Cap 7

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Mallory

O dia começou muito corrido. Já é o terceiro paciente que eu acabo de tratar desde que cheguei a trinta minutos atrás.

Estava na minha sala sentanda na cadeira enquanto mexia no celular.

Kendall
Belo dia para correr de um lado para o outro não acha?
[13:09]

Eu
Pensei que depois de nos vermos pararia de me Stalkear
[13:09]

Kendall
Eu estou aqui agora observando você. Eu sei o que você está fazendo, eu sei o que você está vestindo. Eu sei onde você está sentada, eu sei tudo sobre você. Onde você vai, quando você sai de casa. O que você come, tudo sobre você. Você não pode se esconder de mim. Eu sempre encontrarei você. Eu vou estar sempre vigiando você monstrinha.
[13:11]

Eu simplesmente não consegui responder. A mensagem de Kendall me deixou imobilizada, perplexa, sem reação.

Eu
Pensei que você só sabia o básico sobre mim...
[13:11]

Kendall
Básico=tudo
[13:11]

Eu
Mas para eu saber apenas seu nome foi preciso pisar em vidro, isso não é justo!
[13:12]

Kendall
E para eu saber o seu foi preciso vender ouro
[13:12]

Eu
Haha dramático
[13:12]

Impossível alguém vender ouro só para saber o nome ou o CPF de alguém. Ele não é nem louco.

—Mallory! Vem rápido!— Marcos disse assim que abriu a porta com brutalidade.

—Você não ouse quebrar a minha porta.— eu disse me levantando e saindo da sala com ele ao meu lado.—O que é tão urgente assim? Tenho um paciente em estado grave?

—Um paciente não, mas uma amiga sim. Ela está no quarto dezasseis junto com Briar e pediu que você fosse vê-la com urgência.

—Tá bom, obrigada.— eu disse correndo em direção ao quarto dezasseis.

Quando cheguei lá dois médicos estavam saindo e eu entrei.

—O que houve?— perguntei assim que cheguei perto de Briar e Evelyn.

Evelyn estava na cama do hospital chorando incompulsivamente.

—Evelyn??

—Eu...eu perdi o meu bebé.— ela disse soluçando.

—O QUE!? Como isso aconteceu??

—Evelyn me contou que estava tomando banho quando viu que muito sangue escorria das pernas dela. Ela me ligou e eu trouxe ela com urgência  para cá.

Eu fiquei imobilizada olhando para Evelyn que não parava de chorar.

Eu fui até ela e a abraçei apertado.

—Primeiro o pai abandona meu filho e agora o meu filho me abandona? O universo me odeia.— ela disse enquanto soluçava no meu ombro.

Briar também veio e juntou-se ao abraço.

—Tiraram minha chance de ser tia.— ela disse com a voz trémula.

—Vai ficar tudo bem, eu....nós.— as palavras simplesmente sumiram.

Eu não sabia o que dizer para tentar confortá-la, porque dizer que vai ficar tudo bem não adiantaria de nada.

—Eu sei que nenhuma palavra pode amenizar a dor da perda, mas saiba que estou aqui para oferecer o meu ombro amigo e todo o meu amor.— eu disse tentando consolar ela.

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