Sentiments

19

COMO SE OS CÉUS ESTIVESSEM LIGADOS AOS PENSAMENTOS DE ROSEMARY, a chuva violenta cobria Forks brutalmente.
O dia amanheceu e Mary dormia tranquilamente no quarto de Eros, seu corpo estava cansado e sua mente bagunçada, ela se sentia segura perto dos Cullen, mas o medo ainda cercava seus pensamentos.

Eros passou a noite toda sentado no corredor do lado de fora do quarto, seus ossos doíam, mas nada lhe fez sair dali, mesmo que James estivesse morto e seus restos mortais tivessem sido jogados aos lobos o castanho temia em deixar Mary sozinha e Victória aparecer para terminar o que seu parceiro começou.

Edward tinha desaparecido junto de sua parceira, depois de sua discussão inacabada com Eros e da surra que levou de Rosalie o emo achou melhor deixar a mansão Cullen, até o sentimento de culpa desaparecer de sua mente.

O silêncio que preenchia o corredor foi coberto pelo falatório no andar de baixo, Eros desceu as escadas sentindo seu corpo doente de preocupação com Mary.

Sua família estava reunida na sala, logo o castanho percebeu a presença do casal de humanas que estava sentados no sofá ao lado de Esme e Alice, a mulher loira era extremamente parecida com Rosemary, até sua expressão de preocupação era a mesma que sua parceira tinha em certas situações, o homem tinha a aparência velha, seus cabelos brancos em meio aos castanhos eram visíveis, porém ele também lembrava Mary, principalmente no olhar.

Então logo Eros deduziu que aquele casal era os pais de sua parceira, seus sogros.
Como um adolescente com medo de conhecer o pai da namorada Eros vai em direção ao casal sentindo seu coração voltar a bater dramaticamente, o homem levantou do sofá e ficou de frente para o jovem vampiro, Carlisle estava atrás do filho, como um leão protegendo seu filhote, mesmo sabendo que Arthur não faria nada com Eros o extinto protetor se fez presente no patriarca.

- Você deve ser o Eros, parceiro da minha menininha. Sou Arthur Ross Lilian, prazer. - com a expressão de surpresa Eros aperta a mão do homem que tinha a face neutra, não parecia estar com medo ou raiva.

Eros não entendia o que estava acontecendo, era notável que Carlisle tinha contado sobre a identidade de sua família aos pais de Mary, mas o casal não tinha nenhuma expressão de medo ou dúvida, era como se a família Cullen fosse normal aos seus olhos.

- Eles são historiadores, uma profissão que envolve uma certa curiosidade com o anormal. - Jasper solta depois de sentir Eros cheio de confusão mental.

O castanho apenas concorda com a fala de seu irmão, logo Eros se apresenta a mãe de Mary que era adorável e gentil igual a filha, em meros segundos seus sogros estavam conversando animadamente com sua família, era como se os Lilian conhecessem os Cullen de anos, Arthur estava envolvido em entender como funcionava a dieta vegetariana de um vampiro, Carlisle explicava como um velho professor.

Com os passos leves Mary descia as escadas, sua mente estava bagunçada, a ferida em seu pescoço ardia, ela ainda conseguia sentir os dentes de James arrancando sua carne.
 

O primeiro pensamento que veio em sua cabeça ao ver a cena de seus pais na sala dos Cullen, foi que ela só podia estar delirando, os efeitos da noite passada estava tomando seu cérebro.

Mas aquilo era real demais para ser um delírio, então quando o rosto de sua mãe entrou o seu, Evangeline se apressou em correr para os braços de sua filha que continuou com a expressão neutra.

- Mãe?, o que faz aqui? - seu pai tomou lugar ao lado de sua mãe que passava a mão em seus cabelos loiros, a mais velha estava checando se estava tudo bem com sua garotinha.

- Rosemary Lilian, o que é isso em seu pescoço?, ela...ela é humana ainda né?!  - Eros queria rir da maneira em que sua sogra duvidou da vida de Mary, mas a pergunta da mais velha fez o castanho levantar do sofá e ir em direção a sua parceira que tentava esconder a ferida com o cabelo.

- Mary... O que ele?...  - de repente a sala tomou por um silêncio, os rostos dos Lillian foram preenchidos por expressões de dúvidas, Mary se sentiu tonta e como uma pena caindo no chão seu corpo se chocou contra os braços de Eros.

Esme tinha expulsado meus irmãos da sala, Carlisle pediu privacidade para conversar com os Lilian sobre o que havia acontecido com Mary.

Quando o matriarca começou a narrar o acontecimento meu sangue ferveu, Mary estava desacordada em meus braços e os olhos de sua mãe se enchiam de lágrimas, a raiva me consumia por dentro, me perguntei como não percebi as marcas que James tinha deixado em sua pele, o roxo tomou forma em seu pescoço pálido.

Eu me sentia doente, era como se eu fosse fraco perto de James, eu não consegui impedir ele de tocar em Mary, não consegui parar Edward, não consegui salvar minha parceira que agora tinha marcas no corpo por minha causa e pela confiança que depositei em meu irmão.

Coloquei Mary deitada no sofá,logo ela acordaria, sua queda de pressão foi checada por Carlisle.

Me levantei e passei os olhos pela sala, Evangeline e Arthur ainda conversavam com Carlisle em seu escritório, minha garganta parecia rasgar em fogo, me apressei em chamar Rosalie na sala e pedi para que ficasse de olho em Mary pois precisava tomar um ar.

Como se meu corpo ainda fosse mortal eu respirei fundo quando senti a brisa gelada da floresta bater contra meu rosto.

Eu não ficaria assistindo Mary se remoer em medo, eu acabaria com Victória e me acertaria com Edward.

SEM REVISÃO.

Ué? Os Lilian ficaram super de boas com a grande notícia?.......
 
Eu particularmente odiei esse capítulo,mas eu realmente não quero deixar vocês esperando...

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