2. JONATHAN TAYLOR

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“No momento em que estamos morrendo, dizem que um filme de tudo que aconteceu em nossa vida passa diante dos olhos, estou vendo tudo que aconteceu comigo até os dias atuais, as coisas estão passando rapidamente como se não houvesse mais tempo para mim aqui na terra, sinto que estou morrendo, sinto meu sangue escorrendo pelas minhas pernas. Não, eu não quero morrer desse jeito.”

O médico que fez a operação de Jonathan se aproximou da família para informar sobre o pós-cirurgia.
— A cirurgia correu bem, o senhor Taylor irá ficar bem, mas estamos monitorando para qualquer coisa que aconteça.
A mãe do rapaz suspirou bem fundo…
— Graças a Deus, obrigado, doutor, por salvar meu filho.
— Obrigado, doutor, agradeço em nome de meu irmão. — Disse Hyacinth Taylor, a irmã caçula.
Kauan se aproximou de sua namorada e a abraçou. Ele e Hyacinth estão namorando há 5 meses.
— Ainda bem, ele está bem.
— Quase tive um infarto aqui, meu cunhadinho quase me matou de medo.
Ela deu um meio sorriso envergonhado.
Uma mulher chegou correndo no hospital, sua respiração está eufórica.
— Hyacinth Taylor, como você não me contou da situação do seu irmão?
A jovem mulher arregalou os olhos, sentiu que um furacão estava vindo em sua direção.
— Mãe, não bata nela, por favor…
A mulher o fuzilou com os olhos.
— Você também, Kauan, você não me disse sobre a situação dele, então você deve apanhar também.
— Eu? Mas foi ela quem não queria dizer por telefone… — Ele apontou para a namorada.
Então, as duas se juntaram para bater nele.
— Agora sou o alvo? — ele colocou as duas mãos na frente do corpo, enquanto a namorada e a sogra batiam nele.
Enquanto eles estavam se desentendendo, uma pessoa passou por eles…
Parecia um homem pela forma, estava de capuz preto e seguia em direção ao quarto de Jonathan.
Abriu a porta e entrou… Ele olhou para todos os lados, Jonathan estava dormindo enquanto ele se aproximava da cama.
— Finalmente encontrei você. — Após sussurrar próximo do rosto dele. Jonathan acordou levando um susto.
Ele olhou para todos os lados, viu que estava em uma cama de hospital. Tentou se levantar, mas sentiu o abdômen doer. Passou a mão, e então o outro disse:
— Você foi esfaqueado, não tente se levantar. Pode ser pior.
Quem é ele?
O que ele quer?
Estava no restaurante?
Como conseguiu entrar sem ninguém ver?
Cadê os médicos, enfermeiras?
Ele quer matar Jonathan?
Ou quer apenas ajudar?
Jonathan fitou ele por alguns minutos, não conseguia lembrar de já ter visto aqueles olhos.
O homem estava usando uma máscara preta, o que estava dificultando de reconhecer.
— Quem é você? — Enfim consegue falar, sua voz saiu falha, mas o homem conseguiu entender.
Ele puxou um papel do bolso, chegou mais perto de Jonathan sussurrou:
— Me ligue quando sair daqui, você saberá quem sou e porque vim até aqui — colocou o papel dentro do bolso do homem na cama e saiu correndo.
Os três próximos dali viram alguém passando correndo e ficaram preocupados.
— O que será que aconteceu para aquele homem correr daquele jeito? — Perguntou Vânia, sem tirar os olhos da pessoa distante dali.
Vânia Taylor é mãe de Jonathan e Hyacinth.
Os três moram juntos no apartamento de Jonathan, único bem deixado por Junior Taylor, o ex-marido de Vânia, antes de abandonar a família.
— Mas, de onde ele veio. É o quarto do...
— Jonathan — seu namorado interrompeu.
Os três correram até lá, ao abrirem a porta viram Jonathan tentando se sentar.
— Meu filho, você acordou. — Sua mãe foi a primeira a entrar, correu e deu-lhe um abraço.
— Aí mãe...
— Desculpe-me, não quis te machucar.
Ele sorriu.
— Seu merda, você nos assustou real em.
— Eu merda? Hyacinth por Deus, tentaram me matar e sua única preocupação é por estar assustada. — Ele deu uma risada — sabia que você me amava tanto.
— Não, nem liguei para o que aconteceu.
— Sei...
— Senhor, fico feliz por estar bem.
Jonathan e Kauan trabalham na perícia forense da cidade de RedBelly, no estado da Carolina do Norte. Cada cidade do estado é dividida por grupos, e Jonathan é líder dos responsáveis pela RedBelly, o que explica Kauan o chamar de senhor no ambiente de trabalho.
— Nada de senhor... Não estamos trabalhando cunhadinho... — Sorriu.
— Está bem, cunhadinho...
Eles continuaram conversando, Vânia chamou o médico e disse que o filho já havia acordado, iria ser feito alguns exames para saber se o ocorrido deixou algumas sequelas.
— Filho. Alguém veio ao seu quarto antes de nós?
Ele a olhou.
— Não, ninguém. Porque?
— Não é só que... Vimos alguém correndo, e estava saindo da direção de seu quarto.
— Não se preocupe, ninguém veio até aqui.

“Não, nunca diria para minha mãe que um louco entrou em meu quarto e me entregou um papel contendo o próprio número de telefone, mas quem era ele? Porque veio atrás de mim? Será que Johnny Black veio conferir se realmente me matou? Ou mandou um capanga e está fazendo um plano para terminar o serviço?
Quem realmente é Johnny, o homem que supostamente se parece mais comigo do que eu mesmo?”

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⏰ Last updated: Apr 10 ⏰

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TRÊS VIDASWhere stories live. Discover now