Quer ser meu namorado?

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Que foi Kobo? Que se passa?
Nada Iraê. Tá tudo bem,
mas disse isto com a voz embargada pelas lágrimas.
Me diz Kobo, não faz assim.

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O que eu sou pra você, Iraê?
Kobo por fim desabafou. Eu te amo Iraê.
Mas o que você sente por mim?
Kobo não conseguia parar de soluçar.
O medo de perder o seu amor era mais forte.
Já estava arrependido de ter se declarado.
Iraê sentiu vontade de se bater,
Como é que deixou as coisas chegarem nesse ponto?
Seu menino não merecia, Iraê tinha medo de
kobo não sentir o mesmo que ele,
mas era evidente que Kobo estava sofrendo.
Kobo eu te amo muito. Te amo mais que tudo,
te amo meu querido. Para de chorar meu bem.

Kobo não acreditou no que ouviu,
mas Iraê estava chorando também.
Seu coração pulou uma batida.
Kobo me perdoa por ser um completo idiota.
Iraê segurou o rosto dele, 
deu um beijo e perguntou:
Quer ser meu namorado?

Kobo não conseguia nem responder,
apenas concordou com a cabeça.
Iraê pegou o menino no colo
e deitou com ele na cama sem qualquer intenção.
Só conforto e segurança, além de muito carinho.

Kobo sentiu seu coração ficar quentinho.
Kobo? hum? Que é que a gente faz agora?
Faz o que amor? Bem, ficamos como estamos?
Ou assumimos? O que você quer?
Antes de tudo preciso contar
aos meus pais, disse Kobo.
Então vamos fazer assim.
Você liga pra seus pais e eu ligo pros meus.
Depois a gente atualiza nossos perfis,
ok querido? Ok então disse Kobo,
dando um beijo bem quente em  seu Iraê.

Alô meu filho, esta tarde, que foi?
Mãe, não é nada grave, cadê papai?
Estou aqui filho, que foi?
É só pra dar uma notícia pai.
Estou namorando.

O meu filho, que bom que vocês se acertaram.
Vocês quem pai, não falei com quem estou namorando?

Filho, nem precisa. É Iraê, não é?
Como vocês descobriram mamãe?
Basta prestar atenção em como se olham.
Não será fácil, meu querido,
mas o amor de vocês só interessa a vocês.
Vivam seu amor respeitando um ao outro e sejam felizes.
Praticamente o mesmo aconteceu com Iraê.  

Na manhã seguinte a universidade amanheceu em polvorosa.
Kobo e Iraê haviam atualizado seus perfis nas redes sociais.
Dizendo a todos que estavam em um relacionamento de namoro.
Nina pulou no pescoço do Kobo
e deu-lhe um beijo na bochecha.
Nina, sua louca. Disse Kobo rindo.
Estou tão feliz Kobo, por vocês dois. Cadê o Iraê?
Tem prova agora. Só vou vê-lo a noite. Que achas de tudo isso?
Deixa de ser tolo Kobo, vocês merecem ser felizes.
Sei disso, mas tem muita gente olhando torto pra gente.
Uns idiotas Kobo, nem se incomoda com isso,
seus pais apoiam vocês, que importa os outros?
Mesmo a opinião de seus pais é só por deferência Kobo.
O que importa realmente são vocês dois.
Obrigado Nina. Amo você minha amiga.
Amanhã o Iraê vai terminar suas provas,
vamos sair de viagem. Para onde vão?
Barra do Sul, meus pais moram em Blumenau,
a gente passa por lá e depois
vai pro resort em Barra do Sul.
Vamos comer Nina? Sushi  não Kobo.
Ah, sem graça, como se eu
só comesse isso e emendou
Quero arroz frito com porco assado e vegetais.
Preciso comprar algo especial pro Iraê,
vai ter prova o dia todo.
Nina aproveitou para implicar:
cuidando do Mozão, que bonitinho.
Ah! Nina, não enche.

Mais tarde se separou de sua amiga
e foi comprar comida para Iraê.
Ele gosta muito de carne assada.
Vamos ver, Arroz de Carreteiro, Banana caramelada,
salada de folhas e vegetais, acho que vai gostar.
O restaurante que escolheu fica um pouco afastado do campus.
Kobo estacionou na vaga atrás do bistrô,
um local meio escuro, não percebeu o perigo até ser tarde,
mas parece que os encrenqueiros já estavam de cara cheia
procurando confusão, Kobo não era um fracote,
mas 5 contra um deixou ele em desvantagem.

Olha só o que temos aqui, a mais nova vadia do campus.
Cadê aquele teu namorado de merda, vadia?

Kobo sabia que iria apanhar,
mas ele não ia se entregar barato.
Mesmo se morresse, ia levar alguém
pelo menos ao hospital.
Conseguiu apertar o botão de emergência
no celular que estava no bolso da calça social.
E o ataque começou, quem viu a confusão
saiu correndo e foi chamar a polícia.
Kobo estava batendo e se defendendo,
mas a disparidade de forças era muito grande.
Kobo estava apanhando muito.

Quando Kobo apertou o botão de emergência
a ligação foi direto para Iraê que agora
escutava desesperado todos os sons da briga,
os xingamentos, Kobo estava sendo espancado
e pior a intenção deles era estupra-lo.
Pelos sons, Iraê soube que eram muitos.
O GPS estava levando ele direto para Kobo,
Iraê chamou todos os amigos e quem estava mais perto
chegou primeiro e já entrou na briga.
Quando chegou, Iraê tirou Kobo do meio da confusão.
Ao verem seus planos frustrados, os bandidos fugiram,
mas dois deles ainda foram presos pela Polícia
que também havia acabado de chegar, junto com a ambulância.
Os paramédicos atenderam Kobo
ali mesmo e tranquilizaram seus amigos.
Poderia ter sido pior, mas teria que ser hospitalizado.
Não desgrudava um instante de Kobo.
Quando os pais do menino chegaram de Blumenau,
ele ainda não tinha acordado,
levou muita pancada e chute na cabeça,
teve algumas costelas quebradas.
Kobo estava sob efeito de um coma induzido.
Era melhor que dormisse mesmo.
Os pais de Iraê deram toda
assistência que o rapaz precisava.
Os pais de Kobo queriam acertar as contas,
mas Iberê ( irmão mais velho de Iraê)
disse que não era preciso, agora todos eram família.
Um  cuidaria do outro. A mãe de Kobo
então olhou para Iraê e viu o sofrimento dele,
sentou ao seu lado e o abraçou,
foi o suficiente para Iraê desmontar,
chorou como uma criança.
Ela o embalou até que ele se acalmasse.
Íamos para Blumenau esse final de semana
para vermos vocês, depois iríamos ao
Balneário para passar as férias.
Senti tanto medo, senti tanto medo, repetiu Iraê.
Pensei de levar Kobo para se recuperar em casa.
Você não quer ir junto me ajudar a cuidá-lo?
Que acha Iraê? Vou levar o carro,
você vai na ambulância,
disse o pai de Kobo. Que me diz?
Iraê estava emocionado com o apoio
que recebeu dos amigos, da família dos dois.

Kobo acordou com a chegada
da enfermeira no dia seguinte,
Só Iraê estava ali, a enfermeira acordou o jovem.
Vai tomar um banho, sua mãe te trouxe roupas,
mas não quis te acordar, pediu que te entregasse.
Ok, disse Iraê. Obrigado. Mas como ele está?
Perguntou se aproximando de Kobo.
Estou acordado.
Como está se sentindo amor?
Não precisa ser tão carinhoso Iraê.
Quase te perdi Kobo, que quer que eu faça?
Os dois se abraçaram e ficaram assim,
coladinhos, nem viram a enfermeira
com um sorriso indulgente sair do quarto.

As famílias foram chegando primeiro,
apesar de ser um hospital particular
que mais parecia um hotel de luxo,
as visitas tinham regras,
mas mesmo assim, os amigos da Universidade
vieram dar seu apoio em peso,
para que soubessem que eram queridos e respeitados.
A polícia também apareceu para tomar o depoimento dos dois,
como Iraê ouviu boa parte da agressão pelo celular,
também iria ser testemunha. Todos os atacantes
foram presos depois que os amigos os entregaram.
Quatro eram alunos da Universidade.
Foram expulsos. Tudo foi muito triste.
Os quatro jogaram seus futuros no lixo
por causa de um preconceito no mínimo idiota.







Até que a morte nos separeOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz