Capítulo 2- Voltando a Miami

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Giovanna Marinho Point of view.

Miami, Florida – 08:34min

Eu já havia esquecido como Miami podia ser quente. Acostumada com o frio da Europa, aquele clima para mim agora era estranho, pensei tirando o terninho que usava naquela manhã.

Caminhei entre as pessoas que andavam de um lado para o outro, grudadas aos seus aparelhos celulares ou em conversas entretidas.

Ajeitei meus cabelos, colocando meu
RayBan aviador no rosto, enquanto me
dirigia até a saída do aeroporto de Miami.

Do lado de fora, vi a Mercedes preta à
minha espera.

- Bom Dia,Sra Marinho! -O motorista falou de forma educada.

- Bom Dia, Alfred. - Falei entrando no
carro.

Entrei no carro que estava com uma ótima temperatura graças ao ar-condicionado milagroso.

- Por Deus! Quando Miami foi tão quente?

- Resmunguei largando meus pertences
sobre o banco.

- Sempre senhora, o clima aqui sempre
foi quente - ouvi Alfred dizer em meio a
um riso baixo. - Desculpe perguntar, mas
Como está seu pai?

- Tem razão, eu que já estou esquecida
daqui – falei calmamente enquanto me
acomodava no banco do carro. - Ele está bem, está em L.A. com a minha família.

- Isso é ótimo, gosto muito do Sr. Marinho!

Para onde devo levá-la? - Ele perguntou
olhando pelo pequeno espelho.

- Ao meu novo apartamento, Alfred, siga caminho por essa rua, que eu lhe darei as coordenadas.

O senhor assentiu, saindo daquele lugar.

Olhando pela janela do carro as ruas
de Miami, eu podia recordar dos meus
tempos vividos ali, e que belos tempos
eu diria. Conhecia aquela cidade como
a palma de minha mão. Afinal eu nunca fui apenas essa Giovanna que só pensava em trabalho. Eu já tinha aproveitado um pouco da vida. Um pouco não, muito. Meus pensamentos vagaram por lembranças de todas as coisas que aprontei, mas aquilo agora havia ficado no passado. A Giovanna
imatura e irresponsável não jazia mais
aqui.

- Vire à esquerda no próximo quarteirão- Falei para o senhor que obedecia minhas coordenadas perfeitamente bem.

Finalmente chegamos ao prédio onde
agora eu iria morar. Alfred rapidamente saiu do carro caminhando em passos largos até a minha porta, onde em um gesto a abriu.

Obrigada – eu falei com um sorriso.

Alfred era meu motorista desde quando
era mais nova e morava com meus
pais. Ele era um senhor de idade muito
prestativo por sinal. Sempre estava
disposto a trabalhar, não importa quando fosse.

Caminhei para dentro do saguão do
prédio, onde rapidamente os funcionários se colocaram em seus devidos lugares.

Era cômico como eles se portavam em
minha presença, as pessoas geralmente
se acuavam comigo. Talvez seja o jeito
rude e arrogante que eles imaginavam
que eu teria, e eu não fazia questão de
desmanchar essa imagem. Hoje para ser respeitada, as pessoas tinham que temer sua presença.

- Bom Dia, Sra. Marinho, nosso
funcionário vai colocar suas malas no
seu apartamento, é o 308, o único da
cobertura.

Eu nada falei, apenas assenti em um breve aceno e segui para o elevador. Chegando ao meu apartamento, o rapaz ruivo entrou logo atrás de mim empilhando todas as malas perfeitamente bem em meu quarto.

The Stripper - Pitanda Where stories live. Discover now