Parte 3

1 1 0
                                    

Mia tentou apagar as palavras e o olhar demôniaco do jovem lorde, mas isso não aconteceu.
Com o massante retalhio que sofriia pela senhora Hãns, sua mente febril começou a ficar instavel e seu corpo débil.
Em dois dias, ela encontrou o lode Efraim no bosque e o levou até a árvore de Carvalho.
- Quando eu estava aqui estava congelado, mas agora o chão parece um tapete de Lirios - disse ela observando as flores.
- Parece um lugar lindo mesmo para morrer - disse o garoto e tocou a árvore com as mãos - Você pensou no que eu pedi?
Mia virou-se para ele, pensando que talvez ele só a tivesse testando. Não poderia ser tão delirante.
- Você apenas quer que eu esteja aqui? -  ela riu - Vai fazer o quê? Amarrar uma corda no pescoço?
Aborrecido pela risada, ele a jogou no chão com um chute no peito.
Se ele já o assustava, agora também o odiava.
- Eu tenho um veneno - ele a olhou de cima - E não seja engraçadinha querendo contar para alguém, você se arrependeria amargamente.
Mia ergueu o rosto enquanto tossia e o viu se afastar.
- Esteja aqui amanhã cedo - bufou ele.
- Os Hãns trancam as portas! - Mia gritou.
- Darei um jeito - sua voz se perdeu na floresta.
Apavorada com a ideia do que o rapaz pudesse fazer, Mia se trancou no quarto a noite e orou para que tudo aquilo não passasse de um sonho.
Mas ao amanhecer, quando um feixe de luz entrou pela janela em seu rosto, ela caminhou para fora.
O chalé estava silêncioso e talvez ela conseguisse pegar a chave de Raabe e correr até o castelo para avisar alguém sobre os delirios do jovem lorde.
Ela passou pela porta entreaberta da senhora e enfiou o bolso em um dos bolsas do vestido dela, sem querer sua pele enconstou na dela e estava fria como gelo.
Mia percebeu a enorme poça de sangue sob seus pés e percebeu que a senhora estava morta.
Apavorada correu até o quarto dos irmãos Hãns, mas eles também estavam pálidos e sem vida.
A criada correu gritando, e percebeu que a porta estava quebrada.
A lufada gélida da manhã entrou em sua alma e ela percebeu seus pés cheios de sangue, e que se fosse ao castelo, seria apenas para conder-se a forca.
Desesperada, ela correu em direção a floresta em busca de Efraim.
Mas quando chegou lá, ele já estava deitado sobre os lirios no chão respirando lentamente.
- Senhor? - ela tentou ouvir seu coração - Vocé fez aquilo?
- Sim - ele sussurrou - Não se corrompa por isso. Amanhã você precisa ir ao porto e encontrar um pescador chamado Jeremi, ele le levará para Holanda.
Mia caiu sentada rngasgando no próprio choro, e tudo qur pôde fazer foi esperar.
- Obrigada por vir - foram suas últimas palavras.
Ele ficou Rocho, e sua alma voou para longe.
- Espero que encontre sua mãe - ela tocou-lhe a mão esbranquiçada e se deitou ao lado dele por um tempo e confiou que a promessa dele sobre a Holanda pudesse ser real.

Sobre os Liriosحيث تعيش القصص. اكتشف الآن