Até que a morte nos separe

Deixe-me cuidar de você

No sábado, os médicos autorizaram
a viagem para Blumenau, 4 horas de viagem não ia ser fácil.
Os amigos foram se despedir como
se os dois estivessem indo para Marte.
O pai de Kobo  levou seu carro acompanhando  a ambulância.
Um funcionário do Resort  levaria a moto de Iraê
dias depois em uma carreta de transporte.
A viagem correu tranquila, são 4hr de carro de Floripa a Blumenau.
Os jovens dormiram a viagem quase toda,
Precisavam recuperar as forças, principalmente Kobo.
Apesar dos médicos ficarem mais
preocupados com a cabeça,
o que mais incomodava Kobo
eram as costelas quebradas, doía pra respirar,
mas ele ia se recuperando bem.
Seu pai seguia na cozinha fazendo
todas as comidas que ele gostava,
junto com os cuidados da mãe e de Iraê
a recuperação estava indo muito bem.

Os pais de Iraê sempre apareciam
para ver como os jovens estavam se recuperando,
afinal o trauma que Iraê 
também sofreu preocupou a todos.
Só agora com o apoio de Kobo
é que ele estava dormindo melhor,
sem acordar suando frio.

Bem meu rapaz, você está ótimo.
Sua recuperação foi excepcional,
Creio que o maior fator foi a prática de esportes.
Agora vou te entregar ao fisioterapeuta.
Kobo queria perguntar algo ao médico,
mas com seus pais grudados com eles estava difícil,
Iraê estava se segurando para não rir e Kobo percebeu,
deu um chute na canela do namorado,
Iraê disse ele baixinho, meus pais vão perceber.
Ai Kobo, só você mesmo.
Voltou no mesmo passo e bateu na porta do médico. 
Doutor pode me atender rápido,
é só uma dúvida minha e do Kobo.
Apesar de ser mais saído que Kobo,
ficou vermelho até a raíz do cabelo.

Bem, gostaríamos de saber se Kobo já pode ter relações,
por fim Iraê desembuchou
tudo de uma vez, o médico achou graça,
mas fez cara séria para não encabular ainda mais o jovem.

Não aconselho aventuras mais excitantes,
mas uma noite tranquila de
sexo baunilha vai fazer bem aos dois.
Iraê quase morreu, mas agradeceu o médico
e saiu o mais rápido que podia do consultório.

Encontrou todos já no estacionamento.
Kobo olhou para Iraê e o questionou com os olhos,
Iraê ficou vermelho também.
Os pais de Kobo fingiam não ver nada,

mas já haviam combinado de dar um alívio aos jovens.
Eu creio que vocês já podem ir para o hotel,
seu pai me avisou que sua moto já está no Resort.
Iraê ficou grato ao sogro, deu um suspiro e convidou 
Kobo para irem no dia seguinte ao Shopping fazer compras.
Meu bem, não pode comer tanto chocolate.
Você não está treinando.
Ah! Iraê, justamente por estar tão parado que preciso.
Você vai comprar aqui ou na farmácia?
Iraê olhou para Kobo e não pôde deixar
de pensar no mesmo que ele.
Só de pensar que estavam tão conectados,
um arrepio passou por sua espinha
e sua boca ficou cheia de água,
Passando a língua pelos lábios,
Iraê arrastou Kobo atrás de uma coluna e
tascou-lhe um beijo bem molhado ali mesmo,
deu trabalho para se separarem.

Vamos terminar logo essas compras.
Mas meu bem eu ia te comprar algumas roupas.
Eu não quero roupas Iraê, quero você.
Está bem só dois calções de banho.
Se não, como vamos nadar?

Ok, mas vamos logo com isso.
Acabaram comprando camisetas
e algumas bermudas também,
bem como boxers e chinelos,
além dos suprimentos que estavam mais interessados,
afinal esse final de férias
seria praticamente a lua-de-mel deles.
E Iraê ainda tinha reservado uma surpresa para Kobo.
Não haviam conversado sobre isso,
esperava não estar colocando
o carro na  frente dos bois.

Sabendo o tanto que Kobo
gosta de frutos do mar e
principalmente de sushis,
reservou uma mesa no restaurante do Resort,
Champanhe e frutos do mar à vontade.
Quando chegaram na suíte,
os trajes que ele havia encomendado
já estavam sobre a cama,
Kobo desconfiou que Iraê
estava aprontando alguma coisa.