Capítulo 08

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### Olá, humaninhos! Bom dia, boa tarde e boa noite. Esse capítulo não é tão grande como eu gostaria que ele fosse, mas é importante. Espero que gostem, volto e não vai demorar... Não se confundam com o que é e o que vai ser... No mais é isso.



Voteeee! Obrigada.🙃 ###



Os olhos cansados e um tanto distantes olhavam fixamente para a tela do computador, entretanto não enxergavam exatamente os documentos e linhas que estavam ali, seus pensamentos estavam distantes, embaraçados. Gostaria de entender onde tinha se perdido sua relação com a noiva, onde elas haviam começado a desandar, no entanto ela sabia muito bem aonde. Sabia com cem por cento de certeza que foi quando aquela mulher voltou para suas vidas, ela apenas não queria aceitar que a mulher que amava talvez amasse outra. Era difícil para ela, os planos e sonhos ao lado de Valentina a faziam seguir seus dias mais felizes e mais plena sobre a certeza de que a amava e precisava dela para ser feliz.

Cansada de não conseguir prestar atenção no conteúdo do contrato que estava a sua frente, desistiu. Levantou-se de sua cadeira, serviu-se de uma bebida um pouco forte demais para 10 horas da manhã de uma segunda feira. Andou até  parar em frente a janela de sua sala, a cidade lá fora seguia alheia a sua angústia. Sorriu de lado em escárnio e odiou-se por ter permitido, mesmo que inocentemente, que aquela pintora entrasse em suas vidas daquela maneira tão dissimulada, tão ousada e destruidora. Bom, ela havia destruído algo muito importante para si. Havia destruído sua convicção de que seu futuro com Valentina era certo. Agora a única certeza que tinha era que a amava com todo seu coração, mas não tinha certeza da reciprocidade desse sentimento. Logo depois vinha a raiva que começava a sentir de Luiza. Não poderia controlar tal sentimento, era quase impossível.

Batidas na porta despertaram-na de seus pensamentos. Seu corpo continuou parado do mesmo jeito encarando a cidade lá fora e o copo de Whisky em sua mão esquerda.

- Srta. Smith, sinto incomodar, mas a srta. Valentina está aqui. Posso pedir para que ela entre?

Sua secretária lhe perguntou e seu corpo reagiu ao ouvir o nome de sua noiva. Ela estava evitando ao máximo uma conversa nesse momento em que estava tão magoada, ela se sentia assim mesmo, magoada e não tinha forças de ouvir um adeus dos lábios de Valentina. Não conseguia nem mesmo imaginar tal situação, talvez ela tivesse se tornado dependente daquela mulher de olhos tão verdes e luminosos quanto pedras preciosas, estava tão estranha sobre suas próprias convicções. Não poderia perdê-la dessa maneira, era o que sua mente a alertava a todo maldito segundo.

Ajeitou sua postura e deu o último gole em sua bebida antes de abandonar o copo só de o canto da mesa, era hora de encarar seus medos, ou melhor, sua noiva tão amada, que lhe dava medo de qualquer maneira. Passou ligeiramente as mãos pelo tecido da saia justa que usava e esperou no extremo de sua sala que Valentina entrasse. A mulher deu uma pequena olhada ao redor antes de se concentrar na porta que novamente foi aberta e seu olhos observaram a noiva entrar um pouco tímida demais, tensa. As mãos segurando a bolsa como se sua vida dependesse disso, os olhos verdes estavam claros e com a doçura de sempre, mas ainda assim estavam um tanto distantes.

Nathalie olhava como sempre a olhava, mesmo que estivesse com um turbilhão de emoções em seu peito, seu olhar era de paixão e admiração. Valentina usava um vestido justo cinza que ia até acima dos joelhos, os cabelos presos em uma rabo de cavalo e no rosto pouquíssima maquiagem. Seus pés se equilibraram em saltos não tão altos, ela odiava que fossem muito altos. Nathalie por um instante perdeu as palavras, sentia-se fraca diante daqueles olhos.

- Ei...

Valentina soltou com um pequeno sorriso, suspirou suavizando o rosto ao não encontrar a noiva como achou que encontraria. Bom, talvez estivesse esperando uma carranca por parte de Nathalie, mas encontrou seus olhos tão apaixonados, lhe analisando daquele jeito tão conhecido.

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