Capítulo 13 - Presente, carona e Conversa.

170 27 4
                                    




Fernanda Bande’s  Point of view.


Chequei todos os compromissos e nada, Giovanna ficaria na empresa o dia inteiro.

Será que meu azar poderia ser maior? A Noite passada foi um tanto conturbada, quando em meus planos eu apenas jantaria ao lado de Nizam. Depois do eventual quase beijo entre Giovanna e eu, sai um tanto distraída demais daquele lugar.
“- esta tudo bem Nanda? – ouvi a voz do rapaz ao meu lado.

- Sim, claro. Só um pouco de dor de cabeça, pode me levar em casa?
Recebi um olhar incomodado, sei que ele esperava mais daquela noite, mas com Giovanna a poucos metros de mim, era praticamente impossível pensar em Nizam, concordam? Dei de ombros ajeitando minha bolsa.

- Certo, vamos. Lhe levo em casa – ele apenas disse.
Olhei pela ultima vez a mesa onde Giovanna estava antes, mas nem sinal dela ali, será que ela havia ido embora ou saído com alguma garota?

Giovanna Lima não estava mais lá, com toda certeza já não estavam mais ali.
O caminho de volta foi em puro silêncio, era de se notar a quilômetros o quanto aquela noite havia sido um fracasso, nem tanto assim, Dani e Raquele saíram ganhando aquele dia, pois Matheus e Arthur se mostraram ótimos partidos, já Nizam se emburrou e reclamou desde o exato momento que pós os olhos em Giovanna junto a mim. Será que ele sentia alguma coisa diferente em nós duas? Não, não pense nisso.


- Aqui está – ele falou parando o carro em frente ao meu prédio.

- Obrigada pela noite, eu adorei -menti, ou não, ver Giovanna foi maravilhoso.

- Gostou mesmo? Creio que fui um tanto chato, mas é que você me entende não é?
Algo em mim não gosta daquela mulher.

- Giovanna? Eu não entendo, ela é uma boa pessoa.

- Com você, não é? O que me parece muito estranho, ela é apenas uma mulher fútil e arrogante.

- Não, porque nós nem a conhecemos.
Além de que, você não deveria falar assim dela.

- Eu não tenho medo dela Fernanda, ela mal chegou e já desarrumou tudo ali, o que foi aquele balancete?

- Nizam, de verdade. Estou morrendo
de dor de cabeça, e não quero falar de trabalho agora. -falei irritada.

- Me desculpe, fui um idiota. Sei que a noite não foi das melhores, mas podemos melhorá-la.
Olhei em seus olhos que por sinal eram lindos, mas não era eles que eu queria olhar agora. Abaixei a cabeça, pensando na forma mais educada de dizer que por hoje já tinha sido demais. Porém notei
Que o mesmo se aproximou mais de mim;
Tocando levemente sobre meu queixo, fazendo-me fita-lo novamente.

- Você é uma mulher linda Fernanda.

- Obrigada, mas tenho que ir. Vemo-nos amanhã – sai do carro sem mas.



Quero você em minha sala em dois minutos” ouvi a voz rouca de Giovanna, fazendo todo meu corpo estremecer levei a vista e só vi os rastros de Giovanna entrando em sua sala, eu estava pedindo a Deus que ela não lembrasse de nada da noite anterior. Segurei minha agenda, ajeitando os óculos em meu rosto, caminhando lentamente para dentro de sua sala.

- Sra. Marinho.
Ela virou a cadeira ficando de frente para mim, fitando-me com seu par de
Castanhos brilhantes, me sentia fraca todas as vezes que a encarava.
Percebi seu olhar descer por toda extensão de meu corpo, fazendo-me engolir em seco, Vi sua expressão tensa, Giovanna fechou os olhos com força, balançando a cabeça negativamente.

- Diga-me meus compromissos para hoje Srta. Bande – falou ela respirando fundo.

Pisquei mais do que deveria, folheando minha agenda para lhe falar todos os compromissos de seu dia. O dia foi mais do que tranquilo, Giovanna passou praticamente horas enfurnada em sua sala, creio que a resseca da noite anterior estava fazendo efeito, mesmo sempre bela,
Hoje poderia se ver seu cansaço de uma noite mal dormida, embaixo de seus olhos se via olheiras evidente. A cada 5 minutos seus dedos faziam leves massagens sobre as têmporas doloridas.

- Se quiser posso pegar um remédio para sua dor de cabeça – falei calmamente.
Ela abriu os olhos com dificuldade,
Fitando-me paciente.

- Eu adoraria Srta. Bande
Sorri calmamente, pegando uma pequena cartela de comprimidos em minha bolsa.

Servindo-lhe com um copo de agua.

- Agora tome este – entreguei um pequeno frasco para a mesma que olhou para mim fazendo uma careta.

Para que isso?
Imagino que esteja se sentindo enjoada, e com uma queimação terrível.
Giovanna deu de ombros.

- Odeio remédio Bande, eu prefiro ficar com esses sintomas, acredito que essa sua porção ai é terrível.

Eu sorri para sua manha um tanto infantil para uma mulher de 25 anos.

- Eu não sou nenhuma bruxa ok? É um
Remédio muito bom, para esse tipo de coisa.
- Costuma beber muito e ter que beber essa coisa no outro dia?
Ela sorriu encantadora.

- Não, mas já que não quer vou levar de volta – falei pegando o vidrinho de cima da mesa.

- Certo! – ela falou me fazendo parar no meio do caminho. – Eu vou tomar isso.
Sorri, pegando uma pequena colher
pingando as gotas necessárias para
Giovanna, que assim que ingeriu o liquido fez uma careta de quem engolia fel.

- Oh céus eu preciso de água, por favor;
Soltei uma risada de seu desespero,
Fazendo Giovanna me fitar brava.

- Posso lhe demitir se ficar rindo de mim sabia?

Coloquei a mão sobre a boca, pegando um copo de água para ela que rapidamente tomou até a ultima gota. Giovanna abriu os olhos e me fitou, soltando um sorriso Lindo.

Obrigada – foi o que ela disse.
- Não precisa me agradecer, é meu dever cuidar de você.
Giovanna me fitou um tanto sugestiva.

- Não está se sentindo cansada e nem nada? A noite ontem foi longa.

- Não Senhora, eu não bebi muito.

- Pois eu sim, mal consigo lembrar de
Ontem.

Eu deveria ficar feliz ou triste com isso?
Giovanna e eu havíamos quase nos beijado, o que seria perigoso e tentador.

- Exagerou um pouquinho – falei tímida.

- Sim, eu precisava me divertir um pouco, onde está a Srta. Jane? Arthur ficou muito encantado com ela.

- Está na sala dela, garanto que a mesma também ficou.

-Teremos um novo casal aqui.

- Novo? Já temos algum? – perguntei.

- Creio que sim, me diga você Srta Bande, já que foi embora com o Sr. Mahone não é..
Engoli em seco, Giovanna havia percebido exatamente a hora que eu havia ido embora.

- Sim, ele me levou em casa.
- É eu sei. – foram suas ultimas palavras.

Aquele dia. Eu tinha que ter muito azar, estava atrasada para o ensaio e ainda por cima estava uma chuva torrencial em Miami. A tempestade varria a cidade e seus e trovões eram assustadores, mas também fascinantes. Ajeitei sobretudo em meu corpo, pegando as folhas de jornal para cobrir minha cabeça, caminhei até a calçada fazendo um breve sinal ao taxista
Que rapidamente parou para mim.
Esta tudo bem senhorita?
O senhor de cabelos grisalhos perguntou educadamente.
- Sim, obrigada – Falei passando a mão pela gotas de água que estavam minhas roupas- 1leve-me a St n 34 por favor
O homem apenas assentiu deslocando-se de lá. Para piorar o transito estava um caos, fazendo-me olhar o relógio pela décima vez em menos de 8 minutos.

Encostei a cabeça no banco tentando
Relaxar, Yasmin odiava atrasos, e
Justamente hoje que eu lhe pediria um favor, estava chegando atrasada. Culpa de Quem? Giovanna, isso mesmo. Hoje a mesma nem se quer tocou em nosso possível beijo, o que me rendeu um dia frustrado, será que ela não lembrava ou simplesmente fez questão de esquecer?

E porque realmente eu deveria me
Preocupar com isso? Dani tinha razão, Giovanna Marinho era um furacão que se eu não controlasse deixaria minha vida de cabeça para baixo, como já deixava.

Era possível pensar em uma pessoa
Durante todo o tempo que estar acordada, e quando vai dormi sonhar com ela? Céus!
Isso poderia ser algum tipo de feitiço que seus olhos castanhos jogaram sobre mim.
“ Senhorita Bande” – eu poderia ouvir
Sua voz rouca me chamando.

Fechei os olhos por breves segundos,
Sendo despertada pelo senhor que me chamava.
- Aqui esta senhorita, chegamos
Homem falou com os olhos curiosos sobre mim.
Meu bolso, entregando ao senhor que
Sorriu fracamente. Abri a porta do carro, saindo rapidamente devido à chuva que ainda corria, entrei pela porta dos fundos onde dava de encontro aos camarins, mesmo em dias de ensaio, alguns homens entravam para beber.

- Enfim chegou! Pensei que teríamos que esperar sua boa vontade de aparecer – Ouvi o som irritante da voz de Alane.
Nem se quer lhe dei atenção, virei para Yasmin que me fitava seria.

- Pedi que fosse pontual Rubi, sabe que a próxima apresentação será em conjunto – Ouvi sua voz seria.
- Eu sei Yasmin, peço mil desculpas. Mas a chuva e o transito atrapalharam tudo.

A mulher olhou para janela calmamente, vendo a chuva forte lá fora, pois os olhos em mim novamente.

Vá se trocar, as meninas já estão prontas para o ensaio Rubi.

Uma espécie de alivio se passou dentro de mim, eu apenas sorri alegre para a loira que me fitava, e sussurrei um baixo.
“obrigada”. Eu podia ouvir os murmúrio indignados com a aceitação fácil de meu atraso, mas alguns sabiam que eu não era de atrasos e muito menos de faltas, outros apenas queriam acreditar que eu era a queridinha de Yasmin, eu realmente não me importava com o que pensavam ser a Estrela principal daquela boate tinha seus privilégios.

Entrei em meu camarim vestindo uma roupa leve para o ensaio quando ouvi Leidy entrando na sala.

- Menina, está um cochicho enorme por esses corredores.
- Sobre?
- Você Nanda, Alane esta espalhando seu veneno feito um réptil rastejante.
- Eu não fiz nada pra essa garota me odiar tanto, você sabe não é Leidy?
A morena apenas assentiu, sorrindo
Calmamente.

-É apenas ciúmes, você sabe que ela era a Favorita de Yasmin até você aparecer.
- Eu não tenho culpa disso, ela teve sua Oportunidade.
- Não ligue, agora é sua vez – Leidy
Falava enquanto me ajudava a colocar as roupas.
- E você esta sabendo aproveitar a oportunidade.
Tenho que aproveitar não é? – falei
Colocando minha mascara- Mas então,
Vamos?
Vamos!
Cheguei ao lado de Leidy no palco,
Algumas sorriram e outras apenas viraram a cara, resolvi não me importar Wesley nosso coreografo nos organizou em posições necessárias para começar o ensaio, mesmo sendo uma apresentação em grupo eu teria um solo, o que trouxe
Nova irritação que sinceramente não me Afetou em nada. A musica começou a tocar, trazendo os holofotes sobre cada uma, Leidy como sempre fez sua dança perfeitamente, ela sempre montava nossas coreografias e me ajudava com a minha. Fora da Imperium ela era apenas uma professora em uma escola de dança, isso explicava muito bem seu corpo modelado por deuses.

Eu não podia negar que Alane era uma ótima dançarina, e que fazia sua
Apresentação perfeitamente bem, mas eu me sairia melhor. Uma coisa que aprendi nesses anos dentro da Imperium É que você teria que ser o melhor que conseguisse, ou alguém poderia passar por cima de você.
A sensação de dançar para pessoas que desejavam você, era poderosa que lhe Enchiam o ego. Faziam você ser impiedosa e má, sem pena, sem medo. Era essa Rubi, dominante, aproveitadora, e Imponente. Fiz o solo de forma sensual e única, enquanto as outras faziam o acompanhamento no fundo, até o final da musica.
- Meus parabéns Meninas! – Wesley falou batendo palmas alegremente. -você Foram simplesmente perfeitas. Rubi meu amor, você foi magnífica.

- Obrigada Wes, dei meu melhor.
- Como sempre! Vamos ensaiar mais
algumas vezes para não ter nenhum erro, certo?
Todas assentiram, treinando seus passos de forma sincronizada, ficamos ali mais alguns minutos quando ouvi meu nome.
“Entrega para Srta. Rubi” – ouvi
A voz de Wes. Virei-me para ele que segurava uma caixinha preta.
-O que?
- Venha aqui, acabaram de deixar aqui, e esta em seu nome- ele falou sorrindo.
Todas, sem exceção de nenhuma olhou de forma curiosa para o pequeno pacote, e eu era uma delas. Peguei-o das mãos de Wes que me fitava curioso, meu estomago
Deram algumas voltas coma possibilidade de ser quem eu imaginava. Peguei o pequeno envelope negro, tirando o papel menor de dentro.

“Eu não pude evitar, assim que vi pensei em você e no quão Linda você ficaria com ela, espero que goste, e que use para mim.
G.Marinho”

Senti o Sorriso rasgar meu rosto de tão grande ao ver aquelas iniciais, era ela.
Giovanna Marinho. Um coro em malicia se pos atrás de mim, fazendo-me ri.
- Não vai dizer quem é o felizardo? – Wes perguntou.
Neguei com a cabeça sorrindo para a linda mascara dourada dentro da caixa, me aproximei do rapaz, e sussurrei.

- Wes, preciso que me ajude, quero aprender uns passos novos.
- Para que querida?
- Algo mais pessoal- disse timidamente.
Vi seu olhar malicioso sobre mim, fazendo meu rosto assumir uma coloração avermelhada.
- Continue o ensaio meninas, volto jajá –
Ele falou batendo palmas corei, assuma por favor.
Leidy soltou um sorriso animado, e assumiu a pose de coreografa.

- Então me diga o que quer fazer?
Expliquei toda minha idéia para o rapaz que assentia animado, ele sempre nos ajudava com nossos planos mirabolantes de sedução, o que pra ele não era nada difícil. Wesley entendia de homens, já que o mesmo gostava. Mas naquele caso, não era para um homem que eu precisava de ajuda, e sim para uma mulher, uma linda
Mulher. Não sabia desse seu lado Rubi, estou chocado com isso
Eu ri divertida cara assustada que ele
Fazia.
- Eu não pude conter isso Wes, ela é divina.
- Se for assim, eu ajudo com prazer, mas quero vê-lá.
Eu assenti e seguimos para outra sala onde iniciamos o segundo ensaio, que demorou digamos mais e horas.
- Por hoje está ótimo! Você é boa em tudo que faz minha querida, sua amada vai adorar.
- Wes! Ela é só uma mulher que gostei
- Estou louco para ver se ela é tudo isso mesmo- ele falou rindo.

Vesti o sobretudo novamente, me
Despedindo de algumas dançarinas na qual conversava, a mascara vinda de Giovanna fizeram meu humor se abrir, como um sol chegando em um dia nublado. De tão surpresa acabei esquecendo o enorme favor que pediria a Yasmin, oportunidades não me faltavam.
Graças a seja qual santo, a chuva havia parado, apenas a garoa fina descia deixando meus cabelos levemente molhados, resolvi caminhar um pouco,
Não estava tão tarde, pegaria o metro para chegar mais rápido.

Meus pensamentos vagavam pelos
Lindos detalhes da mascara qual Giovanna havia me dado, imaginar que seus pensamentos me tinham como importante, era maravilhoso. Caminhei em passos apressados, pois as gotas de chuva estavam ficando mais grossas.

- Por que não um taxi Fernanda? –
Resmunguei para mim mesma, olhei para a rua e nem um sinal de algum taxista.
Avistei um carro preto, peliculado e
Um tanto elegante, se movia devagar
Acompanhando meus passos apressados. Talvez ir caminhando não tenha sido uma ideia inteligente, olhei para frente sentindo um nervosismo preencher meu corpo, era só o que me faltava ser abusada. Eu estava praticamente correndo em passos tão rápidos. O farol do carro ficou bem mais próximo, até eu me virar e ver que o mesmo já estava ao meu lado.

Meu coração estava mais acelerado do que o normal, porque diabos eu estava com medo? Por que? Devia ser pelo fato de estar num lugar escuro, uma rua praticamente vazia, e um carro cujo qual me perseguia. E, um bom motivo para se ter medo.

‘ Se acalme, Fernanda, respire”
Ordenei para mim mesma aquele mantra, na necessidade de me acalmar e não desmaiar ali mesmo. Olhei para o lado e o vidro baixou lentamente, revelando que com toda certeza meu nervosismo iria ficar muito maior.

- Entre no carro– ouvi sua voz rouca.
-O que?-perguntei confusa.
- Entre Fernanda!- o carro parou. Respirei fundo e me aproximei da porta do carro, onde pude ver Giovanna me fitando confusa.

- Não precisa, eu pego o metro – falei rapidamente.
- Eu estou ordenando que você entre – ela falou com autoridade.

Fitei seus olhos que estavam firmes sobre mim, me intimidando a abrir a porta do carro e ficar novamente num espaço pequeno demais com ela. O aquecedor deveria estar ligado, ou meu corpo esquentou rápido demais sobre seu olhar penetrante.


- Sabe, você não deveria andar por ai sozinha, em ruas escuras – seu tom de voz era baixo, rouco, provocando um arrepio por toda minha coluna.

Olhei para ela, reparando em cada detalhe de seu rosto, e pensando na ideia de que foi esculpido por deuses ou demônios de tão belo.

- Eu pensei em caminhar, não imaginei que choveria novamente.

Onde estava? - era cômico, mas em apenas uma pergunta simples poderia sentir seu tom dominante e obsessivo.
- Na casa de uma amiga – menti.
Amiga?
Sim, prometi que...passaria em sua casa – gaguejei deixando que ela percebesse meu nervosismo.

Abaixei a cabeça fitando o chão do carro, queria evitar olhar nos olhos que tanto me tiravam de orbita. Maldita Giovanna. O caminho foi todo em um silêncio agonizante para mim, para ela tudo parecia estar tranquilo, quando finalmente paramos em frente ao meu prédio.

- Estava com medo? – ela perguntou desligando o carro.

- O que?
Giovanna sorriu diabolicamente.
- Estava com medo de quem poderia ser neste carro?
Engoli em seco, balançando a cabeça.
- Sim, digamos que eu já estava ficando apavorada.- sorri fracamente.
- Desculpe ter lhe assustado, eu só queria ter certeza que era você. Digamos que não costumo dar caronas a mulheres que andam por ai sozinhas – ela sorriu me fazendo sorrir também.

- Não precisa se desculpar, está tudo bem
Sra.
- Giovanna, Fernanda. Estamos fora da empresa, pode me chamar de Giovanna. A não ser que você queira que eu lhe chame de Srta. Bande o tempo inteiro.
Eu sorri.
Como ela podia ser assim? Com Giovanna você experimentava diversos sentimentos, ela se mostrava alguém dra, firme e sexy.
Mas em outras horas era apenas simples e encantadora.
- Pode me chamar de Fernanda mesmo, é melhor.
- Ótimo, eu gosto do seu nome, Fernanda Bande.
- Seu nome é muito bonito também Sra. Marin..quer dizer, Giovanna- consertei
- Eu lhe chamaria para entrar, se eu soubesse que meu apartamento estivesse organizado
Ela soltou uma risada gostosa.

- Vive na bagunça Bande?
- Não, mas não posso afirmar o mesmo de Dani.
- Não se preocupe, não ficaria bem eu
entrar em seu apartamento a esta hora.
- Tem razão.
Ficamos em silencio por alguns segundos.
- Esta se sentindo melhor?
Giovanna me fitou confusa.
Pelo sintomas de hoje mais cedo?
- Há! Sim, sua porção fez muito efeito – ela falou sorrindo
- remédio Giovanna, eu não sou nenhuma Feiticeira.
- Duvido disso sabiá?
Giovanna soltou uma risada, me fazendo rir também. Trocamos um olhar mais intenso do que deveria, provocando o silêncio novamente.

Bom, eu já vou, muito.
- Espere, fique mais um pouco – ela segurou em meu braço causando um choque por todo meu corpo.

Sobre ontem, me desculpe. Eu não queria estragar sua noite com o rapaz lá.

Meu coração disparou, ela lembrava da noite de ontem, assim como eu.
Me controlei naquele instante E sorri para ela de forma tranquila, mal ela sabia que a emoção de minha noite havia sido ela.

- Não se preocupe, foi tudo tranquilo.
Tem certeza? Eu sei que ele não gosta de mim, e sinceramente eu não me importo nem um pouco. – falou ela me fazendo rir.
- Imagino que não se importe mesmo
- Não gosto dele, e creio que você merece alguém bem melhor Fernanda – ela falou firme, olhando em meus olhos.
Engoli em seco, eu não imaginava que ela diria aquilo, não agora.

- Eu sei, não devo me meter em sua vida, nem nada do gênero. E só uma opinião caso queira, eu..

- Eu não tenho nada com ele Giovanna, só foi uma saída.
Ela assentiu.
- ótimo – ela falou seria, novamente
Assumindo a pose dura e irredutível.
Ficamos em silencio novamente.
- Eu vou entrar, certo? – perguntei insegura.
Ela assentiu ainda olhando para frente.
- Obrigada pela carona Sra. Marinho-
Ela me fitou, praticamente engolindo meus olhos com os seus.

- Não precisa agradecer . Bande
Olhei para ela uma ultima vez antes de sair do carro, Giovanna ficou parada me olhando.
- Fernanda...
Olhei para ela
- Boa noite
- Boa Noite Sra. Marinho, até amanhã
Entrei em meu apartamento rapidamente tentando acalmar meu coração que batia desenfreado em meu peito. O que diabos aquela mulher fazia comigo? Fechei os olhos soltando uma lufada de ar, deixando a bolsa cair ao chão, fazendo mais barulho do que deveria. Abaixe-me recolhendo as coisas que havia saído da mesma quando levantei a vista vendo os olhos curiosos de Raquele e Dani sobre mim.
-O que estão me olhando?- perguntei levantando apressada.
-O carro que estava parado ai na frente, do qual você saiu é de quem estou pensando?
- não sei em quem está pensando - fitei as duas e caminhei em direção ao meu quarto, pedindo a Deus em pensamentos que elas não me fizessem mais perguntas, eu já estava abalada demais com a simples carona com Giovanna. Entrei em meu quarto tirando o sobretudo molhado, jogando o mesmo em qualquer canto no chão, deixando que as gotas de agua respingassem sobre o chão amadeirado de meu quarto.

- Você sabe sim Fernanda, estava com Giovanna?- Raquele perguntou encostada na soleira da porta, com os braços cruzados.

- Vocês saíram juntas? Pensei que hoje você teria ensaio na Imperium.

- E foi para lá que eu fui!
- E como explica Giovanna ter vindo te deixar em casa? Não vai me dizer que ela...
Só em pensar naquela hipótese, meu estômago se revirou. Giovanna jamais poderia saber que eu era Rubi, eu queria muito daquela mulher, mas ganharia apenas o seu ódio se caso aquilo acontecesse.

- Não! Nem fale uma coisa dessa Dani, ela só me deu uma carona.
As duas me olharam confusas, tentando acreditar em minhas palavras.
- Serio? Não tem uma desculpa melhor para nos dar? Dani riu.
- Eu não estou mentindo, eu estava saindo da Imperium, resolvi caminhar. Mas são Pedro resolveu me castigar com uma bela chuva, e bom. Giovanna me viu na rua sozinha, e me deu uma carona até aqui.
Dani e Raquele trocaram um olhar cúmplice.
- certo! Digamos que agente acredite na sua estória de São Pedro e a chuva- Raquele falou sorrindo – Mas quando chegou ficou um bom tempo no carro.

- Exato, o que estavam fazendo Bande? – Dani perguntou praticamente me acusando.

- Estavam me espionando?-falei seguindo para o banheiro, tentando me livrar do interrogatório de ambas.
- Sim –as duas falaram sem um pingo de pudor-agora o que fez hein?

- Conversamos, sobre algumas coisas.
Elas permaneciam paradas esperando que eu continuasse.
-O que mais querem saber? Quantas vezes nós respiramos também? – perguntei irritada.
Raquele e Dani soltaram uma risada divertida, que me irritou profundamente.

- Eu falei que ela fica agoniada- Fernanda não sabe disfarçar em nada quando está nervosa.

Elas estavam mesmo rindo de meu desespero? Contei mentalmente de 1 at 10 para acalmar a vontade de socá-las ali mesmo. Entrei no banheiro batendo a porta com força.
- Me deixem em paz -gritei.







Olá boa noite pessoal, mais um capítulo me perdoem pela demora mas é por causa da faculdade e meu tempo está muito corrido. Eu vou sempre tentar atualizar capítulo no final de semana para vocês.
Eu novamente peço que comentem e curtam mais até para eu tomar mais gás para continuar escrevendo compartilhem com outros amigos essa fic para ela ter mais visualizações e eu agradeço quem puder fazer. E fiquem com mais um capítulo e até a próxima.

The Stripper - Pitanda Kde žijí příběhy. Začni objevovat