The Rao's Chosen - SUPERCORP

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Lutessa Lena Kieran Luthor | Point of view

Kara olhou pra minha mãe com uma segurança que muitos não tem.

- Me conte sobre você Kara. – Lilian pediu.

- Eu nasci em Krypton um planeta a anos luz daqui. – ela falou. – Nós éramos muito avançados cientifica e socialmente, tanto que somos conhecidos em muitas galáxias como uma raça de elite. – eu a olhei fascinada e o Lex não estava diferente. – Eu mesma sou uma cientista, desde os meus seis anos.

- Isso é fascinante querida. – mamãe falou.

- Mas como em qualquer civilização, sempre tem as mentes atrasadas e teimosas. – Kara continuou. – E apesar dos avisos da guilda de ciência, a exploração do núcleo do planeta causou um colapso e esse foi o motivo da destruição de Krypton.

- Por que escolheram a Terra? – Lex questionou.

- Meu pai e meu tio, eram fascinados por essa galáxia. – ela falou. – Os dois visitaram esse planeta secretamente quando eram adolescentes e apesar de acharem que vocês humanos são primitivos e podem se tornar selvagens e destrutivos com facilidade, eles avaliaram que seriamos acolhidos eventualmente.

Lilian nos olhou e no fundo os dois cientistas estavam certos.

- Quando cheguei aqui estava com trezes anos e passei vinte quatro anos terrestres na zona fantasma. – ela continuou. – Que é uma dimensão onde nem mesmo o tempo existe, ela foi criada pelo meu tio com a ajuda do meu pai e é pra lá que nós mandávamos os nossos criminosos.

- Como foi parar lá e como saiu? – Lex questionou.

- O lançamento do meu pod foi segundos antes da explosão de Krypton e isso causou uma anomalia que me lançou na zona fantasma. – ela explicou. – Por conta do tempo não existir o Pod demorou todo esse tempo pra reiniciar e me tirar de lá.

Minha mãe assentiu e eu imaginei o quanto deve ter sido difícil pra ela.

- Meu filho disse que seu primo lhe colocou em criogenia. – mamãe falou e ela assentiu.

- Kal, chegou aqui bebe e foi criado por uma família humana. – Kara falou. – Ele acho que ele não acreditou em mim e quando viu seu estilo de vida ameaçado, me prendeu em criogenia. – minha mãe fechou a expressão. – Fui acordada no momento em que sua filha tocou a minha base de dados e decidi confiar nela e no Lex.

Lilian se levantou e se serviu de uma dose de uísque.

- Pode me levar pra sua base de dados? – ela perguntou.

- Sim. – Kara disse. – E vocês podem ver os dados pessoalmente.

A loira abriu um portal e passou por ele, minha mãe arrumou o seu blazer e passou pelo portal, Lex me deu a mão e fizemos o mesmo.

Kara estava ao lado do Kelex e minha mãe olhava tudo atentamente, Kelex deu um tablet na mão dela e explicou os dados, nós andamos por todo o local e a tecnologia que existe ali mudaria o mundo todo e causaria um dano irreparável.

- Bom Kara, eu sinto que você diz a verdade e meus filhos confiam em você. – nossa mãe falou. – Me diga como posso lhe ajudá-la.

- Apesar de ter todo conhecimento do seu planeta eu não conheço nada aqui. – ela falou. – E eu tenho poderes que podem destruir o planeta.

- Não e seguro você ficar aqui. – Lilian disse séria. – E também não é seguro que toda essa tecnologia caia nas mãos da raça humana.

- Eu concordo. – falei.

- Não tenho pra onde ir e meu primo não vai me aceitar. – Kara falou.

- Você pode ficar comigo na fazenda ou eu posso lhe ceder um pedaço da Terra. – mamãe falou.

- Não posso aceitar que me dê sua terra. – ela falou séria e quase ofendida.

Lilian nos olhou e o Lex estava tão confuso quanto eu.

- Kara, eu tenho terras que não estão sendo usadas do lado da fazenda da minha mãe. – eu falei séria. – Elas estão cercadas e você pode ficar lá.

Ela me olhou com seus olhos azuis sérios e eu vi a recusa se formar pela sua expressão.

- Você me disse quando lhe conheci que Rao me escolheu. – falei séria e ganhei toda a atenção dela. – Então não vou aceitar que recuse algo meu ou Rao está errado?

- Lena! – ela falou e começou dar voltas.

Lex e minha mãe nos observavam com atenção.

- Por que quer tanto me ajudar? – a loira perguntou angustiada. – Por que?

- Eu não sei, porque é o certo. – respondi evasiva.

- Rao! – Kara jogou os braços pra cima.

- Lady Zor-El, pelas leis de Krypton... – Kelex começou e ela o cortou.

- Calado Kelex! – ela falou séria.

- Por que mandou ele ficar calado? – perguntei irritada pela atitude dela. – Por que é tão difícil aceitar ajuda?

- Não era pra acontecer assim. – ela reclamou. – Rao!

- Kara, para! – eu mandei e ela me olhou com seus olhos azuis intensos. – Você é cientista como eu, sabe muito bem que não é segura ficar aqui.

Ela abaixou os ombros derrotada e eu coloquei a mão no seu ombro, e a vi estremecer.

- Aceite, você vai me fazer ficar tranquila. – eu pedi com calma. – E quando eu acabar aqui, vou pra lá e quem sabe podemos dividir o quintal.

Kara assentiu e eu respirei aliviada.

- Kelex iniciar a desativação dos meus cristais. – ela ordenou. – Deixe uma casca da estrutura, sem tecnologia.

- Sim Lady Zor-El. – o droide falou.

Não demorou muito e tudo começou a estremecer, ela manteve seu olhar no meu como se tentasse me ler.

Quando tudo acabou ela pegou seis cristais e guardou numa bolsa branca.

- Então tudo pronto? – Lilian perguntou.

- Sim, Sra. Luthor. – Kara falou séria.

- Então vamos querida, amanhã eu lhe mostro as terras da Lena. – mamãe falou. 

Kara abriu um portal pra mim e pro Lex, outro pra ela e minha mãe. A ultima coisa que vi foi o seu olhar azul confuso.

Lex e eu saímos no meu trailer e meu irmão se sentou no meu sofá, eu fui até uma das caixas que minha mãe mandou e peguei uma garrafa de uísque, me servi uma dose generosa e me sentei em frente meu irmão.

- Ela gosta de você. – Lex falou sério e eu o fuzilei com o olhar. – Não me olhe assim.

- Mal a conheço e ela deve está projetando.

- Você ama uma negação irmãzinha. – ele falou. – Ela passou por cima do orgulho por você.

- Lex, eu estou cansada e quero ficar sozinha.

Meu irmão assentiu e saiu depois de me dar um beijo na testa.

Terminei de tomar a bebida no meu copo e respirei fundo, minha cabeça estava a mil e eu não sei o que estou sentindo.

- Rao, seja lá o que você é. – eu falei em voz alta. – Eu preciso de ajuda.

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...Continua.