Capítulo quatorze.

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🏎️🏁🌶️
10/11/2025

. ° .

Eu chego em Austin, ainda cedo e vejo Ollie dormindo na cadeira na frente de meu portão. Vou até ele e abaixo, vendo o garoto apagado. Toco seu ombro e ele se levanta em um sobressalto, me abraçando.

- Oi, Ollie! - ele me rodava no ar, e ao me colocar no chão, me abraça com força.

- Eu senti sua falta! Deixa eu levar sua mala - ele pega a alça e começa a caminhar. - Então, o que você fez nos últimos dias?

- Você pergunta como se não tivesse conversado em chamada comigo todos os dias e não tivesse me visto tocando - digo rindo.

- Tá legal! Mas você ainda está me devendo mostrar uma música.

Chegamos no carro, e ele coloca tudo no porta-malas. Eu ia entrar para dirigir, mas ele segura minha mão e me leva para o assento do passageiro.

- Você teve uma viagem muito longa. Eu dirijo hoje e você dorme um pouco.

Ele acelera o carro e eu me viro para o lado, e logo durmo.

Acordo a algumas quadras do hotel e Ollie segura em minha mão e olha para mim sorrindo. O sol já estava nascendo e eu olho para o céu cor-de-rosa.

- Bom dia, Via.

- Bom dia, Ollie.

Eu ligo o rádio e começa a tocar Feather da Sabrina Carpenter. Eu bato de leve em minha coxa na batida da música enquanto cantarolou a letra baixinho.

- Sua voz é ainda mais bonita ao vivo. E eu pensei que isso fosse impossível.

- Dá uma palinha aí, Ollie! - ele ri e faz que não com a cabeça. - Vai! Só tem nós dois aqui!

Ele canta tentando acompanhar a letra da música, mas sua voz um tanto quanto desafinada e rouca de sono, faziam sua voz soar terrível.

- Como cantor, você um bom piloto - eu digo rindo.

- Engraçadinha, você ainda vai ter muito tempo para me zoar ainda - ele estaciona o carro e pula rapidamente para fora, e então abre minha porta e pega a mala.

Fomos até meu quarto do hotel e eu sinto o cheiro de hortelã e mel dps quartos de hotel e pulo na cama.

- Eu vou dormir o resto do dia, eu não vou nem sequer sair desse quarto mais! - eu afirmo entrando debaixo do cobertor.

Ollie senta ao meu lado na cama e começa a acariciar meus cabelo, até eu adormecer novamente.

• ° •

Acordo com o sol quente em meu rosto, e o tempo nublado, por conta do fim do outono e início do inverno. Tomo um banho, coloco uma calça preta, uma blusa branca justa e meu casaco da Ferrari por cima. Desço o elevador até o salão de jogos e vou até Savana e Vance que estavam competindo no mini basquete.

- Via! - diz Savana me abraçando.

- Oi, Savana! Oi, Vance! - eu comprimento eles e coloco as mãos no bolso na jaqueta.

- Que horas você chegou? Eu nem te vi aqui hoje - diz Vance.

- Umas quatro da manhã eu cheguei aqui, Ollie me buscou no aeroporto eu a gente só chegou umas cinco da manhã, então eu fui dormir.

- Vocês sempre voltam - diz o garoto de apoiando num jogo de fliperama.

- Eu não namoro com ele.

- É porque depois do beijo eu pensei que... - Vance para de falar quando eu olho pesadamente para Savana.

- Eu contei só pra você, pro Arthur e pro Kimi. Quem foi que contou?

- É... por que você torce pra Ferrari e não pra Redbull? - ela diz tentando mudar de assunto.

- Peça pra uma criança desenhar um carro e ela vai pintar ele de vermelho, mas você sabe disso.

- Ah, é o Vance. Relaxa. Você disse que ia contar pra ele assim que visse ele hoje! - ela coloca as mãos em meu ombro e dá uma leve chacoalhada.

- Tá, tá! Não fica me chacoalhando!

Nós conversamos por uns quinze minutos e eu vou para o jardim. De repente, alguém me dá um susto e eu me viro em um grito.

- Caraca, Oliver! Quase que Jesus me dá carona pro juízo final! - eu digo sentando na grama.

- Desculpa, Via... Eu vi você olhando essas flores e não me aguentei.

- Hahaha - respondo rindo falsamente.

Ele senta na grama e me olha por alguns instantes antes de olhar para frente de novo.

- A gente... Nós não vamos falar sobre quando... - ele dizia sem jeito.

- Nos beijamos? - pergunto olhando para ele.

- É. Você não se arrependeu ou...

- Ei! - eu o interrompi. - Eu não me arrependo. Eu só não falo de romance o tempo inteiro.

- Você não fala de quase nada que te incomoda, te machuca ou o que te faz feliz. A não ser, quando está bêbada.

Ollie diz, enquanto chutava uma pedrinha no chão. Eu não tiro sua razão. Eu nunca falo o que sinto, eu sempre escrevo o que sinto e deixo todo mundo confuso sobre o que eu sinto ou deixo de sentir.

- Você está sendo muito absolutista. Eu às vezes, falo o que sinto do meu jeito.

- Você diz, fazendo a pessoa implorar e você do nada beijar ela, deixando ela sem saber se foi real ou se foi imediatista? - ele pergunta irônico.

- Geralmente, não descrevem assim, mas, sim? - respondo rindo.

- Via, eu gosto de você. De verdade. E eu quero ficar com você o tempo todo, seja conversando, te abraçando ou qualquer coisa que envolva você.

- As vezes você fala essas coisas e parece que é na intenção de me deixar sem saber o que responder.

- Escreve isso.

- Eu acho que você é o maior apoiador da minha carreira que provavelmente nem vai dar certo.

- Você é tipo a pessoa mais talentosa que eu conheço. Se sua carreira não der certo a culpa é da indústria que não reconhece um diamante bruto.

No fundo, eu sabia que para alguns eu sempre continuaria sendo aquela garotinha apavorada na beira do parapeito da escola, porque, sonhar era infantil demais.

- Eu estou indo pro meu quarto. Eu tenho uma música para escrever! Tchau, Ollie!

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Não me matem pela demora deste capitulo! Eu (infelizmente) ainda não vivo de escrever histórias. Vou ficar sem postar esse fim de semana. Mas segunda eu posto dois capítulos para recompensar!

𝑭𝒐𝒓𝒎𝒖𝒍𝒂 𝑶𝒏𝒆 𝑨𝒏𝒈𝒆𝒍𝒔  - 𝗢𝗹𝗹𝗶𝗲 𝗕𝗲𝗮𝗿𝗺𝗮𝗻 * ‧₊˚* 🏎️Onde histórias criam vida. Descubra agora