A vida de uma garotinha muda completamente quando sua mãe morre em um acidente de carro. Mas ela ainda tem seu pai, que faz de tudo por sua querida filha. Porém, segredos antigos de sua mãe residem nas paredes de sua casa. E tudo que parecia tão tra...
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1991
BOA INTUINÇÃO
Anna e Carla estavam contentes com as reviravoltas em suas vidas. Havia se passado um mês desde que Anna e Carla se mudaram para a casa nova, novas oportunidades e novas experiências, elas estavam prestes a ter. Ainda assim, no fundo de seus corações, Anna e Carla também sentiram uma pontinha de tristeza por deixarem para trás a segurança e a familiaridade da casa dos pais.
Anna, em especial, sentiu um aperto no peito ao se despedir do lar onde cresceu. As lembranças de sua infância e adolescência estavam enraizadas naquele lugar, e a mudança representava o fim de uma era. Ela se perguntava se seria capaz de criar novas memórias tão significativas quanto as que tinha na antiga casa.
Carla compartilhava desse mesmo sentimento. Ela também se apegava aos momentos vividos na casa dos pais, aos laços familiares que ali foram construídos ao longo dos anos. Ainda que estivesse animada com as perspectivas do novo lar e das amizades que estavam surgindo, uma parte dela lamentava a despedida ao passado.
À medida que os dias passavam, foram se acostumando aos poucos com a nova rotina. Trabalho pela manhã, Faculdade a tarde, às vezes a noite também. E estudos nas noites vagas, ou trabalhos de babás para dinheiro extra. Aprender a equilibrar todas essas responsabilidades não foi fácil, mas elas estavam determinadas a alcançar seus objetivos.
Durante esse período, elas criaram suas próprias rotinas. Pela manhã elas se arrumavam e passavam pela cafeteria favorita delas, e enquanto tomavam café, elas liam algum livro, ou conversavam sobre assuntos da faculdade, ou trocavam ideias quando tinha trabalhos do curso.
Em uma manhã fria de uma segunda-feira de março, enquanto elas esperavam os seus cafés ficarem prontos, elas conheceram dois rapazes.
A primeira impressão que elas tiveram deles é de que eles eram muito atirados, e até "galinhas". Inclusive, elas os dispensaram na hora.
Após darem um fora nos rapazes, Anna e Carla caminhavam pela rua em direção a caminhonete delas, Carla no banco do motorista e Anna no banco do carona, ainda rindo da situação.
_ Você viu a cara de surpresa deles quando nós os dispensamos? – Comentou Anna. – Foi impagável! – Ela deu uma gargalhada doce junto com a amiga.
_ Eu não acredito que fomos tão rudes, mas eles estavam se achando, né? – Completou Carla.
_ Com certeza! – Anna disse com firmeza, e Carla deu partida no carro, balançando a cabeça em concordância. – Aqueles olhares e cantadas clichês... Não dava para levar a sério.
