos tremiam tanto que bateram diversas vezes contra o fundo da mesa no pub. Sua cartola parece um fogão sobre a careca enxarcada de suor. Ludwing enxuga o rosto com o lenço do bolso e cerra os olhos com a chegada do capanga de Fitzwilliam, o nobre que ficou cego pelo pó de mariposa que Calyptro soltou sobre o seu rosto.

Cadê o merdinha? - O homem sujo de cabelo loiro melado e cicatriz no rosto olha ao redor, notando a falta de um híbrido de mariposa.

Obviamente não o traria aqui para dentro. - Ludwig cruza os braços, fingindo imponência.E que garantia me dá de que vai me deixar em paz depois que entregar o inseto?

Fitz só quer o pirralho, e eu a grana pela encomenda. Temos mais o que fazer, gordo.

Ludwig suspira, era isso, um grande prejuízo. Porra, justo agora que estava mais soltinho no palco... - Ele se levanta e guia o homem até os fundos do pub e aponta para um caminhão Tá na carroceria...

O capanga sobe as calças e se aproxima da manta de couro que cobre a carroceria do veículo estacionado no canto mais escuro do beco, entre outros carros. Percebe um volume se movendo, trêmulo sob o tecido. Sorri e remove a capa de uma vez.

O coração de Rupert palpita, mas seu pé continua enterrado no acelerador

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O coração de Rupert palpita, mas seu pé continua enterrado no acelerador. O destino realmente o obrigou a retornar à antiga fazenda de seu tio, onde toda a sua paixão pelos insetos começou. Ele suspira, estava nervoso, como apenas o campo de batalha o deixava. Volta o olhar brevemente pelo interior do carro, certificando-se de que não havia se esquecido de nada.

Por um segundo, o capanga de Fitzwilliam se perguntou o motivo de alguém pagar tão caro por um bichinho tão feio, rechonchudo, baixinho, calvo e com bigode farto.

Tá envolvido com tráfico humano, né safado? Entre as antenas coladas a uma tiara e as asas falsas que caíram de suas costas, o Delegado de polícia do condado saca a arma contra o rosto do capanga.

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⏰ Last updated: May 14 ⏰

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Calyptro (Yaoi)Where stories live. Discover now