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episódio um;

THE YANKEE DODGE

A garota em frente a Honora-Rue encarou-a como se fosse tudo que era capaz de fazer

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A garota em frente a Honora-Rue encarou-a como se fosse tudo que era capaz de fazer. Sua sobrancelha esquerda arqueou-se, criando um vinco passageiro na pele. Ela puxou o material que coçava em seu pescoço. Seu cabelo caiu pelas costas em ondas, flores e folhas douradas cuidadosamente bordadas na tiara que segurava os fios para longe dos olhos escuros. Ela piscou, deixando seus braços caírem ao lado do corpo, antes de finalmente soltar a respiração que estava segurando. Ela agarrou as laterais da bacia.

Seu reflexo a copiando, o vestido claro que usava brilhando no espelho. Ela fechou os olhos, apertando a mandíbula. Uma batida na porta do banheiro fora o que chamou sua atenção.

"Nora, querida. Eu sei que é você." Era um homem, e era tudo o que Honora precisava saber. Com um rolar de olhos, um último olhar para ela mesma no espelho, e uma ajeitada no vestido, ela suspirou e abriu a porta do banheiro dos Fox.

O homem com cartola curvou-se. Ela removeu o chapéu, sua cabeça careca brilhando pelo lustre do corredor. Honora torceu o nariz - ele parecia como todos os outros homens. Ela virou o rosto e rapidamente passou por ele.

"Minha querida, n-"

Honora se virou, seus movimentos o interrompendo. Ela limpou a garganta, juntando as mãos em frente a cintura. "Eu não sou sua querida."

O homem engoliu, acenando a cabeça, antes de tentar novamente. "Nora-"

"Somente meus amigos me chamam de Nora," ela disse. "Eu não o conheço, portanto você não é um amigo."

O homem apertou a mandíbula, parecendo agitado. A garota sorriu.

"Então por favor, permita-me apresentar-me." Ele inclinou-se em um joelho, suas mão estendidas em oferta. "Honora, eu-"

Ela levantou a cabeça. "Meu nome é Honora-Rue." Ela se virou e começou a caminhar para longe.

Ela escutou o homem a seguindo logo atrás dela, seus passos ecoando pelo corredor vazio. Seus saltos batendo no carpete em cada passo que dava, seu vestido levitando e rolando atrás dela. Ela pressionou os lábios juntos, mantendo o olhar à frente. Ela ignorou os avanços fracassados do homem.

Sua mão encontrando o corrimão da escadaria que levava ao andar principal. O material era frio contra a pele, fazendo-a desejar estar usando luvas. Mas, não, era isso o que eles queriam. Todos do lado de fora, dançando e cantando e sorrindo, queriam que ela usasse luvas. Seu pai, seu velho professor, sua sociedade. Não era realmente a sociedade dela. Nunca seria quando ela era constantemente usada como nada mais que um brinquedo para fazer o indesejado sem dizer nada.

Honora se lembrou claramente dos dias. Do momento que fora empurrada para a cozinha e esperavam que ela soubesse o que fazer, tudo porque era uma mulher. O dia em que disseram que ela deveria parecer bonita, mas não ligar se ela estivesse bonita, e ainda ter orgulho de sua beleza natural, mas não muito orgulho, porque ela era uma mulher e mulheres não podem deixar outras mulheres chateadas. As incontáveis vezes em que fora rejeitada na entrada do bar, ou em uma loja, ou no hospital, tudo porque era uma mulher. E ainda sim o homem com roupas maltrapilhas que cheirava como um porco abatido ao lado da estrada poderia rodopiar onde quisesse.

JUST A WOMAN; jack dawkins - Tradução...⁠ᘛOnde as histórias ganham vida. Descobre agora