Capítulo 11

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Nós passamos pelo corredor em direção a sala quando eu paro no meio do caminho e olho pro seu rosto

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Nós passamos pelo corredor em direção a sala quando eu paro no meio do caminho e olho pro seu rosto.

- Espera,isso foi uma tentativa falha de fazer a barba ?

Digo rindo vendo sua barba toda falhada.

- Bom é...eu não sou muito bom nisso.

Diz dando de ombros como se não fosse importante.

- Aí meu Deus,vem..a gente vai dar um jeito nisso.

Eu digo segurando a sua mão e puxando ele pro banheiro.

- como assim jeito ?

Ele diz sem entender a minha ação repentina.

- Só se senta e deixa que eu cuido do resto Niels.

Era a primeira vez que eu chamava ele assim.

- Posso ?

Digo apontando para os lisos cabelos negros dele.

- Pode sim.

Seguro o cabelo dele e prendo em um coque alto que deixa o cabelo dele jogado de um jeito muito bonito.Vou até o armário da pia e pego a espuma de barbear,logo depois a lâmina de barbear.

- Não se mexa tá.

Ele concorda e fica quieto enquanto eu passo a espuma no rosto dele,vejo que ele relaxa suas expressões e fecha os olhos como se estivesse tentando guardar cada momento que estávamos passando.

- Eu vou começar ok.

Eu passo a lâmina de barbear com cuidado pelo rosto dele,atenta a cada pequeno detalhe do seu rosto.Eu bato a lâmina na pia e volto a passar em seu rosto.

- Estou quase acabando.

Eu pego a toalha e passo devagar no seu rosto.

- Pronto...bem melhor agora.

Ele segura a minha mão e sorri pra mim.

- Obrigada Améli.

Meu rosto fica vermelho e eu tento sair rapidamente dessa situação.

- Ah,não foi nada..eu não podia deixar a sua barba desse jeito.

Ele tem um olhar calmo no rosto,como se estivesse muito tocado com um gesto tão simples,me pergunto se tudo aquilo era novo pra ele,se ela nunca havia recebido o mínimo de ninguém antes...nem mesmo se quer um único ato de carinho como um abraço ou uma palavra de conforto.

- Eu até que gostei,nada mal não é.

De repente ele joga a cabeça de lado e solta a risada mais bonita que eu já vi.

- Você realmemte gostou ?

Ele estava sorridente e confuso,como uma criança que acabara de receber o mais bonito dos presentes antes do dia de seu aniversário.

O Monstro da floresta Onde as histórias ganham vida. Descobre agora