banho gelado

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Jão pov's

Com os rostos praticamente colados, e os lábios a centímetros de distância um do outro ou sentia que iriamos nos beijar, e que tudo ficaria bem. Mas as coisas começaram a girar em torno da minha cabeça como um não, que isso me parecia incorreto, e então eu tive que recuar, contra minha vontade.

- Me desculpe.. - digo o olhando, e me afasto - não podemos fazer isso - não tive maneira reação a não ser me despedir e ir embora. Me preocupei com o mesmo que não disse se quer uma palavra depois que me afastei. O que foi que fiz?.

Pedro pov's

Jão foi embora me deixando sem reação alguma. Fiquei pelo sofá só pensando nele, e com o que poderia ter acontecido se tivéssemos nos beijado. Meu coração palpitava forte só de escutar o nome dele dentro da minha própria cabeça. Eu não sei o que está acontecendo comigo, nunca me sentir assim antes e agora pareço.. eu seila o que, só sei que não consigo mais me controlar quando estou perto do Jão, e isso me parece errado.

[...]

Era noite do baile na faculdade, Henrique e eu fomos juntos, o mesmo me deixou quase o baile inteiro sozinho, então passei esse tempo dando umas olhadinhas no Jão que foi com Giovana, sua prima.

Depois daquele dia não somos mais os mesmos um com o outro. Por mais que seja difícil esconder meus segundos sentimentos por ele, eu também quero mostrar, realmente dizer pra ele o que estou sentindo, mas ele me parece feliz com giovana, e eu realmente não quero me sentir mais culpado do que já me sinto.

Renan: hey Pedro - diz Renan se sentando do meu lado na mesa, e olhando pra mesma direção que eu - tá vendo o que - ele diz tentando descobrir.

- Jão - digo e bebo um gole do meu drinks - somente ele..

Digo aquilo, e Renan fica me perguntando umas coisas mas infelizmente eu não escutava. Minha cabeça estava tão embaraçada que seila. Estava fora de mim, talvez por uma paixão que eu não deveria ter. Uma paixão que na minha cabeça não era correspondida.

Fiquei a festa inteira naquela droga de mesa, sem companhia, sem animação, apenas paranóias e surtos psicológicos.

[...]

Era perto das três da manhã, estava cansado, já tinha ido quase todo mundo embora, eu estava sentado na calçada enfrente a faculdade sem sapatos, esperando Henrique me levar pra casa, seja lá onde ele se meteu eu não teria mais carona.

Jão pov's

A noite foi super agradável pra mim. Finalmente eu estava conseguindo esquecer o Pedro nesse lado de amor.. tinha levado minha prima em casa, e no caminho de casa passei enfrente a faculdade. Já era tarde, as luzes da rua estavam apagadas, um pouco frio, e Pedro estava na calçada, sozinho, trêmulo e com medo. Não pensei duas vezes antes de sair do carro e ir até o mesmo.

- Mas o que faz aqui? - digo na frente dele - olha esse frio.. tá tudo escuro - estendo minha mao pra ele, que segura se impulsionando pra levantar.

Pedro: tô esperando meu namorado - ele diz limpando o terno - disse que ia beber mais umas e vinha.. - ele diz sem olhar no meu rosto,em nenhum momento - entao, eu tô aqui.

- Pedro, a faculdade fechou! Não tem ninguém aí dentro - digo olhando pra ele - ele foi embora a tempos já.. você estava aqui esperando ninguém! - digo olhando pra ele - quer olhar pra mim por favor?? - digo chamando a atenção dele.

Pedro: não faz mal, não estava desconfortável assim.. - ele diz olhando pro chão e depois pra mim - hum.. - resmunga alguma coisa.

- Vou te levar pra casa - digo dando a volta e entrando no meu carro - espero que isso seja efeito do álcool.

Pedro: para Jão! - ele diz entrando no carro - que saco isso, todo mundo mandando no que eu tenho que fazer! - ele diz aparentemente bêbado, e emburrado.

- Mas que coisa né? - ligo o carro imitando ele - tô inconformado..

Pedro: você tá me imitando João Vitor? - fita os olhos em mim. E aí bate a dúvida se ele está bêbado ou não - eu tô brincando lindinho - ele se inclina beijando minha bochecha. Aí sim, eu sei que ele está bêbado.

O caminho até em casa foi difícil. Pedro estava bêbado, não parava quieto, perguntava sobre tudo, queria sentar no meu colo pra dirigir, tive que cuidar feito criança pequena. Assim que estaciono na frente da sua casa, o mesmo desce sozinho, porém desengonçado, pisando em seus próprios pés, não pude deixar de soltar uma gargalhada. Abro a porta do carro saindo, e seguro o mesmo que estava de costas pra mim.

- Chave? - digo te segurando, e o mesmo fita os olhos em mim

Pedro: bolso - ele diz se soltando de mim e pegando e pegando a chave no bolso da calça - espero que goste da casa.

Dou uma risadinha, aparentemente ele não se lembrava da normalidade, de que passávamos os dias juntos. Entramos em casa e Pedro se jogou no sofá.

- Deita aí, vou cuidar da sua ressaca - digo sentando na ponta do sofá, e ajudando o mesmo a tirar os sapatos. O mesmo ficou paradinho me olhando. Depois me levanto, e vou fazer um café pra ele. Faço tudo direitinho, e depois volto ao lado dele - toma - digo alcançando a xícara pra ele.

Pedro: mas o que é isso? - ele diz olhando pro cafe, como se fosse um corpo estranho - tá me dando água suja jao? - diz insiste.

- É só café - digo devolvendo a xícara - toma, tá bem gostoso - digo olhando pra ele que fez uma careta.

Pedro: só se você tomar também - cheira o café, e faz uma careta - toma?.

- Tomo - rio, e balanço a cabeça negativamente. Pego a xícara e tomo um gole - só tá um pouco forte, mas não faz mal. Sua vez - alcanço a xícara pra ela.

Pedro: você é mau - ele diz cheirando diversas vezes a xícara, e depois toma um pouco, e automaticamente faz uma careta - Ew

- Ué? Tá ruim meu café? - digo o fitando.

Pedro: tá forte, não quero - diz e me dá a xicara.

- So mais dois goles - digo insistente.

Pedro: mas.. - diz me olhando com cara de quem não queria - um gole?

- Um só - digo levantando o dedo pra ele.

Pedro: tá bom - o bebê um gole e logo larga a caneca.

- Boa - rio dele.

Pedro: garoto mau - ele me dá um tapinha no braço.

- Foi pro seu bem - rio, e fico o olhando - o que acha de um banho pra vestir o pijama, e deitar na sua cama?

Pedro: eu acho otimo - ele da um sorrisinho.

- Vou lá ajeitar as coisas no banheiro então - me levanto, e subo as escadas, separo uma peça de pijama, e deixo o banheiro arrumado, e depois desço as escadas e volto pra sala - vem? - ele resmunga, mas depois se levanta, vindo comigo. O apoiei em mim, pois o mesmo não conseguia ficar em pé. Chegamos no banheiro, e abro o chuveiro na água gelada.

Pedro: tá fria? - ele diz encolhido em cima do vaso sanitário - não gosto de água fria.

- Tá - miro ele, e estendo minha mão pra ele - tá gelada, mas é pra curar sua ressaca, amanhã você vai estar bem melhor - ele resmunga, e segura minha mão se levantando - eu vou te ajudar - ele se apoia em mim, e entra de roupa mesmo, molho os teus cabelos, e ajudo a lavar. O mesmo que tremia de frio, se firmava em meu corpo, como forma de proteção. O segurei forte, como algo de muito valor, o ajudei e depois peguei a toalha e o enrolei - seu pijama está ali, depois você veste, estarei no teu quarto esperando você - digo, e depósito um beijo na bochecha do mesmo que sorriu involuntariamente.

Continua..

- L.

DEAR BEST FRIEND-PEJÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora