Capítulo 1: Abra os Olhos

36 4 0
                                    



-Aruba ( prisão)

Em mais uma noite fria estava ela, sozinha pensando nele , pensando no rumo que as coisas haviam tomado , Maria se perguntava onde estava o amor que ele dizia sentir por ela , ela o amava , amava Estevão de uma forma que nao podia ser explicada em palvras ,ele era seu marido o homem a qual ela decidiu entregar sua vida ,o homem que era pai dos seu filhos ,o homem que dizia ama- lá. Ao mesmo tempo que lembrava dele com amor ,lembrava dele com ódio,ela estava sozinha abondana, vinte anos naquela prisao pagando por um crime que nao havia cometido , mas porque ela tinha que ter entrado naquele quarto? Por que as pessoas quando ouvem tiros eles fogem na direção oposta ,mas ela não ela entrou naquele quarto porque se preocupou com sua amiga ,pelos o menos era isso que ela pensava que Patrícia era sua amiga e como se entrar naquele nao tivesse sido suciente ela pegou na arma do crime.

Se desesperou, encontrou sua amiga morta e se desesperou ,cometeu um erro ,erro esse que custou a sua liberdade a exatamente vinte anos.

Maria: Porque você me deixou Estevão?- ela se perguntava com os olhos cheios d'água- porque Estevao ?

Uma lagrima caiu dos seu olhos ,mas ela as enxugou imediatamente, não ia se permitir mais chorar por ele.

X: Maria esta tudo bem ?- sua colega de cela perguntou.

Maria: Estou pensando alto Vivian,mas volte a dormir - ela disse olhando pro nada, estava com o olhar vago

Vivian não deu ouvidos a ela e desceu do seu beliche  se aproximou de Maria e disse:

Vivian: Teve outro pesadelo? - ela perguntou sabendo da história de Maria

Maria se leventou segurou nas grades da sua cela e disse:

Maria: Não foi outro pesadelo Vivian, foi o mesmo pesadelo de sempre- ela respondeu com sua alma angustiada

Vivian se colocou diante dela esperando ela continuar

Maria: Sonhei com aquele maldito dia de novo,o dia em que perdi tudo ,o dia em que fui abandonada nesse lugar- ela disse com a voz carregada de uma mistura de tristeza e ódio.

Vivian: Eu sinto muito Maria- ela disse com pesar, ela tinha aprendido a gostar muito de Maria.

Maria a encarou e disse, não querendo tranparecer seus sentimentos

Maria: Não sinta Vivian ,porque eu, tudo que sinto é odio, raiva, rancor por causa daqueles malditos que me jogaram aqui ,mas principalmente dele do Estevão que além de me abondanar aqui me tirou os meu filhos!- ela esbravejou sem se importar com nada nem ninguem

Vivian: Maria logo vai amanhecer e o Luciano vai vir com boas notícias eu tenho certeza voce vai sair daqui- ela falou esperançosa.

Luciano Ferraz era um advogado de grande prestígio que estava dedicado ao casa de Maria, ele a conheceu a alguns anos e se compadeceu do seu caso e acredita que ela sofreu uma grande injustiça, e também nutria por ela fortes sentimentos amorosos.

Maria: Não sei por que ele não desiste , há anos ele tenta ,mas nunca me concedem o indulto- ela falou cabisbaixa,ja nao tinha mais esperança de sair daquele inferno- eu no lugar dele ja teria desistido

Vivian nao se deixou levar pelo o seu pessimismo e disse:

Vivian: Eu tenho certeza que ele vai conseguir- ela disse convicta segurando as mãos de Maria

Maria viu nos olhos dela tanta esperança,que quis sentir também mas nao conseguia, ja timha ouvido tantos nãos que perdeu a fé

Maria: Vamos dormir Vivian- ela falou querendo encerrar aquele assunto

Vivian: Ta bom Maria, vamos - ela disse resignada- Boa noite Maria

Maria: Boa noite Vivian - ela respondeu

Vivian foi para sua cama e Maria deitou na sua , ela não queria pensar na visita que receberia do seu advogado, tinha certeza que morreria naquele inferno sem jamais rever seus filhos Heitor seu primogênito, Estrela sua princesa e Ângelo seu caçula.

Logo depois que foi condenada, Maria descobriu que estava grávida de mais um filho, ela teve que passar sua gestação em uma ala especial para mulheres grávidas e logo depois do seu pequeno nascer teve que entrega- lo ao seu pai Estevão, a final de contas a prisão não era lugar para uma criança crescer , nem amamenta- lo ela pôde.

E derramando algumas lagrimas ela acabou se entregando ao sono...

- Cidade do México

Mais uma manhã se iniciava na mansão San Roman e ele acordava sozinho sem ela ao seu lado, sem Maria a única mulher que ele havia amado em toda sua vida, vinte anos hoje se completavam vinte anos que ela estava naquela prisão, vinte anos de solidão sem tê-la la , vinte anos que via seu filhos chorando a morte de uma mãe que estava viva. Ele se levantou e foi em direção a sacada do seu quarto e encarou aquele céu que ameaçava chuva e mais uma vez se perguntava, porque ela tinha feito aquilo, tirado a vida de uma pessoas por puro ciúmes, sem se importar com as consequências,sem se importar com os seu filhos ,a sua doce e amada Maria era uma Assassina ele constava, lodo depois  ele foi tirado de seus pensamentos ao ouvir batidas na porta.

Estevão: Pode entrar- ele disse imaginando quem estava batendo era sempre assim nessa data.

Então ele viu seus três filhos, as razões de sua vida entrando, Heitor, Estrela e Ângelo

Estrela: Papai - ela falou caminhando em direção a ele com os olhos cheios de lagrimas e depositando um beijo em seu rosto o abraçou.

Ele correspondeu ao abraço de sua filha chamando seus dois outros filhos para se juntarem a eles.

Nessas horas Estevão tinha um misto de sentimentos, sendo o principal deles a culpa, culpa por fazer seus filhos chorarem a morte de uma mãe que estava viva, mas na cabeça dele era preferível essa mentira do que a verdade , a verdade que ela estava na prisão condenada por assassinato.

- Aruba ( prisão)

Maria era despertada por Vivian já havia amanhecido e hoje para ela seria um grande dia , Maria não entendia mas de alguma forma Vivian tinha certeza que ela teria boas notícias.

Vivian: Vamos Maria acorde, abra os olhos hoje é o seu grande dia eu tenho certeza - ela falava convicta de uma forma que nem ela entendia.

Continua....


Desde já peço desculpas por qualquer erro.
Beijos 😘

A Madrasta: O amor resistirá ?Where stories live. Discover now