Capítulo 6

47 4 0
                                    

Pérola deslizou ao lado do navio mercante, que era muito menor que o navio negro. Will avistou uma pintura dourada no casco, mas não conseguiu distinguir o nome quando passaram. Assim que chegaram ao lado dela, a tripulação de Jack jogou cordas e depois balançou, prendendo rapidamente os dois navios. Uma tábua larga foi colocada sobre ambos os baluartes e Jack caminhou primeiro, seguido de perto por Will, um Gabe limpo, Anamaria e três outros piratas cujos nomes Will ainda não sabia.

A mão direita de Will foi imediatamente para o cabo do cutelo, mas ele não o puxou de acordo com as instruções de Jack. A maioria dos marinheiros mercantes estava reunida perto do mastro principal, todos vestindo calças e jaquetas azuis.

'O que há com o uniforme?' foi a primeira pergunta de Jack, e um homem alto e gordo avançou bamboleando.

'Saudações', disse ele com voz grossa, 'sou o capitão deste belo navio. Que negócio você tem?

As sobrancelhas de Jack se ergueram e ele se virou para olhar a tripulação reunida. — Que negócios temos, rapazes e moça?

A tripulação riu e Will abriu um sorriso quando Jack se virou.

'Que negócio eu tenho?' ele repetiu e colocou as duas mãos no quadril. — Bem, acho que vou entrar aqui e levar toda a sua mercadoria, e talvez o seu navio também.

O capitão fez uma careta, mas não se mexeu, nem os seus marinheiros. Jack acenou para Anamaria sem se virar.

— Fiquem aí, rapazes, enquanto a senhora verifica as coisas.

Anamaria disparou imediatamente, passando as mãos pelas grades e mastros que conseguia alcançar antes de subir ao leme.

“Por favor”, o capitão falou de repente. 'Temos passageiros a bordo.'

'Alguma mulher ou criança?' Jack perguntou.

O capitão franziu a testa. 'Não.'

'Então eu não me importo, cara', Jack encolheu os ombros. 'Tenho uma certa queda pelos meninos e meninas, e pelo sexo frágil quando eles não estão me dando um tapa, mas fora isso, bem...' ele disse e inclinou a cabeça. — Você está sem sorte, espertinho?

A carranca do capitão escureceu.

— O que você está carregando? foi a próxima pergunta de Jack.

“Comida, roupas, nada de grande importância”, disse-lhe o capitão. 'Realmente, não valemos o seu trabalho.'

- Eu julgarei isso - disse Jack.

Will continuou examinando os marinheiros e a tripulação - havia cerca de seis marinheiros que ele podia ver, e ninguém que parecesse ser passageiro; todos os homens reunidos usavam o mesmo uniforme. Will não sabia muito sobre navios, é verdade, mas até ele sabia que este parecia estar em péssimo estado; era pequeno, o convés sob seus pés estava lascado e rachado em vários lugares, os mastros rangiam ameaçadoramente e as velas estavam rasgadas e desgastadas. Ele não achava que Anamaria iria querer o navio; seria uma misericórdia incendiá-lo, verdade seja dita.

— Então você quer o navio, Ana? Jack perguntou quando avistou Anamaria voltando para eles.

A pirata fez uma careta e foi até os dois capitães. “Muito pequeno”, ela anunciou. ‘Essa coisa não duraria nem mesmo contra o menor dos navios da Marinha. E ela se chama São Sebastião . Anamaria ergueu as mãos. 'Que diabos de nome é esse ? Eu não quero velejar um maldito santo ! Sou uma pirata, não uma freira!'

Piratas do Caribe: Em Tortuga (JackWill) - | TRADUÇÃO |Onde histórias criam vida. Descubra agora